IMG-20180803-WA0009Depois de uma completa requalificação na estrutura original do século XVII, o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, entregou o novo Forte Orange na Ilha de Itamaracá. Com a proposta de fomentar o turismo no Litoral Norte, a fortificação foi transformada em um museu, com exposição dos achados arqueológicos descobertos durante o período de obras. A cerimônia de inauguração do equipamento foi realizada com a participação da secretária executiva do PRODETUR, Manuela Marinho, da superintendente do IPHAN, Renata Borba, e do prefeito, Mosar Tato (PSB).

O Forte Orange recebeu restauro das muralhas, nas rampas de acesso aos baluartes, revestidas com pedras fabricadas manualmente, nas cercaduras de portas e janelas, com a cantaria livre de pinturas, e nas telhas das salas do museu. Durante o processo, os arqueólogos localizaram a porta de entrada do Forte Orange sob 1,2 mil toneladas de areia no terrapleto, a casa de pólvora e a cacimba que abastecia a tropa do período holandês. Todo o material encontrado agora está exposto aos visitantes.

Todas as pedras usadas no revestimento das rampas e no piso dos baluartes, do corredor de entrada e do terrapleno (área aterrada entre a muralha e a contramuralha) foram preparadas no “canteiro de obra” montado no Forte Orange. Desenterradas do entorno da edificação, as pedras foram cortadas e preparadas manualmente. As telhas canal da sala foram retiradas, lavadas e devolvidas aos locais. A contramuralha, antes escondida nas salas, está aparente em todas elas.

Nas muralhas, que foram lavadas com água e um detergente especial, foi retirado o cimento de obras anteriores e aplicada biocida, substância para inibir fungos. Os organismos provocam porosidade na pedra e, consequentemente, perda de resistência. Outra medida adotada é uma contenção de rip-rap (sacos de cimento de areia) no terrapleno para evitar que a areia deslize e a muralha fique vulnerável.

A secretária executiva do PRODETUR, Manuela Marinho, ressaltou a relevância do trabalho realizado para o turismo do Litoral Norte. “Transformamos um ícone da arquitetura e da história do Estado em referência também para o turismo local. O Litoral Norte de Pernambuco ganhou mais um importante equipamento turístico, que junto a outros grandes investimentos estruturais realizados pelo Governo do Estado na região – como o Paço Municipal de Goiana e a Casa do Artesão e o Museu Histórico de Igarassu, formam um conjunto de atrativos turísticos para além do sol e mar”.

Com o término da obra, orçada em R$ 11,8 milhões com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o equipamento passa a ser gerido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fechar