Em 2015, o marquetólogo foi um dos ganhadores do Prêmio Destaque Total, comprovando a capacidade de Marcelo Mesquita em descobrir novos talentos

 

20 06 LUCAS SALLES

Por Marcos Lima Mochila

 

Profissional de Marketing, Lucas Salles jamais aceitou ser chamado de marqueteiro. Para quem o tratava assim, ele imediatamente explica que o termo a ser usado para profissionais desse segmento é marquetólogo, pois ele abomina a outra denominação.

20 06 LUCAS SALLES 1Na verdade, este sempre foi o termo adequado, mas começaram a usar marqueteiro em todas as campanhas e o nome foi se tornando mais popular e o verdadeiro foi esquecido. Em abril de 2010, numa discussão cujo tema era marketing político, o jornalista, escritor e ex-assessor de imprensa no Congresso Nacional, Gustavo Fleury, já utilizava este termo, sem também querer usar a palavra marqueteiro.

Em 2015, na reunião da equipe da Revista Total para escolha dos nomes dos homenageados, o presidente Marcelo Mesquita apresentou o nome de Lucas Salles. Diante da surpresa da equipe, por se tratar de um nome ainda não muito conhecido a nível de Brasil, Marcelo vaticinou:

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“Guardem este nome pois ele vai ser o maior profissional de Marketing do país. Por isso, já estou me antecipando em homenageá-lo”.

Mas isso não vem ao caso, agora. O que importa foi a maneira como Lucas encarou uma campanha a presidente dispondo de apenas 7 segundos diários para conquistar o eleitor pela TV.

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Lucas assumiu a campanha de Bolsonaro em maio de 2018, quando o nome do atual presidente não contava nem com dois dígitos de aprovação.

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Dono da 9ideia, uma agência de comunicação paraibana, Lucas Salles se encontrava ainda em uma fase de estudos para fazer a campanha de Julio Lossio (Rede), candidato ao governo de Pernambuco, quando recebeu o convite para trabalhar para Bolsonaro.20 06 LUCAS SALLES 2Salles chegou até Bolsonaro levado pelo vice-presidente do PSL, Julian Lemos. A primeira pergunta de Bolsonaro para Lucas foi se ele estava preparado para a missão. Sem titubear, Lucas respondeu que sim, baseado na sua vasta participação em campanhas vitoriosas das quais já havia participado, como do próprio Júlio Lóssio que, como candidato a prefeito de Petrolina derrotou Eduardo Campos duas vezes, além de diversos vereadores, deputados estaduais, federais, prefeitos e governador. Ele se sentia, portanto, preparado para o desafio.

Quando perguntamos a Lucas o que foi que ele mudou em Bolsonaro, como conseguiu conquista-lo, ele explica que o próprio candidato foi curto e direto, ao se conhecerem: “Eu não quero que me mude”. E foi isso que Lucas fez: não mudou a essência do candidato a presidente, mostrou a sua autenticidade e isso foi um dos pontos que o levaram à vitória.

O grande dilema era: o que daria para fazer em sete segundos de TV? Lucas diz que otimizou o tempo da forma mais criativa possível, lembrando que há alguns anos, cerca de 70% dos eleitores decidiam o voto com base na propaganda eleitoral na TV. Mas isso mudou e as redes sociais passaram a ter fundamental importância em processos eleitorais.

Passadas as eleições presidenciais, Lucas Salles já se movimenta e se prepara para as próximas eleições, as municipais, ao mesmo tempo em que presta assessoria a prefeituras e outros clientes de sua agência.

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Podemos dizer que Lucas está num período de incubação de ideias novas, porque 2020 está batendo à porta. Ou podemos dizer que ele está se preparando e treinando para a próxima corrida.

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