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Encontramos no dia a dia a utilização do conhecimento da Ciência da Futurologia na publicização e propagação das mensagens – A REVISTA TOTAL VAI ANTECIPAR O VENCEDOR DA ELEIÇÃO PARA GOVERNADOR DO ESTADO, HÉLIO DOS TERRENOS DISPARA EM BELO JARDIM e CÉLIA SALES PODE GANHAR ELEIÇÃO EM IPOJUCA. O  que a revista tornou público e propagou foi “o que aconteceu”.

Portanto, na futurologia o principal foco de estudo é o futuro. Não se destina a prever “o que vai” acontecer no futuro e sim “0 que pode” acontecer no futuro. Os futuristas trabalham conhecendo, explorando e criando novas imagens do futuro, explorando o mundo possível, estudando o mundo provável e avaliando o mundo desejável.

Eduardo Carvalho, diretor da ABA Global Education em seu artigo “Futurologia” (JC, Opinião 06/01/2017) explora os cenários da futurologia e assinala a multidisciplinaridade (estatísticas, matemática, história, psicologia etc.) como fundamental para o planejamento  e o sucesso das empresas, cidades e nações e por que não acrescentarmos a gestão municipal, a construção de mandatos e o  mercado eleitoral e do voto.

De fato, para sabermos o que o publico pensa sobre determinado assunto não deve ficar restrito a uma só ferramenta de divulgação e informação, temos que buscar trabalhos realizados por equipe de profissionais com credibilidade e reputação no mercado editorial, pois a existência de um longo caminho tortuoso entre o que é tornado público nos questionários de pesquisa e o comportamento do eleitor diante da urna é relatado pelo doutor em Ciência Política e professor da UNICAPE, Juliano Domingues no seu artigo “Opinião não é eleitorado”. Registra também o constrangimento dos indivíduos em responder “não sei”, respondendo assim qualquer alternativa da pergunta para se livrar das perguntas do pesquisador.

Quanto aos constrangimentos, a população receosa em abrir o portão de sua casa para os pesquisadores (hoje uma questão de segurança), contribui para a distorção na coleta dos dados. Agora, nos  municípios de grande polarização política, o constrangimento em participar de uma pesquisa e declarar a sua intenção futura é muito maior (consequência de todas modalidades de perseguições), levando a responder “do jeito que esta, está bom”.  Para ilustrar o sentimento de insegurança do entrevistado, ao ser abordado pelo pesquisador a primeira pergunta que o entrevistado faz, é “de quem é esta pesquisa”.

Nas regiões onde o domínio político é exercido por famílias com desavenças políticas, mas também pessoais, registramos este diálogo na abordagem de um morador pela aluna pesquisadora da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, devidamente identificada com crachá, abordando se o mesmo poderia responder a uma pesquisa de opinião pública para avaliação da situação atual do município, da gestão e em quem o povo vota na próxima eleição para prefeito do município. A resposta do entrevistado foi “moça, falar em política aqui não é bom não, da muito briga” e,  um outro senhor de chapéu, sentado em um saco de milho, fumando um cigarro de palha diz “moça, as vezes só em pensar já dá um briga grande”.

Corroborando com o exposto acima, concluímos que nas pesquisas eleitorais realizadas pelo modelo tradicional, em municípios menores, principalmente no interior do estado, é detectado um constrangimento do eleitor em declarar a sua intenção de voto, o que alterava os dados e falseava o resultado das pesquisas. Geralmente, os resultados obtidos nas pesquisas, mesmo em datas próximas do pleito, se distanciavam do resultado oficial da eleição, além da margem de erro utilizada.

A nova metodologia de pesquisa de intenção de votos (Prof. Erinaldo Ferreira –  PPGCP da UFPE, Prof. Clovis Miyachi – PPGCP da UFPE) propicia uma redução da influência do pesquisador no resultado da pesquisa, aumentando sua veridicidade na medida em que toma por base a eliminação de três fatores que podem falsear os dados: 1) a “força induzida”, que é a interferência direta de alguém na preferência de  outros e em sua declaração da intenção de voto; 2) o “constrangimento comportamental”, que é uma mudança na ação do indivíduo para se assemelhar aos seus pares; e 3) a “falsificação de preferências”, que é criada pelo constrangimento do pesquisado em revelar a sua preferência diante de terceiros.

Concluímos, primeiramente, que a pesquisa eleitoral, como um importante instrumento de análise de um momento e amplamente utilizado por partidos políticos, candidatos e eleitores (Thiollent, 1989), pode ser mascarada no modelo tradicional já que há um receio dos eleitores tornar público sua intenção, desencadeando assim uma falsificação nos resultados obtidos em pesquisas de intenção de voto aplicadas seguindo o modelo tradicionais comumente utilizados pelos institutos de pesquisas.

Então, qual é a melhor forma de prever quem vai ganhar a eleição? Se a resposta for a pesquisa eleitoral, errou. “…a melhor forma de prever uma eleição (e outros tipos de eventos) é olhar as Bolsas de Apostas…” (Bolsas de apostas são mais precisas que pesquisa na previsão de eleição – Folha de São Paulo, 17/10/2016, colunista Ronaldo Lemos).

O cientista político da Universidade da Califórnia, James Fonwler considera que as Bolsas de apostas são mais precisas na previsão de eleição do que as pesquisas. O mercado de previsão incorpora rapidamente as informações das pesquisas e adicionam a elas outras  informações coletadas entre a população. Ilustrando a consideração acima podemos citar as apostas feitas nas periferias das cidades e nos municípios do interior, onde apostam desde animais, moto, carros, terrenos, casas etc. Na eleição de 2016, verificamos caso do proprietário de uma lanchonete de uma cidade do interior, costumas apostador, que ganhou mais de 15 mil reais em dinheiro, moto, terreno etc. apostando que o seu candidato, ganharia com mais de 5 mil votos.  O que faz um indivíduo correr riscos e disponibilizar seus bens contra várias pessoas (custo concentrado, benefício difuso) se não a convicção  “o que pode acontecer”.

Então, ao trabalhar com “o mundo desejável” devemos observar se as informações publicizadas e propagadas   foram coletadas por correspondentes, simpatizantes e leitores residentes na localidade onde ocorrem os eventos,  isto é, a interpretação real do acontecimento. Hoje este trabalho é realizado pela equipe coordenada pelo empresário Marcelo Mesquita e pelo jornalista Márcio Maia da Revista Total. A revista com sua equipe experiente no assunto eleitoral, atuando nos últimos 10 anos com assertiva de mais de 90% dos prognósticos,  utiliza conceitos e técnicas da Futurologia, da Eliminação dos Constrangimentos e das Apostas dos moradores, para com sua experiências dizer “O QUE PODE ACONTECER”.

Professor Clovis Miyachi, Cientista Político
Professor Pesquisador do NEPD/UFPE- Núcleo de Estudos Político da Democracia da UFPE;

Professor da Pós-Graduação e Graduação da UPE – Universidade de Pernambuco;

Professor na Escola do Legislativo da ALEPE/PE – Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco;

Professor na Escola do Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco – TER/PE;

Foi Vice-Diretor do NCTI/UPE; – Núcleo de Comunicação e Tecnologia da Informação da Universidade de Pernambuco;

Coordenador das Pesquisas Eleitorais: Eleições para governador e prefeitos, divulgadas pelo Jornal Folha de Pernambuco;

Atuação com ênfase em: Diagnóstico em Risco Político, Construção de Mandatos, Processos da Cristalização da Intenção do Voto, Comportamento Eleitoral, Pesquisa Eleitoral, Propaganda Eleitoral e Marketing Político/Eleitoral.

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