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Por Márcio Maia

 

    As federações e confederações foram entidades criadas pelos dirigentes das agremiações esportivas com o objetivo de coordenar as competições, elaborar as legislações e4 também para incentivar a prática dos diversas modalidades de esportes. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no entanto, tem demonstrado que não tem a mínima preocupação com a situação da absoluta maioria dos clubes. As recentes decisões dos dirigentes da CBF têm mostrado que eles não têm a menor preocupação com a sobrevivência dos clubes que estão fora do que ele consideram a “elite do futebol”. Para eles, só interessa o faturamento da seleção brasileira, que é bilionário, Flamengo, Corinthians e mais meia dúzia de clubes.

    Como exemplo, podemos citar o regulamento que rege a chamada Série C do Campeonato Brasileiro de Futebol. Os vinte clubes que disputam a competição, são obrigados a passar nada menos de cinco meses sem qualquer atividade. Os quatro que se classificam para a Série B no campeonato do ano seguinte, ainda têm uma expectativa de faturamento pois suas torcidas estão entusiasmadas com a classificação. Sendo assim, podem promover alguns jogos com certa rentabilidade. Os demais estão fadados a prejuízo sem limites.

    A situação do Santa Cruz serve para mostrar a incompetência, ou será a indiferença?, dos dirigentes da CBF. Como pode um clube com a história e a torcida do Santinha ser obrigado a passar cinco meses sem atividades esportivas? E o que seus dirigentes irão fazer para pagar todas suas obrigações sem disputar uma partida sequer? E o pior de tudo é que a própria CBF estabelece que os clubes são obrigados a ter todas suas contas em dia, caso contrário serão punidos.

    E algum leitor desse artigo pode perguntar: E qual a solução?

    Para o caso da Série B, apontado acima, podemos sugerir uma simples mudança no regulamento da competição. Por que não amplia o número de clubes disputantes para 30, aumentado os grupos para 15, cada. Assim, os clubes teriam mais dez jogos classificatórios. E os oito melhores disputariam o acesso em um torneio com jogos de ida e volta. Com certeza, o público estaria motivado e as rendas dessas partidas seriam bem altas. Até a CBF iria ganhar mais dinheiro.

    Mas, pelo que tudo indica, eles não têm qualquer interesse em solucionar o problema dos clubes que eles consideram como “menores”.

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