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Por Guilherme Venaglia

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) e a esposa, Fernanda Richa, foram presos na manhã desta terça-feira, 11/09, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Richa é suspeito em um inquérito que apura fraudes no programa Patrulha Rural, de veículos e policiais equipados para atender especialmente a áreas rurais.

Richa e Fernanda foram presos no apartamento do casal, em Curitiba, onde foram realizados simultaneamente dois mandados de busca e apreensão: um pelo Gaeco, outro pela Polícia Federal, que realiza também nesta terça a 53ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Piloto. Richa é alvo das duas operações, que não têm ligação entre si, mas o mandado de prisão foi expedido pela Justiça Estadual. O ex-governador é candidato ao Senado pelo PSDB nas eleições de 2018.

Pela Lava Jato, foi preso Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete do Governo do Paraná na gestão do tucano. Sobre a Piloto, a PF informa que a operação diz respeito à suspeitas de “suposto pagamento milionário, feito no ano de 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas do grupo Odebrecht, visando possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada”.

Em maio, VEJA revelou que uma gravação mostrava Roldo pedindo a um empreiteiro paranaense que entrasse como “cobertura” na licitação, de forma a mascará-la, para não levantar suspeitas em relação à vitória da Odebrecht, que já estava acertada previamente. Em troca, a empresa desse empreiteiro, o Grupo Bertin, teria ajuda para vender parte do complexo de usinas termoelétricas de Aratu, na Bahia, para a Copel, estatal paranaense de energia. A reunião ocorreu em uma segunda-feira, dia 24 de fevereiro de 2014, na sala de Roldo, localizada no terceiro andar do Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense, ao lado do gabinete do governador.

(Foto: Paulo Lisboa/Folhapress)

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