postado por Marcelo Mesquita

Sempre defendi que a política, além de uma ciência, é uma arte. E seu exercício tem que ser constante, pois em tudo, relacionamento de amizade, familiar, profissional, dentre muitos outros, é preciso ser político para conseguir os intentos, sejam eles quais forem. E existe uma máxima na política que poucas pessoas conseguem exercê-la em sua plenitude: “A arte de conviver com o inimigo”. Conviver por si só é uma arte em todos os sentidos. Então é preciso tato para se conviver bem… E na política, além do tato, é preciso inteligência. E essa inteligência passa primeiro pela construção de uma atuação que requer conhecimento, estratégia, objetivo e o principal: motivação.
E é exatamente aí que a maioria que busca exercer a política não consegue sucesso, uma vez que começa a exercê-la apenas por diletantismo, ou por vingança, ou ainda por se achar intelectualmente superior aos outros. Com esses conceitos, começa a fazer oposição aos políticos com mandato. Isso é natural, pois mudança é o foco principal dos que se iniciam na arte da política partidária. Porém, ao iniciar a “briga”, a maioria esquece que é preciso, antes de tudo, entender todos os aspectos que envolvem a conquista política, como a escolha de partido, ideologia do mesmo, eleição, administração pública e o mais importante, conhecer e entender o ser humano, suas frustações, seus objetivos individuais e coletivos, sua visão de política pública e sua opção ideológica, e em consequência disso a partidária. Pois cada um pensa de uma forma e busca na ideologia partidária abrigo para suas pretensões de conquista sócio-política. E entender o ser humano é tarefa difícil, a mais difícil no exercício da política.
Numa estrutura republicana e democrática, exercer a política é buscar, antes de tudo, o conhecimento humano. E sendo essa a tarefa mais difícil, poucos conseguem obter o sucesso galgando cargos, de forma a agradar a maioria, transformar-se em líder e manter essa liderança respeitando o cidadão que representa. Tanto o é, que a representatividade é medida nas urnas e só. Pesquisas de opinião, posicionamentos de adversários, discussão de teorias políticas e atos públicos de protestos, na maioria das vezes, acabam no vazio. Diante o exposto, nossa opinião é de que o equilíbrio é ponto vital para os que pretendem assumir ou assumem posições, cargos e causas públicas. Quanto à adversidade, ela sempre vai estar presente porque a unanimidade é “burra” e nunca existiu e nem pode existir nas verdadeiras democracias.

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fechar