Quatro deputados federais pernambucanos foram eleitos para integrarem a Comissão Especial que vai começar a investigar se a presidenta Dilma Rousseff vai responder a processo legislativo que poderá decidir pelo seu impedimento de continuar na Presidência da República. Os deputados Tadeu Alencar (PSB) Fernando Filho (PSB) Mendonça Filho (DEM) e Kaio Maniçoba (PHC) fazem parte da chapa da oposição que foi eleita ontem (8) em plenário, durante sessão presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Os dois integrantes do Partido Socialista Brasileiro (PSB), embora tenham sido indicados pelos líderes da oposição para comporem a chapa ainda não estão definidos se irão votar contra ou a favor da presidenta Dilma. Fernando Filho afirmou que já tenha uma opinião firmada sobre o assunto, mas garantiu que vai votar de acordo com o que for decidido pela maioria do partido. “A Diretoria Nacional deverá convocar uma reunião para discutirmos a questão e então, iremos nos posicionar de acordo com o que for decidido. “O assunto é muito complexo e existem muitas divergências sobre a questão e sendo assim, vamos decidir em conjunto”, afirmou.
O socialista Tadeu Alencar também disse que vai esperar um posicionamento do partido. Ele adiantou que o posicionamento do governador Paulo Câmara (PSB) é muito importante e, com certeza, terá muita força na hora da definição. Ele lembrou que o governador assinou um documento apoiando a presidenta Dilma Rousseff dando a entender que votará contra o impeachment.
O nome do deputado Kaio Maniçoba foi considerado como a grande surpresa dos indicados, uma vez que está em seu primeiro ano de mandato. O representante do Sertão, ele é natural de Floresta, tem se destacado na Câmara Federal e já foi indicado para funções importantes. Ele não se definiu sobre o assunto, mas adiantou que a decisão deve ser tomada com a maior transparência e seriedade. “Os deputados não devem se posicionar de forma irresponsável, votará contra ou a favor por interesses partidários. A presidenta Dilma foi eleita pela maioria do eleitorado brasileiro e isso deve ser levado em consideração.”, adiantou.
O deputado democrata Mendonça Filho foi o único que se posicionou a favor do impeachment. Ele lembrou que há 23 anos, o próprio PT encabeçou a campanha para cassar o mandato do então presidente Fernando Collor, então aliado de Mendonça Filho, à época filiado ao PFL. “Naquela ocasião ninguém faltou que a deposição de Collor seria um golpe. Porque agora, os mesmos que defenderam a cassação do mandato de Collor dizem que é golpe? Questionou Mendoncinha.

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