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IMG_20171216_163238Ao responder, em entrevista a O Globo, sobre uma eventual aliança dos tucanos com a turma de Temer na sucessão presidencial, Fernando Henrique fez uma avaliação óbvia sobre o PMDB:  o partido vai se fragmentar na corrida ao Palácio do Planalto, seu eixo sempre foi eleger bancadas federais, com base em alianças estaduais.

FHC concluiu que o PSDB não precisa ficar refém do PMDB. Ele tem razão. É um partido do tipo que sempre crava triplo na loteria em que se aposta no resultado de um jogo de futebol — é uma legenda tão velha quanto essa modalidade de aposta. Por isso, há sempre uma banda do PMDB à postos para embarcar em alguma candidatura competitiva ao Planalto.

Mais do que essas avaliações típicas de FHC, o que surpreendeu foi a repercussão. Dessa vez, não foram os Maruns da vida que reagiram. No próprio O Globo, na matéria com o título “Lideranças do PMDB criticam declarações de FHC”, a foto é de Jarbas Vasconcelos. Também é dele a crítica que dá peso à notícia.

Foi uma surpresa. Jarbas Vasconcelos, hoje deputado, e Pedro Simon, sempre ativo, são remanescentes da luta histórica do velho MDB, sob o comando de Ulysses Guimarães, contra a ditadura militar.

— Era melhor ele não ter falado, repreendeu Jarbas, um político cauteloso e zeloso sobre o que fala.

As restrições de Fernando Henrique ao PMDB de Temer, mesmo com algum aplauso às reformas e aos sucessos da equipe econômica, tiveram como foco a questão ética.

Na mesma linha do Jarbas de sempre. Exemplo recente: por duas vezes, votou a favor da autorização para que o STF abrisse investigações das denúncias contra Temer. Ele, que já era olhado meio de soslaio pela cúpula do partido, passou a ser visto apenas como adversário.

O entorno de Temer, Romero Jucá à frente, resolveu rifar Jarbas. No percurso, atropelaram o DEM e fizeram um acordo com a família Coelho, uma das mais tradicionais de Pernambuco.

O combinado foi tirar o PMDB de Pernambuco das asas de Jarbas e entregá-lo para o senador Fernando Bezerra Coelho e a seu filho, o atual ministro das Minas e Energia.

Era jogo jogado na Executiva do PMDB. O deputado Baleia Rossi, relator do caso, é o líder do PMDB na Câmara com o cacife de ser da copa e cozinha de Temer.

Jarbas conseguiu duas liminares judiciais, em Brasília e Recife, que impediram a Executiva de dissolver o diretório do PMDB em Pernambuco, presidido pelo vice-governador Raul Henry.

A briga é por opções diversas na sucessão estadual.

Para contornar o veto da Justiça, ficou acertado que a Convenção Nacional do PMDB, marcada para a próxima terça-feira (19), mudaria os estatutos. Esse tema continua na pauta.

O que parece ter mudado foi a relação de Temer com Jarbas Vasconcelos. Jarbas quebrou o gelo indo a um jantar em que o presidente tentava conquistar votos para a reforma da Previdência. Ali, ficou acertada uma conversa a dois no Palácio do Planalto.

O encontro ocorreu na manhã da quarta-feira (6) de dezembro. As versões sobre o que rendeu a conversa variam pouco. Há quem diga que Temer se limitou a avaliar os argumentos de Jader contra a mudança no PMDB de seu Estado. Mas também quem assegure ter Temer dito que vai pedir a Baleia Rossi que segure o processo.

O fato é que na terça-feira uma carta será revelada. Se for contra Jarbas Vasconcelos, de nada adiantou sua iniciativa. Mas, se a favor, surtiu efeito.

Poder jogar com cartas tão valorizadas é um trunfo de Temer.

A conferir sua aposta.
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Andrei Meireles – Blog Os Divergentes

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Você já se perguntou por que nem a esquerda nem a direita conseguiram pôr gente na rua? Tenho uma pista: intimamente, pouco importava o que dissesse o “Jornal Nacional”, as pessoas sabiam que o governo fazia escolhas sensatas

Por: Reinaldo Azevedo

Temer o subestimaram no pré-impeachment quando imaginaram que ele seria flagrado, como diziam, “conspirando” contra Dilma. Isso não aconteceu. Quem “conspirou” contra a presidente foram a inflação de 10%, a recessão a caminho de 4%, 12 milhões de desempregados e, claro, as denúncias de roubalheira. Mas estas tiveram um peso menor.

Já em 1513, ano em que Maquiavel escreveu “O Príncipe”, se sabia que os súditos não hostilizam o soberano se estão satisfeitos. Porque, escreveu o florentino, se o povo está contente com o resultado, não indaga por quais meios a ele se chegou. E o coitado do Maquiavel ficou com má fama e virou até adjetivo — “maquiavélico” ؙ— por aquilo que nem escreveu nem recomendou: “Os fins justificam os meios”. Ele estava apenas fazendo uma constatação sobe o modo de pensar no vulgo. Não era um norte moral.

A propósito: vocês acham que Temer teria sobrevivido às duas denúncias se o país estivesse vivendo sob o baguncismo experimentado na gestão Dilma? Ora… Você já se perguntou por que nem a esquerda nem a direita conseguiram pôr gente na rua? Tenho uma pista: intimamente, pouco importava o que dissesse o “Jornal Nacional”, as pessoas sabiam que o governo fazia escolhas sensatas. Apesar de todas as dificuldades. Se discurso policialesco bastasse para juntar multidões, 100 milhões teriam ido às praças para depor Temer, não é? Isso também marca o naufrágio moral de certo jornalismo, que apostou na sua “autonomia” para depor e pôr presidentes… Mas deixemos isto para outra hora.

Os adversários à esquerda e à direita de Temer, ignorando a sua história e sua longuíssima vivência partidária, incluindo anos no comando do maior partido do país, o subestimaram de novo na fase da denúncia. Jamais vou esquecer da cara que fez certa tropa da imprensa quando o presidente fez o seu primeiro pronunciamento após a farsa de Joesley Batista: sábios notórios, gente que se orgulhava de conhecer os bastidores do poder, asseguravam: “ele vai renunciar”. Bem, não renunciou. E o resto está aí.

E finalmente se subestimou Temer uma terceira vez —  e se incluam no grupo alguns aliados de véspera entre os esquerdistas e direitistas — ao supor que ele seria mero espectador passivo nas eleições de 2018. Ou, pior ainda, serviria de saco de pancada da extrema direita, do centro, da esquerda… Por que ele o faria? E, nesse caso, trata-se também de subestimar a realidade.

Não! Ele será um dos protagonistas.

lula temer

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou o presidente interino Michel Temer (PMDB) de praticar um golpe político, aproveitando-se das decisões do Senado e da Câmara Federal. Segundo ele, o presidente não está respeitando a interinidade, pois está mudando os principais cargos diretivos da Nação. “Ele mandou embora até o pobrezinho do homem que servia café no gabinete da Presidência e depois vem justificar que ele informante meu e da Dilma”, ironizou.

Lula lembrou que Temer é interino e o criticou por ter feito mudanças nos ministérios e nos principais órgãos federais. “Ele é interino e não pode fazer isso, porque Dilma pode voltar e vai mudar tudo de novo. Trocou o ministro da Fazenda, que está adotando políticas diferentes. E se ela voltar? O que vai fazer? Mudar tudo de novo?”
O ex-presidente disse está otimista de que o quadro vai se reverter no Senado, pois faltam apenas seis parlamentares tomarem a decisão para o impeachment ser negado. “Dilma está dependendo de seis votos para recuperar o mandato que o povo brasileiro lhe deu de forma democrática e legal, com mais de 54 milhões de votos. Tenho certeza que os senadores não vão permitir que aconteça esse absurdo”.
O pernambucano lembrou os tempos em que carregava água na cabeça, em Caetés, então distrito de Garanhuns, e asseverou que pode ser candidato novamente em 2018. “Eu sempre sonhei que era possível as pessoas conviverem com a falta dágua no semi-árido. Estamos convivendo com a seca mais grave dos últimos cem anos e ninguém está vendo criança morrendo de subnutrição pelo meio da rua. Isso é o resultado de quase 1,5 milhão de cisternas construídas. Ninguém está vendo também saques nas feiras e nos supermercados. É fruto dos programas sociais que implantamos”.
As declarações foram feitas durante encontro com lideranças políticas e dirigentes sindicais da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), na cidade de Carpina. Lula aproveitou para ironizar com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que considera os nordestinos pessoas ignorantes e que votaram nele e em Dilma porque são desinformados. “O problema é que ele não sabe o que é conviver com a seca e não conhece a importância de uma cisterna no quintal de uma casa”.
CANDIDATO – À noite, Lula participou de uma reunião em Boa Viagem, no Recife, quando deu apoio a coligação entre o PT , o PRB, PTB, PTN e o PTdoB para a disputa das próximas eleições, com a chapa encabeçada pelo ex-prefeito do Recife João Paulo (PT) e o deputado estadual Sílvio Costa Filho (PRB). Participaram da reunião, o ex-ministro Armando Monteiro Filho, os senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB), o deputado federal Sílvio Costa (PTdoB), o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, e a deputada Teresa Leitão (PT).

O Ibope divulgou (ontem) o resultado de uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre a avaliação da população em relação à Gestão do presidente interino Michel Temer (PMDB). Segundo o levantamento feito entre os dias 24 e 27 do mês passado, a desaprovação ao governo de Temer é maior na região Nordeste do País. Na Região, 44% dos entrevistados avaliaram o governo interino como ruim ou péssimo, diferença acima da margem de erro de dois pontos percentuais quando comparada com a rejeição nas outras regiões do país. No Norte e no Centro-Oeste (a pesquisa agrupa as duas regiões), a desaprovação foi de 35%, enquanto no Sudeste, é 35%; e no Sul, é 39%.

No quesito aprovação, os nordestinos também tiveram o menor percentual, apenas 11 por cento, enquanto 12% dos sulistas aprovam e os moradores do Sudeste 13%. No Norte e no Centro-oeste, Temer alcançou o amior percentual de aprovação, 16%.

Em todo o País, a pesquisa apontou que 13% dos entrevitados consideram o governo como ótimo e bom, enquanto 39% o avaliam como ruim ou péssimo. Já 36% acham o governo regular. Entre os que responderam as perguntas, 13% não soube ou não quis responder.

O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios. O grau de confiança da pesquisa é de 95%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Esta foi a primeira pesquisa CNI/Ibope, após o afastamento temporário da presidenta Dilma Rousseff, em 12 de maio, determinado pelo Senado Federal.

 

cirogomesmicheltemer-840x560O presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE), potencial nome da centro-esquerda para disputar o Planalto em 2018, investe em indiretas para o eventual adversário José Serra, ministro das Relações Exteriores, e para o presidente Michel Temer.

Ciro tem dito que a política externa de Michel Temer é “obra de um canalha”. E há dias, numa entrevista, disse ter documentos de eventual roubalheira no porto de Santos que envolve Temer.

O ex-presidente Lula volta a Brasília nos próximos dias. Espera reunir 30 senadores para tentar insuflar a proposta de antecipação das eleições, já que a possibilidade de reverter o impeachment no Senado inexiste para os petistas – e muitos não querem também.

O anfitrião do encontro deverá ser o senador Roberto Requião (PMDB-PR).

 

Leandro Mazzini – Coluna Esplanada
Blog do Magno

IMG-20160609-WA0002Brasília – O presidente em exercício, Michel Temer, sancionou com vetos lei que reajusta em 21,3% a remuneração dos servidores do Senado Federal. Segundo a lei, o aumento será concedido em quatro parcelas anuais: 5,5%, a partir de 1º de janeiro de 2016; 5%, a partir de 1º de janeiro de 2017, aplicados sobre as tabelas vigentes em 31 de dezembro de 2016; 4,8%, a partir de 1º de janeiro de 2018, aplicados sobre as tabelas vigentes em 31 de dezembro de 2017; e 4,5%, a partir de 1º de janeiro de 2019, aplicados sobre as tabelas vigentes em 31 de dezembro de 2018.

Um dos vetos refere-se à entrada em vigor da lei, que ocorreria na data de sua publicação, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2016. Temer rejeitou o trecho alegando que “o dispositivo, se sancionado na presente data, representaria a concessão de reajuste com efeitos financeiros anteriores à data da entrada em vigor da lei, em afronta ao impedimento constante da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, em seu artigo 98, parágrafo 2º.”

Dessa forma, segundo a justificativa do veto, ao previr despesa não autorizada pela LDO, estaria em desacordo com o disposto no inciso II do parágrafo 1º do artigo 169 da Constituição. A nova lei está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira.

Fonte:O Estadão

size_810_16_9_o-vice-presidente-michel-temer-em-brasilia-em-05-05Estado de S.Paulo – Pedro Venceslau e Valmar Hupsel

Do apoio do Planalto em disputas locais a indicações para cargos em estatais e até para o comando do BNDES – o maior financiador de empresas do País –, o presidente em exercício Michel Temer está sendo pressionado por senadores em troca de apoio no julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. A votação final está prevista para acontecer até o fim de agosto.

Por causa do assédio, Temer tem recebido parlamentares no Palácio do Jaburu para almoços, jantares e reuniões, marcados muitas vezes fora da agenda oficial. Nos encontros, escuta mais do que fala. “O Temer está comprando a bancada. É uma compra explícita de apoio”, disse o senador Roberto Requião (PMDB-PR), peemedebista contrário à saída de Dilma.

Para interlocutores do governo no Senado, o “movimento” nada mais é do que uma lista de demandas. O caso mais pitoresco, segundo relatos de três senadores próximos a Temer, é o de Hélio José (PMDB-DF). Ele pediu 34 cargos, entre os quais a presidência de Itaipu, Correios, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e até o comando do BNDES.

Leia mais:Senadores mostram ‘fatura’ do impeachment

Fonte:Blog do magno

Agência Brasil

O vice-presidente da República, Michel Temer, informou hoje (30) que o anúncio da reforma ministerial pode ser feito nesta quinta-feira (1º), mas que há a possibilidade de ficar para sexta (2).

À noite, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), cotado pela bancada do partido na Câmara para assumir o Ministério da Saúde, esteve no gabinete da Vice-Presidência, mas, de acordo com Temer, Castro foi apenas cumprimentá-lo.

Presidente nacional do PMDB, Temer recebeu, também no início da noite, os ministros peemedebistas que se reúnem diariamente com ele desde que a presidenta Dilma Rousseff iniciou as negociações sobre a reforma administrativa: Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação Civil), Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Helder Barbalho (Secretaria de Pesca e Aqüicultura).

Dilma prometeu que vai cortar dez dos 39 ministérios do seu governo. Por isso, desde a semana passada ela se reúne com lideranças do PMDB e de outras legendas em busca do melhor desenho para a nova equipe.

Nessa terça-feira (29), após anunciar a demissão de Arthur Chioro do Ministério da Saúde para abrigar o PMDB, o ministério informou que o anúncio ocorreria quinta-feira. A informação ainda não foi confirmada oficialmente pelo Palácio do Planalto.

Indagado por jornalistas sobre a data do anúncio ministerial, Temer adiantou não saber se vai ficar para sexta-feira. “Tem muita coisa para resolver ainda. Amanhã à tarde, amanhã à noite ou sexta”, disse o vice-presidente, ao deixar o gabinete, no Palácio do Planalto.

O vice-presidente disse ainda que não sabe se encontrará a presidenta nesta quinta-feira. Perguntado se a presença do deputado Marcelo Castro era um indicativo de que o nome dele já estava fechado para ocupar o Ministério da Saúde, ele respondeu: “Ele veio me cumprimentar”.

Na Vice-Presidência, Castro conversou por mais tempo com o ministro Eliseu Padilha. De acordo com o deputado, apesar das expectativas com relação ao seu nome, ainda não há nada de concreto. Sobre a possibilidade de assumir na eventualidade de algum convite, ele respondeu: “Só depende da presidenta”.

 

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