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Durante mais de 50 anos, a Frente Popular de Pernambuco manteve-se unida com a liderança dos ex-governadores Miguel Arraes (PSB) e Eduardo Campos (PSB), reunindo os partidos de esquerda do Estado e conseguindo vitórias importantes. Com a morte de Eduardo Campos, o grupo político está muito disperso, sem contar com uma liderança forte que seja capaz de comandar todos os setores partidários.
Sem experiência política, o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife Geraldo Julio não têm encontrado o caminho correto para manter a união da coligação. Os dois políticos, apesar de terem acompanhado Eduardo em diversas campanhas, nunca participaram de eleições e ao menos, de reuniões em que suas opiniões tivessem sido solicitadas e apoiadas.
Essa inexperiência tem feito com que os cerca de vinte partidos que participaram da última coligação articulada por Campos comecem a ser desunir. O exemplo mais evidente desse descontentamento é o grupo chefiado pelo senador Fernando Bezerra Coelho. A votação das últimas propostas do Governo Michel Temer tem mostrado que FBC está mais disposto a seguir seus pensamentos do que o que é determinado pelo estatuto do PSB.
Os socialistas mais ortodoxos, embora não falem abertamente, reconhecem que o posicionamento de FBC não é de estranhar por ser um político que teve seu início partidário no PFL, um partido de direita.
Por conta desse vácuo na liderança do grupo, o nome da ex-primeira dama Renata Campos vem sendo ventilado como o único capaz de manter a unidade da Frente Popular de Pernambuco já nas próximas eleições em 2018. Em diversas ocasiões, a viúva de Eduardo ressaltou não ter interesse em seguir a carreira política e tem dito aos amigos que vai trabalhar pela eleição do filho, João Campos, que tem mostrado vocação para seguir a carreira do pai e do bisavô Miguel Arraes.
Se a Frente Popular não conseguir resolver os seus problemas internos, terá sérias dificuldades no próximo pleito, especialmente, como o Revista TOTAL já antecipou em matéria de capa, se o ex-presidente Lula (PT) conseguir manter sua candidatura.
Não se pode esquecer que as últimas pesquisas de opinião pública indicam que Lula tem mais de 60 por cento das intenções de votos dos pernambucanos.

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