Proposta da deputada Delegada Gleide Ângelo também apoia o trabalho das mulheres artesãs, que são a maioria do setor

A crise provocada pela Covid-19 atingiu de diferentes maneiras diversos segmentos econômicos, tanto em escala local, quanto em escala nacional. Com a suspensão das atividades comerciais nos centros de artesanato, turismo e equipamentos culturais, os artesãos pernambucanos foram profundamente afetados pela paralisação do setor. Desta maneira, a Delegada Gleide Ângelo apresentou um projeto de lei para restaurar a dinâmica econômica e social do artesanato no Estado. A medida foi aprovada em plenário na última semana.
O projeto recomenda que o Estado desenvolva ações de apoio aos trabalhadoresdo artesanato a fim de reparar os prejuízos que atingiram à categoria, provocados durante ou depois do presente período de calamidade pública – e dispõe de diretrizes para períodos similares futuros. A promoção de ações para a qualificação profissional destes trabalhadores, assim como o estímulo à capacitação para a continuidade dos saberes populares são alguns exemplos de políticas que podem ser viabilizadas a partir da proposta. “O artesanato tem um papel importante como fonte geradora de renda e de fomento para o turismo e cultura local e nacional. É fundamental garantir todos os direitos e gerar oportunidades para as famílias que vivem do artesanato. Por isso, estamos trabalhando para criar as condições necessárias para que nossos artesãos possam recuperar os danos sofridos durante a fase mais crítica da pandemia”, explica a Delegada.
É sabido o quanto o artesanato pode oferecer para o desenvolvimento local em uma comunidade que tem a atividade como principal fonte de renda. Uma pesquisa do IBGE (2001) apontou que os trabalhadores da área movimentam mais de R $50 bilhões por ano no Brasil. No âmbito local, a Fenearte, considerada a maior feira de artesanato da América Latina, movimentou em sua última edição (2019) cerca de R$45milhões e recebeu um público estimado em 300 mil pessoas, além de ter gerado cerca de 2,5 mil vagas de empregos temporários. Tais estatísticas reiteram a força e a importância do setor para a economia pernambucana, sendo seu amparo imprescindível para a reestruturação econômica estadual.
Um outro levantamento, desta vez feito pelo Instituto de Capacitação e Apoio ao Empreendedor (Centro CAPE), que organiza a Feira Nacional de Artesanato (FNA), apontou que as mulheres são a maioria no segmento em todo país: cerca de 75%. Dados do DataSebrae também corroboram este cenário, apontando que 77% dos artesãos brasileiros são do sexo feminino. Assim, o projeto da Delegada também abarca estratégias para o empoderamento da mulher artesã, uma vez que estimula o empreendedorismo feminino dentro da cadeia produtiva do artesanato pernambucano. “No Brasil, o artesanato é feito por mulheres. Precisamos oferecer maneiras para capacitar e desenvolver condições para a inclusão dessas mulheres no mercado econômico e de trabalho. É assim que elas constroem uma nova realidade social, familiar e de autoestima. Investir na capacitação econômica das mulheres é investir num caminho para a igualdade de gênero, a diminuição da pobreza e o crescimento econômico inclusivo”, conclui.

Fonte Blog ponto de vista

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