Em um estado onde os desafios hídricos são uma realidade inegável, o secretário de Recursos Hídricos e Saneamento de Pernambuco, Almir Cirilo, tem se destacado pelo compromisso e pela visão estratégica que imprime à sua gestão. Em entrevista concedida ao Blog do Alberes Xavier e à Rede Pernambuco de Rádios, ele compartilhou suas perspectivas sobre a situação e as ações em andamento.

Um dos pontos-chave abordados por Almir Cirilo foi a magnitude dos problemas hídricos enfrentados pelo estado. Ele destacou que a demanda por soluções é gigantesca e que contar apenas com os recursos estaduais não é suficiente para atender todas as necessidades, especialmente na Zona Rural, onde cerca de 2 milhões de pessoas enfrentam dificuldades relacionadas ao acesso à água.

Nesse contexto, o secretário ressaltou a importância das parcerias, incluindo o apoio da Assembleia Legislativa. “O tamanho do problema é muito grande e nós não podemos contar, nem de longe, só com os recursos do estado. A parceria da Assembleia existe, os deputados tem vindo aqui, a gente tem solicitado a eles que auxiliem, principalmente com o atendimento à Zona Rural. A gente falou muito das cidades, mas temos um contingente de cerca de 2 milhões de pessoas que sofrem e a Secretaria tem um olhar especifico para essas pessoas, fazendo com que elas sejam atendidas”, disse.

Outro ponto relevante abordado na entrevista foi o custo da água em Pernambuco. Almir Cirilo fez um importante apelo à conscientização da sociedade sobre a relação entre o valor pago pela água e a sua disponibilidade. Comparativamente, o custo da água fornecida pela Compesa, empresa de saneamento do estado, é bastante acessível em relação a outros estados. O secretário ressaltou que “água cara é aquela que não se tem”, destacando os custos enfrentados por aqueles que não têm acesso a sistemas de abastecimento regular e dependem de caminhões-pipa ou outras fontes alternativas.

Além disso, Almir Cirilo enfatizou que a tarifa social de água em Pernambuco é uma das mais baixas do Brasil, custando apenas R$ 9 por mês. Ele apontou ainda que as pessoas muitas vezes pagam mais por serviços como planos de celular, enquanto a água potável, essencial para a vida, é acessível à grande maioria da população.

“A água de qualidade que a Compesa fornece não é uma água cara. A tarifa social é uma das mais baratas do Brasil. As pessoas pagam R$ 9 por mês. Elas pagam muito mais pela conta de celular de cada pessoa. É preciso que a sociedade entenda que a gente paga pouco pela água e isso impacta na qualidade do serviço”, completou.

2 Comentários

  1. E por que foi feita PPP no esgoto de Recife e continua uma merda ? Se PPP fosse boa o Recife que tem o Esgoto privatizado seria de ótima qualidade e é uma porcaria. Por que será que em Alagoas depois que fizeram PPP na água o povo ainda continua sem abastecimento e pagando o dobro se PPP fosse a solução os países que já privatizaram a água não estariam querendo retomar de volta .Quanta balela pra enrolar o povo leigo.

  2. As observações de um engenheiro civil e secretário de recursos hídricos com vasta experiência técnica e de gestão hídrica são claramente objetivas. O contrato-ponto ao político é exato. Infelizmente, o Brasil não foi só tomado por “tecnocratas da vez querendo ser vitrine”, mas por políticos desqualificados nesse debate técnico complexo. E ao final, na hora da tomada da decisão, o voto político de interesse e desconhecimento técnico prevalece. O “grupo político” em acordo decide TUDO, TUDO mesmo. Parabéns ao técnico e aos políticos, infelizmente, só lastimas. Pois no final, mudam total e absolutamente o destino de uma nação e suas famílias, com seus interesses outros.

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