Advogado, o ex-presidente da OAB vai concorrer pela chapa “Todos pelo Náutico“, tendo o também advogado Waldir Mendonça como vice

Por Marcos Lima

.

Na sexta-feira passada (13), último dia de inscrições de candidatos a presidente do Clube Náutico Capibaribe, três chapas confirmaram suas participações:

  • o ex-presidente do Timbu, Edno Melo.
  • Alexandre Asfora, do “Gestão e Paixão pelo Náutico”, e
  • Aluísio Xavier, do “Todos pelo Náutico”.

Os postulantes aos cargos de vice são: Pablo Vitório (atual vice-presidente do Conselho), Diego Rocha e Waldir Mendonça, respectivamente.

Embora várias personalidades alvirrubras tenham tentado um nome de consenso, vai haver realmente o bate-chapa, que será o 8º do grêmio alvirrubro pernambucano.

Edno Melo – representando a situação -, que presidiu o Náutico de 2018 a 2021 e Alexandre Asfora que, até pouco tempo, era o vice-presidente social do Náutico, que já preside o Clube Alemão de Pernambuco, irão enfrentar Aluísio Xavier, nas eleições deste ano, que foram antecipadas para 12 de novembro, a fim de que o vencedor possa dar início aos trabalhos – que não serão poucos – visando o próximo biênio.

Aluísio Xavier, advogado, ex-presidente da OAB-PE, e que conta com os apoios de Plínio Albuquerque e Bruno Becker, nomes que disputaram o pleito de 2021, vencido por Diógenes, é o nome que aparece com mais robustez, uma vez que a torcida ainda não se conformou com as decepções deste ano, nos campeonatos estadual, regional e nacional e querem um nome que não seja a continuação da atual gestão, do presidente Diógenes Braga, que ficará com esta marca, muito embora tenha realizado uma gestão de muita importância para o Náutico, nas áreas administrativa e financeira.

Candidato da oposição na eleição, Aluísio Xavier vai concorrer pela chapa “Todos pelo Náutico“, tendo o também advogado Waldir Mendonça como vice.

Na própria sexta-feira, em entrevista na sede alvirrubra, logo após confirmar seu nome, Aluísio destacou a união no processo e o desejo por profissionalismo.

“Foi um trabalho árduo, um trabalho de grupo, não há projeto pessoal e sim um projeto para o Náutico. Aceitei honrosamente essa missão de tentar contribuir para que o Náutico ressurja melhor. Eleição nunca é um processo de tranquilidade. Todos queremos o Náutico melhor, e eles (Plínio Albuquerque e Bruno Becker), que já participaram do grupo e não foram escolhidos vice, estão juntos no projeto”, disse Aluísio Xavier.

“Nós temos um plano de metas que foi entregue, mas o que o Náutico precisa muito é de profissionalização. Isso aqui é uma atividade que basicamente é empresarial, tem que produzir frutos, para que não fique dando prejuízo, deixando de pagar e tendo reclamações trabalhistas. O meu grande desejo é que a gente consiga profissionalizar o Náutico, o que trará resgate positivo para a torcida e o clube”, completou Xavier.

Na mesma entrevista, questionado se vai detalhar os projetos até a eleição, Aluísio se comprometeu em revelar os planos do seu grupo para que os sócios possam fazer suas opções com mais certeza, no pleito.

“É uma obrigação de cada candidato (detalhar o projeto). Não estamos em um projeto pessoal, mas um projeto de benefício do Náutico. E o eleitor só vai poder votar bem se conhecer nossas propostas, a viabilidade delas, a não manutenção de erros, o aprimoramento do que foi feito de bom. A gente tem que discutir projetos”, explicou.

Candidato de consenso da oposição desde a negativa do ex-diretor Ricardo Malta, Aluísio Xavier falou sobre a possibilidade de uma candidatura única especulada nos últimos dias. Ele revelou que não participou das conversas, mas estava disposto, porém não avançou.

“Não participei disso (tentativa de consenso). Há um grupo que tomou conta disso, não participei. Sou um homem de convergência e, se não tivéssemos bate-chapa, com uma chapa com coerência, propósito de melhorar o Náutico, eu estava disposto. Mas não participei disso”, finalizou.

Esse será o oitavo bate-chapa da história do Náutico.

Os dois primeiros se deram em 1978 e 1979 e, nos dois casos, apenas conselheiros puderam votar nos pleitos, que foram vencidos por João de Deus Ribeiro.

Em 2009, aconteceu o terceiro bate-chapa, com vitória de Berillo Júnior contra Paulo Alves.

Dois anos depois, em 2011, a eleição teve como novidade a votação com a participação dos sócios pela primeira vez na história. Paulo Wanderley, que representava a situação, venceu Marcílio Sales e Paulo Henrique, com quase 70% dos votos.

A oposição ganharia pela primeira vez em 2013. Com mais de 70% dos votos, Glauber Vasconcelos derrotou Marcílio Sales, Alexandre Homem de Melo e Alberto Souza, em pleito com o maior número de candidatos até o momento e maior participação de associados.

Em 2015, aconteceu a eleição mais disputada da história do Náutico, tendo Marcos Freitas como ganhador, superando Edno Melo por apenas dez votos. Freitas, porém, renunciou ao cargo pouco tempo depois, com o vice, Ivan Brondi, assumindo o posto.

Ivan, porém, renunciou em 2017 e Edno Melo, derrotado na eleição anterior, foi aclamado presidente, o mesmo se sucedendo em 2019, com a reeleição e sem bate-chapa.

As últimas eleições presidenciais do Náutico aconteceram em 2021, em que Diógenes Braga, então vice-presidente na gestão de Edno, venceu Plínio Albuquerque e Bruno Becker. Diógenes, no entanto, optou por não tentar a reeleição.

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fechar