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Os integrantes do Comitê de Monitoramento das Chuvas decidiram continuar avaliando todas as ações que estão sendo realizadas no enfrentamento dos problemas causados pelas fortes chuvas que atingiram a Região Metropolitana e as Zonas da Mata Norte e Sul, nos últimos oito dias. No período, foram registrados alagamentos, deslizamentos de barreiras e a morte de doze pessoas. A decisão foi tomada durante reunião no Palácio do Campo das Princesas, no recife, comandada pelo governador Paulo Câmara (PSB).
Cerca de 1.300 profissionais da administração pública estadual e órgãos vinculados estão atuando em atividades de resgate, pronto-atendimento, mobilização e prevenção. As equipes multidisciplinares estão em regime de prontidão, apoiando a população, identificando locais de risco e avaliando a situação das chuvas, reservatórios e volume dos rios que cortam o Estado. O Comitê, que é formado por representantes da Casa Militar, CODECIPE, Corpo de Bombeiros, Casa Civil, APAC e Compesa, seguirá mobilizado até a normalização da situação.
Paulo Câmara disse que a prioridade é atender as famílias atingidas. “Em primeiro lugar, queremos nos solidarizar com as famílias das vítimas dos deslizamentos de barreiras. Não só as de ontem, no Recife, Olinda e Abreu e Lima, mas também as de Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes, nos casos ocorridos no mês passado”.
Ele fez questão de ressaltar os trabalhos de salvamento e resgate. “Quero agradecer aos bombeiros militares, aos trabalhadores da Defesa Civil e voluntários, que estão na rua desde a noite da terça-feira para prestar socorro e orientação aos moradores das áreas de risco”.
Até o momento, Pernambuco contabiliza 300 famílias desabrigadas na Região Metropolitana. Todas estão recebendo apoio dos seus respectivos municípios e do Governo do Estado que, por meio da Codecipe, acionou a Defesa Civil Nacional com o objetivo de acelerar o processo de validação do Estado de Emergência indicado pelas cidades mais atingidas pelas últimas chuvas.
PARCERIA – O coronel BM Lamartine Barbosa, secretário de Defesa Civil, explicou que as ações preventivas têm sido fundamentais. “Desde o início do ano, a Codecipe orientou mais de mil técnicos de comissões de Defesa Civil de 114 cidades pernambucanas, em 28 ciclos de capacitação para as ações educativas e preventivas. Esse processo tem contribuído para a diminuição das sequelas e otimização das atividades relacionadas à prevenção e ao pronto-atendimento às pessoas atingidas”.
No últimos anos, o Governo do Estado investiu mais de R$ 12 milhões na aquisição de equipamentos e na modernização de processos meteorológicos da Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC), que têm alcançado um nível crescente de precisão na divulgação dos cenários climatológicos e de alertas à população.
PRECIPITAÇÃO – As cidades da Região Metropolitana do Recife e as Zonas da Mata Norte e Sul têm sofrido com o grande volume de chuvas durante o ano, principalmente nas últimas semanas. Somente em 2019, segundo registros da APAC, choveu na RMR 884,7mm em menos de sete meses. Isso corresponde a quase 70% de todo o volume de chuvas que caiu na mesma região em todo o ano de 2018, quando foram registrados 1.268mm.
Na Mata Sul, em 2018, foram registrados 1.168,3mm de chuva durante 12 meses. Em apenas sete meses de 2019, na mesma região, o volume já ultrapassa os 1.050mm. Na Zona da Mata Norte, a quantidade de chuva somente no primeiro semestre, já se aproxima de quase todo o volume registrado no ano passado. Em 2018, a APAC contabilizou 994,3mm de chuvas naquela região. Em 2019, já choveu na Mata Norte cerca de 839,8mm.
BARRAGENS – A chuva acima da média histórica registrada em 2019 tem se refletido no acúmulo de água nas barragens do Estado. Houve uma significativa melhora nos níveis dessas represas, principalmente na Região Metropolitana Norte. Na próxima semana, a Compesa irá apresentar as melhorias que podem ser feitas no abastecimento da população. Esse quadro também está sendo verificado no Interior, com barragens registrando uma importante melhora no nível de água reservada.

Fotos: Hélia Scheppa/SEI

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