Mendonça Filho é um dos nomes mais respeitados do Recife e tem uma longa história política

Na semana passada o nosso instagram realizou algumas enquetes sobre quem melhor representaria a direita na capital pernambucana. Foram testados alguns nomes: A Delegada Patrícia Domingos (Podemos), o ex-ministro da educação Mendonça Filho (DEM), o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania), o líder da oposição deputado estadual Marco Aurélio (PRTB), o deputado estadual Alberto Feitosa (PSC), Pastor Jairinho (PTC) e o Procurador Charbel (Novo).

Os resultados foram os mais diversos que podem ser vistos no nosso instagram @blogdosilvinho_oficial. Alguns comentários foram levantados além dos votos dados na enquete. E vou tentar comentar aqui. Uma das coisas: A delegada Patrícia Domingos não representa a direita para eleitores que votaram em Bolsonaro. Para eles, o melhor nome seria o do deputado estadual Alberto Feitosa, recentemente filiado ao PSC. Mas o parlamentar não é maioria, os votos bolsonaristas são divididos entre Daniel Coelho, Marco Aurélio e Mendonça.

Na ala de quem não vota no PT, mas não sente a menor vontade de votar em Bolsonaro, ou seja, os eleitores que são de direita mas não bolsonaristas, a delegada é bem mais forte. “Engana-se quem imagina que a quantidade de pessoas que votaram em Bolsonaro no Recife, votaram por achá-lo a melhor opção. (Não!) Votaram, porque não queriam o PT novamente no poder” disse uma das pessoas que conversou comigo comentando sobre a enquete.

A verdade é que são estes eleitores de direita, que não se identificam com o presidente Bolsonaro e que não votam nem no PT e nem no PSB que a oposição está mirando. Somando os votos dos bolsonaristas com os direitistas temos 49% de votos no Recife. “Aquele que conseguir uma boa parcela de votos para ir ao segundo turno contra João Campos ou Marília Arraes, com certeza conseguirá os votos tanto de quem é de direita como dos bolsonaristas que não votam de nenhuma maneira na esquerda” disse.

A eleição no Recife é historicamente e sempre entre duas figuras da esquerda. A última vez em que a direita e a esquerda se enfrentaram nas urnas foi em 2000 quando João Paulo (então PT) venceu Roberto Magalhães (DEM). 2004 e 2008 tivemos eleições definidas no primeiro turno, sendo que em 2008 por pouco a decisão não foi para uma segunda etapa mesmo tendo o candidato João da Costa apoio de Lula e Eduardo e João Paulo quando eles tinham uma forte aceitação popular. Em 2012, foi a vez do PSB levar a prefeitura, se aproveitando de uma divisão interna no PT. Por pouco Geraldo não teria que enfrentar Daniel Coelho em um segundo turno. Em 2016, Daniel não foi ao segundo turno porque a direita se dividiu entre ele e Priscila Krause. E agora, no cenário de hoje teremos 49% de votos para se dividir entre: Patricia Domingos, Mendonça Filho, Marco Aurélio, Daniel Coelho, Alberto Feitosa, Jairinho e Charbel.

Com essa divisão, claramente João Campos e Marília Arraes tem o caminho livre para trilhar e irem ao segundo turno e forçarem os eleitores da direita a não irem votar ou ter que escolherem entre eles. Não há outro caminho para a oposição a não ser união e diálogo e o mais importante de tudo: desprendimento.

Os nomes fortes do Recife
Mendonça Filho é um dos nomes mais respeitados do Recife e tem uma longa história política. Ele fez parte da chapa que puxou o tapete de Arraes em Pernambuco e isto já seria o suficiente para cacifá-lo em qualquer disputa. Além disso, Mendonça conseguiu a proeza de ter uma expressiva votação para o governo de Pernambuco no tempo de “Lula era Lula” e tinha mais e 80% de aprovação. Isso pesa e muito a favor de Mendonça.

Oposição calada?
Mendonça cobrou do Prefeito Geraldo Júlio (PSB) mais transparência nos gastos com o covid-19. Afinal, estamos em uma pandemia e não em um “Trem da Alegria”. Um comentarista político disse que essa crise de coronavírus vai mudar muita coisa na vida de muita gente “uns vão sair mais pobres, outros vão sair milionários”.

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