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Você já se perguntou por que nem a esquerda nem a direita conseguiram pôr gente na rua? Tenho uma pista: intimamente, pouco importava o que dissesse o “Jornal Nacional”, as pessoas sabiam que o governo fazia escolhas sensatas

Por: Reinaldo Azevedo

Temer o subestimaram no pré-impeachment quando imaginaram que ele seria flagrado, como diziam, “conspirando” contra Dilma. Isso não aconteceu. Quem “conspirou” contra a presidente foram a inflação de 10%, a recessão a caminho de 4%, 12 milhões de desempregados e, claro, as denúncias de roubalheira. Mas estas tiveram um peso menor.

Já em 1513, ano em que Maquiavel escreveu “O Príncipe”, se sabia que os súditos não hostilizam o soberano se estão satisfeitos. Porque, escreveu o florentino, se o povo está contente com o resultado, não indaga por quais meios a ele se chegou. E o coitado do Maquiavel ficou com má fama e virou até adjetivo — “maquiavélico” ؙ— por aquilo que nem escreveu nem recomendou: “Os fins justificam os meios”. Ele estava apenas fazendo uma constatação sobe o modo de pensar no vulgo. Não era um norte moral.

A propósito: vocês acham que Temer teria sobrevivido às duas denúncias se o país estivesse vivendo sob o baguncismo experimentado na gestão Dilma? Ora… Você já se perguntou por que nem a esquerda nem a direita conseguiram pôr gente na rua? Tenho uma pista: intimamente, pouco importava o que dissesse o “Jornal Nacional”, as pessoas sabiam que o governo fazia escolhas sensatas. Apesar de todas as dificuldades. Se discurso policialesco bastasse para juntar multidões, 100 milhões teriam ido às praças para depor Temer, não é? Isso também marca o naufrágio moral de certo jornalismo, que apostou na sua “autonomia” para depor e pôr presidentes… Mas deixemos isto para outra hora.

Os adversários à esquerda e à direita de Temer, ignorando a sua história e sua longuíssima vivência partidária, incluindo anos no comando do maior partido do país, o subestimaram de novo na fase da denúncia. Jamais vou esquecer da cara que fez certa tropa da imprensa quando o presidente fez o seu primeiro pronunciamento após a farsa de Joesley Batista: sábios notórios, gente que se orgulhava de conhecer os bastidores do poder, asseguravam: “ele vai renunciar”. Bem, não renunciou. E o resto está aí.

E finalmente se subestimou Temer uma terceira vez —  e se incluam no grupo alguns aliados de véspera entre os esquerdistas e direitistas — ao supor que ele seria mero espectador passivo nas eleições de 2018. Ou, pior ainda, serviria de saco de pancada da extrema direita, do centro, da esquerda… Por que ele o faria? E, nesse caso, trata-se também de subestimar a realidade.

Não! Ele será um dos protagonistas.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (27) que candidatos ao pleito presidencial de 2018 não devem temer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como concorrente.

“O Lula não é imbatível. Ele terá um segundo turno dificílimo”, disse Maia durante evento realizado pela revista Veja nesta segunda em São Paulo.

Para ganhar a esquerda, ele vai precisar de um discurso mais radicalizado”, avaliou o deputado federal.

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Já o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que foi presidente do BC (Banco Central) nos dois mandatos do petista, não se vê como membro da equipe econômica em um hipotético terceiro mandato de Lula caso seja convidado. O ex-presidente atualmente lidera as pesquisas de intenção de voto na disputa pelo Planalto em 2018.

“As propostas que estão sendo feitas hoje pelo ex-presidente estão indo muito no sentido contrário daquilo que está sendo feito, tirando o Brasil da crise”, avaliou, referindo-se a falas de Lula contra as reformas apoiadas por Meirelles no governo do presidente Michel Temer (PMDB). “Nesse aspecto, acredito que as margens para um acordo seriam remotas”.

Candidatos em 2018

Apesar da avaliação sobre dificuldades para Lula, Maia rejeitou antecipar o cenário presidencial do ano que vem, afirmando que, até lá, “ainda faltam 1.000 anos”. Ele não descartou, porém, uma candidatura própria do sua legenda, o DEM.

“Primeiro você organiza o partido, vê quais as ideias e depois pensa no nome mais viável. No meu partido, seria o prefeito de Salvador [ACM Neto], mas, até onde eu sei, ele quer ser candidato ao governo da Bahia”, disse.

Maia aproveitou para afastar os boatos de que a sua legenda teria buscado o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), para ser o candidato. “Nós não brigaríamos com o PSDB por isso”, afirmou.

O deputado ainda citou frases que disse ter lido na imprensa que seriam boas metáforas da movimentação do paulistano em 2016. “Ele correu uma maratona como se fosse uma corrida de 100 metros. É claro que faltaria fôlego”, exemplificou.

Sobre outro pré-candidato, Jair Bolsonaro (PSC-RJ), Maia criticou declaração dada horas antes pelo deputado federal. Também no evento promovido pela revista Veja, Bolsonaro questionou se alguém choraria se a Coreia do Norte jogasse uma bomba e atingisse o Congresso brasileiro. Na avaliação de Rodrigo Maia, o deputado deu uma “declaração perigosa”.

Na ocasião, Bolsonaro foi aplaudido ao fazer a declaração. “Temos de tomar cuidado com essas declarações de efeito que geram aplausos”, alertou o presidente da Câmara.

Também apontado como pré-candidato, Henrique Meirelles disse que vai decidir se disputa ou não a Presidência da República apenas no final do primeiro trimestre do ano que vem. Para ele, o momento agora é “de estar 100% com a atenção focada na economia”. “Esse tipo de decisão não é uma decisão pessoal”.

A plateia riu quando Meirelles foi perguntado sobre quem seria seu ministro da Fazenda em um evento governo seu. “Acho que o importante para o país hoje é que, independentemente de nomes, se prossiga a trajetória de reformas”.

Meirelles ainda negou que tenha uma agenda de candidato, ao fazer palestras em faculdades e igrejas evangélicas, por exemplo. “É agenda de ministro da fazenda e vou explicar o porquê. Não podemos ter um ministro que fala só com setor empresarial. Importante que se leve essa mensagem ao conjunto da população”.

Além do ministro e do presidente da Câmara, também participaram do evento desta segunda o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso, o juiz federal Sergio Moro, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o prefeito João Doria, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), a ex-ministra Marina Silva (Rede-AC), e os apresentadores de televisão Jô Soares e Luciano Huck. Segundo a organização, o ex-presidente Lula foi convidado, mas recusou.

* Com Estadão Conteúdo

G1

 

rodrigo maiaO deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), 46 anos, eleito nesta quarta-feira (13) como novo presidente da Câmara dos Deputados, assumirá o lugar de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que estava afastado do cargo e renunciou na semana passada. Na disputa em segundo turno, ele derrotou Rogério Rosso (PSD-DF).

O parlamentar, que integra a base aliada de Michel Temer, era um dos favoritos à sucessão, contando com o apoio de deputados do PPS, PSDB, PSB, além dos colegas de partido.

Em 2006, liderou a oposição no Congresso para apurar o escândalo do mensalão e chegou a dizer no plenário que havia motivo para que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondesse por crime de responsabilidade, o que poderia resultar em um impeachment. Ele também integrou as CPIs dos Correios e a Mista da Petrobras.

Maia foi cotado para ser líder do governo Temer, que acabou escolhendo André Moura (PSC-SE), apoiado por Eduardo Cunha e partidos do “Centrão”.

O deputado defendeu o afastamento de Cunha, de quem já foi aliado, após as acusações de envolvimento no esquema de propina da Petrobras.

Maia é deputado federal pelo Rio de Janeiro há cinco legislaturas. Foi eleito para o primeiro mandato em 1998. Tentou se eleger prefeito do Rio em 2012, tendo Clarissa Garotinho (PR-RJ) como vice.

A chapa, estimulada por seu pai, o ex-prefeito Cesar Maia, e o ex-governador Anthony Garotinho (PR), obteve somente 3% dos votos e perdeu para Eduardo Paes, com 64% dos votos válidos.

Rodrigo Maia nasceu no Chile e se mudou para o Brasil aos 3 anos com a família. Pai de quatro filhos, é casado com Patricia Vasconcelos, enteada de Moreira Franco, secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República.

O casamento foi marcado por protesto e tumulto em 2005, quando estudantes exibiram cartazes “não procriem” em protesto contra a retirada de mendigos e camelôs da praça em frente à igreja pela Guarda Municipal por causa da cerimônia. Na igreja estavam três então presidenciáveis, o governador de Minas, Aécio Neves, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito de São Paulo, José Serra.

Antes de entrar para a política, Rodrigo Maia trabalhou por sete anos nos bancos BMG e Icatu.

Em 2015, foi presidente e relator da proposta de reforma política. É presidente da Comissão Especial da DRU (Desvinculação das Receitas da União). Atualmente é membro efetivo das Comissões de Finanças e Tributação.

Maia assumiu a presidência nacional do Democratas em 2007, partido que ajudou a criar, após ter sido vice-líder do PFL entre 2003 e 2005 e líder da bancada do partido na Câmara até 2007.

images (1)O trabalho desenvolvido pela equipe montada pelo presidente Gustavo Melo transformou o Ceasa no centro da distrbuição dos produtos consumidos pelo povo pernambucano durante os festejos juninos. Entre os produtos mais procurados pelos compradores e mais vendido está o milho verde. Do início do mês até hoje, Dia de São Pedro, nada menos de 12 milhões de espigas de milho verde passaram pelos galpões do Ceasa. A grande oferta fez com que o preço do produto se mantivesse praticaente o mesmo do ano passado, o que agradou bastante aos consumidores.
O presidente Gustavo Melo disse que foi feito um esforço muito grande para que a comercialização fosse feita da melhor forma possível. “Procuramos deixar tudo organizado, com os galpões e com as áreas determinadas para a colocação do milho em perfeitas condições de acesso tanto para os caminhões que faziam as entregas quanto para quem queria comprar. No final, todos saíram satisfeitos”. Ele afirmou ainda que as chuvas ocorridas esse ano, nas regiões do Agreste e Zona da Mata favoreceram a produção o que fez com houvesse uma grande colheita em Pernambuco.
Para facilitar o acesso, o Ceasa implantou um serviço de 24 horas desde o dia 10 até o dia 23 (véspera do Dia de São João). Esse serviço deixou bastante satisfeitos, os comerciantes e os compradores, os pequenos comerciantes, os que preparam canjicas e pamonhas para venda e também as donas de casa, que tiveram chance de escolheram a hora do negócio.
Por conta de seu brilhante trabalho à frente do órgão, o presidente Gustavo Melo será uma das personalidades a serem homenageadas no próximo dia 15 de agosto, na festa de comemoração dos 12 anos da revista TOTAL, que acontecerá na casa de eventos Dona Lúcia, na Fazenda Itamatamirim, na Rodovia Luiz Gonzaga (BR 232), km 38, em Bonança. Naquela ocasião, receberão a comenda Destaque TOTAL, as personalidades políticas, empresariais e artísticas do Estado.
Por: Márcio Maia
9277f974198c242a05dc2fb81ae5a0dcO prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), recebeu a garantia de apoio para sua reeleição dos principais líderes do Partido Popular Socialista (PPS), o que faz com que já conte com a participação de 13 partidos na Frente Popular do Recife. A confirmação foi dada ontem (27), durante um encontro com o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire. O parlamentar disse que seu partido não tem muito para oferecer ao candidato, especialmente tempo na televisão, mas adiantou que a participação da militância e dos candidatos a vereador ajudará na campanha nas ruas até porque esse ano, a campanha eleitoral será muito curta.
Freire disse ainda que a aliança entre o PPS e o PSB começou durante a candidatura de Eduardo Campos à presidência da República, em 2014. “Desde então, estamos juntos e não vemos nenhum fato relevante que nos leve a divegência até porque a administração de Geraldo Julio tem atendido aos anseios da população e vem cumprindo o que foi prometido na campanha trabalhando sempre para os setores mais carentes da população”, afirmou.
Geraldo Julio disse que o apoio do PPS é muito importante para sua reeleição, uma vez que, apesar do PPS não ter direito a tempo no horário eleitoral, o partido terá candidatos a vereador muito competitivos e tem uma militância muito aguerrida e comprometida com as causas populares defendidas pela Frente Popular do Recife, que existe desde a eleição de Miguel Arraes a prefeito do Recife, na década de 1960.
O prefeito enfatizou que durante a campanha, vai mostrar aos eleitores que fez tudo que prometeu, embora reconheça que não fez o total prometido por conta da crise financeira gerada pelas decisões da presidenta afastada Dilma Rousseff (PT). “Vão dizer que não fiz tudo que prometi, mas eu pergunto: Quem construiu um Hospital da Mulher? Dois Compaz? Doze Upinhas? Quatorze creches?”
Presentes ao encontro, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, e o deputado federal Tadeu Alencar (PSB) disseram que o prefeito Geraldo Julio tem tudo para ser reeleito, pois conta com grande apoio de políticos e lideranças comunitárias e também tem muitas obras para mostrar à população, como a conclusão da Via Mangue.

Estadão

– A presidente Dilma Rousseff recebeu nessa quarta-feira (19) 12 empresários que têm investimentos no exterior para uma preparação para a visita bilateral da chanceler alemã, Angela Merkel.

Apesar de tratar de um tema específico – a relação comercial com o país europeu -, o encontro foi mais um em uma série de contatos com empresários que a presidente tem aproveitado para buscar aproximação com o setor produtivo, em um momento em que o governo procura um pacto pela governabilidade.

Foram convidados ao Palácio do Planalto 20 empresários, dos quais 8 faltaram e 12 compareceram. De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro Neto, o tema central da conversa foram as maneiras de avançar a relação comercial com a Alemanha, com quem o País tem déficit comercial.

Perguntado se a presidente pediu apoio a uma agenda positiva e ao ajuste fiscal, Monteiro afirmou que a agenda em si já era positiva. “A agenda já era intrinsecamente positiva e de confiança”, afirmou.

Ao chegar para o encontro, o presidente do Centro Empresarial da América Latina (Ceal), Ingo Plöger, elogiou as iniciativas de diálogo do Planalto e as ações tomadas pela presidente e pela equipe econômica para enfrentar a crise, além de ter pregado a proximidade dos empresários com o governo.

“Eu prefiro uma reforma com rumo claro, aonde estamos indo, do que uma situação insustentável como antes. O rumo que o governo está dando é de sustentabilidade, de combate à inflação, de trazer o controle das contas públicas”, disse. “Estamos no rumo certo, só que vamos passar por uma fase difícil e todos nós vamos ter que ajudar para que passe rápido.”

Essa é a primeira vez que Dilma chama empresários para discutir as pautas importantes para a indústria antes de uma visita de um chefe de Estado ao Brasil. Costumeiramente, isso ocorria apenas nas viagens da presidente ao exterior, quando conversava com empresários que acompanhavam a comitiva.

Nas últimas semanas, o governo tem apostado no setor empresarial para tentar obter apoio e reduzir a crise política, invocando o sentimento dos empresários de que é necessário estabilidade política para que o ajuste econômico tenha resultado.

Amanhã, Dilma volta a se reunir com empresários regionais no Recife, repetindo o roteiro cumprido na semana passada em Salvador. Na próxima semana, a presidente deve abrir uma nova rodada de encontro com empreendedores em Fortaleza.

Pedidos

Na conversa de ontem, os empresários cobraram empenho do governo para acelerar a troca de ofertas do acordo Mercosul-União Europeia, visto como uma possibilidade de aumentar a corrente de comércio com o bloco e melhorar a pauta das exportações, hoje concentrada em produtos de baixo valor agregado, como farelo de soja e minério de ferro.

Também há esperança, no setor agropecuário, de que o governo consiga a liberação de exportação de proteína animal, especialmente suína, que ainda enfrenta barreiras fitossanitárias.

 

ANDRÉIA SADI/Folha de São Paulo
DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff avaliou nesta segunda-feira (17) a auxiliares que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quis pegar carona nos protestos contra o governo que ocorreram no domingo (16) ao sugerir a sua renúncia, segundo relato obtido pela Folha.

No entendimento da presidente, tucanos como Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP), pela primeira vez desde o início dos protestos, foram às ruas e tentaram, nas palavras de auxiliares, “tirar proveito da manifestação”. Por isso, para Dilma, FHC quis se posicionar para “não ficar para trás”. Para um assessor presidencial, o tucano “morde e assopra”.

Um dia após as manifestações, FHC disse, em mensagem divulgada em sua página no Facebook, que a renúncia seria um “gesto de grandeza” da presidente.

Dilma também achou “contraditória” a fala de FHC comparada com manifestações anteriores do ex-presidente, em tom mais moderado.

O texto desta segunda foi o mais duro recado já enviado a Dilma pelo líder tucano e representa uma tentativa de aproximar o PSDB do sentimento expresso nas ruas. Segundo o Datafolha, 66% dos brasileiros são favoráveis à abertura de um processo de impeachment.

REAÇÕES

O secretário-geral nacional do PSDB, deputado federal Silvio Torres (SP), afirmou nesta terça (18) que a mensagem de FHC deve ser adotada como linha principal de atuação do partido a partir de agora.

Para ele, a defesa da renúncia de Dilma unifica o partido e deve orientar o discurso da sigla, inclusive no Congresso Nacional, diante do atual cenário de crise política.

Nesta segunda, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), classificou a declaração de Fernando Henrique como um “grave equívoco”, “demonstração de ressentimento e inveja” e que revela uma “pequenez política” por parte do tucano, que age como “líder de torcida”.

 

Dimmi Amora/Natuza Nery

De Brasília

Folhapress

O TCU (Tribunal de Contas da União) irá fazer novos questionamentos ao governo sobre os gastos de 2014 dentro do processo que analisa a regularidade das contas de gestão da presidente Dilma Rousseff.

A decisão será tomada na sessão da tarde desta quarta-feira (12). O ministro Augusto Nardes, relator do processo de contas, encaminhará a solicitação de novos esclarecimentos, abrindo assim um prazo de defesa maior para a presidente. O prazo, que pode ser de até 30 dias, ainda não está decidido.

Com isso, a previsão de que o processo de contas tivesse sua análise no TCU encerrada até o início de setembro não deverá se concretizar, ajudando o governo, que ganhará mais tempo para evitar que o parecer do tribunal possa ser usado para um eventual início de processo de impeachment contra a presidente na Câmara dos Deputados.

Em junho, o TCU começou a votação do processo de contas anual de Dilma, mas o relator considerou que, devido a várias irregularidades constatadas pelo órgão, eram necessários novos esclarecimentos do governo.

A tendência, na época, era que as contas fossem rejeitadas devido às chamadas “pedaladas fiscais”, manobras do governo para adiar pagamentos sem registrá-los como dívidas e usar bancos públicos para cobrir o rombo. O governo já respondeu ao TCU, alegando que as manobras com os gastos públicos são realizadas há muitos anos e que não as considera ilegais.

Entre os esclarecimentos que serão pedidos ao governo no novo documento a ser aprovado nesta quarta estão pontos que o procurador do TCU Júlio Marcelo de Oliveira questionou antes da votação das contas e que não foram encaminhadas no primeiro pedido do relator Augusto Nardes, conforme publicação da Folha em julho.

A comissão de Fiscalização e Controle do Senado também pediu ao relator que os pontos apontados pelo procurador fossem esclarecidos pelo governo.

O procurador aponta que o governo já sabia que teria que cortar despesas e, mesmo assim, não fez o bloqueio do orçamento, o que contraria a lei orçamentária.

 

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