O que o Brasil pode esperar da viagem do presidente Jair Bolsonaro
à Ásia e ao Oriente Médio?
Por Marcos Lima Mochila
O presidente Jair Bolsonaro chega na tarde deste domingo (20/10) a Tóquio para um giro pelo Leste da Ásia e do Oriente Médio.
Além de apresentar ao mundo o interesse do Brasil e o compromisso com a abertura e com o programa de reformas, o presidente viajou com a expectativa de que muitos acordos serão assinados.
“A expectativa é a melhor possível. Realizamos vários contatos e, com certeza, muitos acordos serão assinados. O interesse não apenas nosso, mas da parte deles também. E vamos mostrar-lhes que o Brasil está aberto para o mundo. Não temos mais o viés ideológico para fazer negócios e a gente espera que seja uma viagem bastante proveitosa”, disse.
O presidente visitará o Japão, a China, os Emirados Árabes, o Catar e a Arábia Saudita e, entre outros acordos, o aumento das exportações da agro estão entre os objetivos de Bolsonaro.
Entre os compromissos do presidente durante a viagem está agendada a participação, no dia 22 de outubro, da cerimônia de entronização do imperador Naruhito, que se realizará no Palácio Imperial, na capital japonesa (Tóquio). “É um evento tradicional deles e eu quero sinalizar, com nossa presença, que nós temos carinho e consideração, que eu sempre tive particularmente com o Japão”, afirmou Bolsonaro.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores a viagem à China marca os 45 anos de retomada das relações diplomáticas entre os dois países e se insere em três áreas prioritárias na relação bilateral: ampliação e diversificação das exportações brasileiras; atração de capital e investimentos chineses para o Brasil, especialmente para os projetos do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI); e cooperação na área de ciência e tecnologia.
Já na passagem pelo mundo árabe, com escalas nos Emirados Árabes Unidos, Catar e Arábia Saudita, a pauta brasileira, de acordo com o Itamaraty, também tem um viés comercial com destaque para o aumento das exportações da agropecuária brasileira, a atração de investimentos para os projetos de concessão e privatização de ativos do PPI e o interesse árabe na indústria de defesa do Brasil.
“Vamos dividir nossas riquezas com aqueles que acreditam no Brasil. Precisamos expandir as parcerias do nosso país. Só assim aumentaremos as opções e as oportunidades de negócios internacionais”, esclareceu o presidente Bolsonaro.
O retorno ao Brasil será no fim do mês.