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Marcelo Mesquita

Não existe a menor dúvida de que a operação deflagrada hoje, pela Polícia Federal, efetuando a prisão de vários oficiais da Polícia Militar teve uma forte motivação política. O objetivo da ação dos federais foi desgastar a imagem do governador Paulo Câmara (PSB) visando a campanha para o Governo do Estado no próximo ano.

Neste comentário, não estamos querendo isentar de culpa as pessoas – servidores públicos e empresários – que estão sendo investigadas por terem praticado algum tipo de irregularidade durante os trabalhos realizados em 2010, na Operação Reconstrução, e em 2017, na Operação Prontidão. Quem tiver sua culpa, que pague na Justiça pelo erro praticado.

O que estamos analisando é a forma como a ação foi feita, com a utilização de centenas de policiais, dezenas de viaturas e até de um helicóptero. Será que os policiais militares, a maioria ainda na ativa, não poderiam ser intimados para prestarem depoimentos no prédio do DPF? Será que os empresários, todos devidamente estabelecidos, iriam fugir, abandonados seus pertences?

Em uma Nota Oficial, o Governo do Estado disse ter estranhado a forma como os policiais agiram, inclusive cercando o Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo, para apreender documentos. Eu pergunto: Será que alguém iriam extraviar os documentos que estavam arquivados na Casa Militar?

Na mesma Nota, o Governo considera lastimável o processo de “espetacularização negativa” de ações oficiais. Também diz que a PF usou força desproporcional para conseguir documentos que, com certeza, teria sido entregues caso fossem requisitados pela autoridade responsável pela apuração dos delitos que teriam sido praticados.

O que mais estranhamos é que a Assessoria de Imprensa da Polícia Federal convocou a Imprensa para uma entrevista coletiva e, no horário marcado, o próprio superintendente da PF, o delegado responsável pela “operação policial” e um representante da Controladoria Geral da União fizeram uma rápida explanação do que havia sido feito e enfatizaram que não iriam responder a nenhuma pergunta das dezenas de repórteres que estavam no auditório do DPF.

O que nos deixou mais perplexos ainda é que os responsáveis pela “operação” anunciaram que não iriam dar os nomes dos policiais e empresários presos ou que haviam sido submetidos a condução coercitiva por determinação judicial. Por que?

  • Temos certeza, que existe uma forte manipulação política por traz desse evento. O tempo dirá.

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