IMG-20190508-WA0234

Um grupo de compositores, músicos, cantores e dirigentes de agremiações carnavalescas iniciou um movimento em defesa da Música Carnavalesca de Pernambuco, em especial o frevo e o maracatu. Os participantes do movimento entendem que é necessária a ampla modificação da atual estrutura dos eventos que vêm sendo promovidos e patrocinados pelo Governo do Estado e pelas Prefeituras Municipais.
O movimento é chamado de “Resistência da Cultura Pernambucana” e tem o objetivo de promover discussões sobre o assunto, ao mesmo tempo em que procura soluções para o problema, como explicou o empresário e compositor Aguinaldo Ferreira, um dos líderes do Centro de Músicas Carnavalescas de Pernambuco (CEMCAPE), onde estão acontecendo os encontros. “Precisamos mostrar aos gestores públicos a importância da valorização de nossos ritmos musicais que estão sendo preteridos na maioria dos eventos culturais. Não podemos admitir que o Frevo, o Maracatu, o Forró, Baião e o Coco de Roda sejam esquecidos enquanto que artistas, com quase nenhum expressão artísticas, sejam contratados a peso de ouro para animar as festas populares”.
O Maestro Ademir Araújo, o popular Formiga, autor de dezenas de músicas de enorme sucesso, disse apoiar integralmente o movimento por entender que nossas músicas mais tradicionais não estão recebendo o devido apoio do Poder Público. “É inadmissível que os pernambucanos estejam recebendo via Governos, apresentações de cantores sem qualquer ligação com a nossa cultura popular, enquanto nossos valores artísticos são colocados ao lado. As verbas públicas devem ser direcionadas para a garantia e valorização da cultura tradicional de nosso povo”.
Os jornalistas Zuca Show, Márcio Maia, Reginaldo Silva e Antônio Lira demonstraram apoio ao grupo de defensores de nossa cultura, ao participarem do programa “Porque hoje é sábado”, transmitido pela Rádio Clube de Pernambuco. Para Zuca, não se compreende que as emissoras de rádio não prestigiem nossos ritmos, enquanto os inúmeros Safadões e Safadinhos têm suas músicas tocadas durante toda a programação. “Precisamos valorizar nossa riquíssima cultura popular”.
Jamesson Tavares, diretor de Cultura do centenário Clube Lenhadores, juntou-se ao grupo e relembrou que agremiações tradicionais de nosso Carnaval, como o próprio Lenhadores, Vassourinhas e o Clube das Pás, todos com mais de cem anos de existência, não recebem o apoio que merecem.

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fechar