A Fundaj lança campanha solidária, nessa quinta-feira, em parceria com a Central Única das Favelas em Pernambuco.
Vivemos o coronaceno. A era da covid no centro das atenções mundiais.
Vivemos também uma pandemia de solidão, depressão e ansiedade.
O livro é um valioso companheiro e um ato de anti-solidão.
A ciência é a protagonista, mas a cultura e educação são o caminho.
A pandemia agravou a desigualdade social e a fome, no Brasil e no mundo.
A FUNDAJ, inspirada em Joaquim Nabuco e tantos outros pesquisadores e pensadores que passaram e que fazem essa instituição com 71 anos, demonstra nesse singelo ato, que não somos indiferentes ao sofrimento de nossos irmãos.
Nabuco falava que tão importante quanto abolir a escravatura era banir o seu legado de sofrimento e desigualdades.
De certa forma, as favelas são as senzalas de outrora. Só com mais igualdade e educação poderemos mudar essa realidade.
Canudos, um dos símbolos do Brasil, do qual o Museu do Homem do Nordeste guarda algumas peças originais em seu acervo, nunca foi vencido. O seu grito de desigualdade ainda ecoa. Comparam Canudos como a Tróia brasileira. Todavia, é uma espécie de Cartago. Roma ao vencer o General Aníbal, que quase vence a guerra, mandou passar arado sobre as terras de Cartago. Canudos, essa Cartago brasileira, caiu em pé e o seu grito por igualdade e por uma maior compreensão da múltipla realidade brasileira é uma lição contemporânea, que nenhuma força ou arado foi capaz de vencer.
No ato de doação quem mais ganha é o doador, que venceu a indiferença e faz um gesto de solidariedade e de amor aos seus irmãos.
Além da doação de donativos arrecadados, a Editora Massangana também doará livros, pois defendemos que também é preciso democratizar o acesso ao livro e vencer a fome de conhecimento.
Essa é uma crise, da COVID, que só venceremos agindo coletivamente.
Antônio Campos

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