Foto: Ricardo Stuckert / PR

Com informações do Correio Braziliense 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu criar uma autoridade federal para representar o governo na gestão da tragédia gaúcha provocada pelas chuvas. Ele nomeou o titular da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, como ministro extraordinário da reconstrução do Rio Grande do Sul. Pimenta será substituído pelo jornalista pernambucano Laércio Portela. Ele ficará no cargo interinamente.

Lula anunciaria a criação do cargo, nesta quarta-feira, na terceira visita ao estado desde o início da calamidade pública, mas o Palácio do Planalto acabou antecipando a informação nesta terça-feira.

A ideia é que Pimenta coordene os esforços da União para reconstruir as áreas atingidas e atender as vítimas da calamidade, fazendo interlocução com o governo estadual e as prefeituras. Ele comandará uma equipe cuja estrutura, com sede na capital gaúcha, está sendo desenhada pela Advocacia-Geral da União (AGU).

A necessidade de uma autoridade federal foi atestada em conversas entre a equipe de governo. A avaliação é de que, até agora, Pimenta tem concentrado o diálogo com prefeitos e apresentado as principais medidas. No entanto, cada ministério está divulgando suas próprias ações, provocando falha na chegada de informações à população e fazendo com que prefeitos fiquem na dúvida sobre a quem procurar em busca de auxílio.

Nesta quarta-feira, na visita ao Rio Grande do Sul, Lula será acompanhado por Pimenta e ministros; pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); e pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que participaram de encontro com o chefe do Executivo, no fim da tarde desta terça-feira, no Planalto.

Lula anunciará uma nova rodada de socorro financeiro, com foco, desta vez, nas pessoas físicas, especialmente as famílias desabrigadas ou desalojadas pelas enchentes. Ele conversou pela manhã com oito ministros para debater as propostas.

Uma das iniciativas em estudo pelo Ministério da Fazenda é pagar um auxílio de R$ 5 mil, em parcela única, para as 100 mil famílias desalojadas ou desabrigadas, o que representaria aos cofres públicos um gasto de R$ 500 milhões. A quantia é considerada “pequena” se comparada ao impacto fiscal de R$ 12 bilhões das medidas anunciadas até agora pelo governo, segundo uma fonte da equipe econômica.

Fonte: Dantas Barreto

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