“Não sou terrivelmente evangélico, mas sou de filho de mãe evangélica, e cresci e fui educado dentro de preceitos evangélicos, com profundo conhecimento da Bíblia, o que pra mim, dentro da igreja, é uma edificação”

Postado por Marcos Lima Mochila

O juiz Mirko Vincenzo Giannotte, de 50 anos, que atua no Tribunal de Justiça do Mato Grosso, nasceu em Santos (SP), há 50 anos, onde ainda tem muitos amigos e alguns familiares.
Mirko formou-se em Direito na Universidade de Alfenas/MG em 1995, quando se mudou para MT, onde seu pai, imigrante italiano, há décadas atuava no ramo do agronegócio e colonização. Atuou como advogado durante 10 anos e foi professor em faculdades de Direito de Cuiabá, Várzea Grande, Diamantino, Rondonópolis e Sinop.

Em 2003, tornou-se juiz, quando foi aprovado no concurso para o cargo.

Como membro do judiciário, Mirko foi juiz diretor de diversas comarcas que jurisdicionou (Porto dos Gaúchos, Colíder, Diamantino, Alta Floresta e Sinop), tendo atuado como juiz eleitoral, criminal e nos diversos temas do direito civil. Com especialização em Direito – pós-graduação (MBA) em Poder Judiciário pela Fundação Getúlio Vargas- FGV, bem como é doutorando em Direito pela Universidad Católica de Santa Fé, Argentina.

Na Anamages foi vice-presidente entre 2011 à 2016 e entre 2017 e 2020 foi o vice-presidente da Região Centro-Oeste, posicao que ocupa até hoje após reeleicao em 2020.

Embora sem poder de influência em uma provável decisão de Bolsonaro, o fato de ter sido indicado pela Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages), uma entidade que representa 1.200 magistrados no país, catapulta seu nome e lhe dá mais evidência nos segmentos político e de Direito.

“É uma honra para mim e estou muito feliz. Acho que já é uma vitória, até aqui, ter sido indicado, ainda mais (por atuar) num Estado (MT), com uma população de 3 milhões de habitantes e um universo de juízes bem menor. Acho que é o reconhecimento do meu trabalho e isso muito me envaidece, sem me conduzir à soberba”, celebra o juiz.

A Anamages já declarou, várias vezes, através do seu presidente, o juiz Magid Nauef Láuar.
“confiar na seriedade do digno presidente da República, que certamente levará em consideração a apreciação do nome a ser indicado dentre os magistrados estaduais, tudo com o devido cuidado, respeito e obediência às Normas Constitucionais”. E completa: “A associação defende que a indicação presidencial deverá recair no nome de magistrado componente da Justiça dos Estados da Federação, para que a Suprema Corte possa ter entre seus integrantes um julgador preparado, conhecedor da realidade jurisdicional.

Giannotte também ressalta a importância de ser um indicado da Justiça Estadual ao STF. “Sem demérito a quem quer que seja, tenho muitos colegas hoje magistrados da Justiça Federal, é a Justiça (Estadual) que distribui justiça ao cidadão. É aquela mais próxima do povo”, aponta.

Vale ressaltar que esta será a 2ª indicação do presidente ao STF. A primeira vaga, aberta em novembro de 2020, foi ocupada pelo agora ministro Kássio Nunes Marques. Em algumas declarações, o presidente Bolsonaro disse que o próximo escolhido será um ministro “terrivelmente evangélico”.

Sob esse ponto de vista, Giannotte revela também estar apto à disputa.

“Não sou terrivelmente evangélico. Era terrível quando criança (brinca). Acredito que o nosso presidente, que é uma pessoa que muito se aproxima do povo, que fala a língua do povo, quando diz terrivelmente evangélico quer se reportar a alguém religioso. E eu sou, sim, temente a Deus, sou religioso”.

O juiz revela que embora não seja evangélico batizado, vem de um berço evangélico. “Minha mãe é evangélica. E, claro, cresci e fui educado dentro dos preceitos evangélicos, e conheço a Bíblia, o que pra mim, dentro da igreja, é uma edificação”.

“A nomeação própria (ao cargo no STF) é do presidente Jair Messias Bolsonaro, mas a indicação, você pode ter certeza, que é a de Deus”, completa o Juiz Mirko.


Aposentadoria
O ministro Marco Aurélio Mello, atual decano do Supremo Tribunal Federal (STF), informou à presidência da Corte, por meio de ofício, que vai se aposentar no dia 5 de julho, uma semana antes de completar os 75 anos – limite máximo para permanecer como integrante do tribunal.

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