Sebá lança Neto e diz que é unanimidade
Faltando um ano e sete meses para as eleições, o líder do Avante na Câmara dos Deputados, Sebastião Oliveira, resolveu meter a mão no vespeiro da aliança governista, hoje enxergando 22 apenas pela ótica da candidatura a governador do ex-prefeito do Recife, Geraldo Júlio. Em entrevista ao blog, há pouco, lançou a candidatura do secretário de Governo, José Neto, homem da mais absoluta confiança do governador Paulo Câmara e que ganhou visibilidade política ao assumir a articulação do Governo.
“Faça uma pesquisa na base do Governo na Assembleia Legislativa. Vais constatar que José Neto é um nome consensual. Nelson Rodrigues falou que toda unanimidade é burra, mas Neto é uma notável exceção, abre um paradigma na ampla aliança que elegeu e reelegeu Câmara”, disse Sebá, como é mais conhecido. Segundo ele, José Neto não tem arestas com nenhum partido ou líder partidário da coligação e por isso mesmo seu nome pode crescer e prosperar.
“Nunca vi alguém tão talhado para vida pública. Sério, fiel, leal e jeitoso, Neto resolveu todas as crises na relação da Assembleia com o Governo depois que assumiu a Secretaria de Governo”, disse, acrescentando que a aliança vive, hoje, um momento de tensionamento que só uma pessoa hábil e capaz com o perfil de José Neto poderia reacender a unidade construída com muito sucesso por Eduardo Campos lá atrás.
Sobrinho do ex-governador Joaquim Francisco, por quem foi alçado à vida pública como auxiliar de gabinete, José Neto é auditor do Tribunal de Contas do Estado, concursado na mesma turma de Paulo Câmara. A amizade com o governador floresceu na corte e ganhou a fortaleza de uma baraúna com o tempo. No atual Governo, é considerado um auxiliar polivalente, um coringa, com passagens e missões cumpridas nas Secretarias de Administração, Recursos Humanos e na Fazenda.
José Neto e Paulo Câmara tomaram posse juntos no TCE em 15 de março de 1995. A partir dali, se tornaram amigos próximos, de almoçar um na casa do outro. Em 2007, quando Paulo virou secretário no primeiro governo Eduardo Campos, o advogado não imaginava que um dia veria o colega chefiar o Palácio do Campo das Princesas.
Foi para ajudar e acabou se consolidando como homem de confiança de Paulo. Avalia o amigo governador como uma pessoa que tem um olhar diferenciado para as contas públicas, fundamental no momento político e econômico que o Estado e o País vivem.
Fonte Magno Martins