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Por Márcio Maia

O deputado Antônio Moraes (PP) declarou apoiar totalmente o movimento “Resistência da Cultura Pernambucana”, que visa ampliar nos eventos populares do Estado, a participação de artistas (cantores e músicos) pernambucanos para apresentação de nossos rítmos tradicionais, como o frevo, maracatu, forró etc.
Para o parlamentar, que tem grande envolvimento com a cultura popular pernambucana, os artistas precisam ser reconhecidos pelo Poder Público. “A cultura popular pernambucana é muita rica, tem enorme diversidade e precisa ter o reconhecimento das autoridades governamentais. Nossos cantores, músicos e compositores são elogiados em todo o País e no Exterior. Não podem ficar em segundo plano nos eventos importantes, como os festejos juninos e o Carnaval”.
Além de Antônio Moraes, o movimento tem recebido muitos apoios de artistas, produtores culturais e intelectuais, que aprovam a ideia de ampla modificação na atual estrutura de realização de eventos culturais populares promovidos pelo Governo do Estado e também pelas Prefeituras Municipais.
Os líderes do movimento entendem que a verdadeira e rica cultura popular pernambucana vem sendo preterida nos festejos tradicionais por grupos e artistas que não têm qualquer compromisso cultural. Além dos compositores e cantores de músicas carnavalescas, também demonstraram apoio ao movimento, cantores, músicos e compositores de baião, xote e xaxado
Os compositores Arnaldo Paes de Andrade e José Constantino, autores de grandes sucessos e vencedores de diversos festivais e frevos e maracatus, também entendem que está na hora de haver uma grande modificação na estrutura dos eventos culturais em Pernambuco.
Para Paes de Andrade, a população pernambucana está sendo obrigada a presenciar apresentações de artistas de qualidade duvidosa. “Isso está sendo péssimo para a nossa juventude que não está tomando conhecimento dos autênticos ritmos pernambucanos, que têm tanto reconhecimento internacional e infelizmente, não são mostrados e divulgados”.
José Constantino também tem se mostrado revoltado com o descaso demonstrado pelos produtores culturais e dirigentes dos órgãos públicos de cultura popular. “Não é possível que artistas de outras regiões sem qualquer identidade com nossas tradições culturais continuem ocupando os espaços nos eventos promovidos pelo Governo do Estado e pelas Prefeituras Municipais”.
O empresário e compositor Aguinaldo Ferreira, um dos idealizadores do movimento e integrante do Centro de Músicas Carnavalescas de Pernambuco (CEMCAPE), agradeceu o apoio que está recebendo do Blog Revista TOTAL e disse estar bastante satisfeito com a repercussão do lançamento da ideia. “Muita gente importante tem elogiado nossa disposição de mostrar aos gestores públicos a importância da valorização de nossos ritmos musicais que estão sendo preteridos na maioria dos eventos culturais. Eles também não admitem que o Frevo, o Maracatu, o Forró, Baião e o Coco de Roda sejam esquecidos enquanto que artistas, com quase nenhuma expressão cultural, sejam contratados e recebam cachês a peso d e ouro para animar as festas populares”.

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