O Brasil tem 17,5 milhões de pessoas com deficiência (PCDs) em idade de trabalhar, mas apenas 34,3% delas têm vínculo formal de trabalho, segundo o Censo 2022 do IBGE. Além disso, as PCDs recebem, em média, R$ 1.639 por mês, enquanto os ocupados sem deficiência ganham R$ 2.619. Esses dados revelam as desigualdades e as dificuldades que as PCDs enfrentam no mercado de trabalho, que passou por mudanças significativas nos últimos cinco anos, mas ainda apresenta obstáculos e barreiras para a inclusão plena e efetiva desses profissionais.

Apesar da existência da Lei de Cotas, que obriga as empresas com 100 funcionários ou mais a reservarem de 2% a 5% das suas vagas para PCDs, muitas ainda não cumprem a legislação ou fazem contratações apenas para evitar multas, sem oferecer condições adequadas de trabalho e desenvolvimento para esses colaboradores. Por outro lado, há também iniciativas e exemplos positivos de empresas que estão investindo na inclusão e na diversidade, reconhecendo o potencial e o talento das PCDs.

Uma dessas iniciativas é a Rede Incluir, uma organização sem fins lucrativos que promove a inclusão de PCDs no mercado de trabalho, criando pontes sólidas entre talentos excepcionais e empresas comprometidas com a diversidade e a igualdade. A Rede Incluir oferece programas de capacitação, orientação, recrutamento e acompanhamento para PCDs e para as empresas parceiras, visando garantir um ajuste perfeito e um ambiente de trabalho inclusivo e acolhedor.

O presidente da Rede Incluir, Antoniel Bastos, afirma que o objetivo da organização é transformar vidas e empresas por meio da inclusão. “Nós acreditamos que a diversidade é a força que impulsiona a inovação e o crescimento em todas as organizações. Nossa missão é promover a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, criando oportunidades de emprego, renda e cidadania para essas pessoas, que são tão capazes e competentes quanto qualquer outra”, diz.

O trabalho da Rede Incluir tem gerado resultados expressivos e impactado positivamente a vida de milhares de PCDs e de empresas. Em 2022, a organização abriu mais de mil vagas para PCDs no Rio de Janeiro, em parceria com empresas como Viva Rio, Conlog S.A, FAS Saúde, Grupo South e outras. Além disso, a Rede Incluir tem ampliado sua atuação para outros estados.

Avanços e desafios no mercado de trabalho para PCDs entre 2018 e 2023

Avanços: Aumento do número de PCDs empregados formalmente; Diversificação das áreas e cargos ocupados por PCDs e Ampliação das iniciativas de inclusão e capacitação de PCDs

Desafios: Persistência das desigualdades e das barreiras para a inclusão de PCDs; Falta de oportunidades e de preparo das empresas para a contratação de PCDs e Preconceito e discriminação contra PCDs no ambiente de trabalho.

A história da Rede Incluir mostra que é possível avançar na inclusão de PCDs no mercado de trabalho, mas que ainda há muito a ser feito. Para isso, é fundamental que as empresas, o poder público, as organizações da sociedade civil e as próprias PCDs se unam em prol dessa causa, que é de todos. A inclusão de PCDs no mercado de trabalho não é apenas uma questão de cumprir a lei, mas de respeitar os direitos humanos, de valorizar a diversidade e de promover o desenvolvimento social e econômico do país, afirma Antoniel Bastos.

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