Para o presidente do TSE, as consequências de não votar são pequenas. Contudo, ele acredita que a democracia brasileira ainda é jovem para mudar este status.

Presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Luís Roberto Barroso reconhece que o voto obrigatório no Brasil tem se tornado facultativo, diante da alta abstenção ocorrida nas eleições municipais. “Acho que a gente começa a fazer uma transição. O modelo ideal é o voto facultativo e, em algum lugar do futuro não muito distante, ele deve ser”, diz.

“Acho que o voto hoje no Brasil é praticamente facultativo porque as consequências de não votar são pequenas. Por isso, um comparecimento de mais de 70% durante a pandemia merece ser celebrado. Acho que a gente começa a fazer uma transição. O modelo ideal é o voto facultativo e em algum lugar do futuro não muito distante ele deve ser”, afirmou o presidente do TSE.

“Porque hoje ainda não defendo voto facultativo? Acho que a democracia brasileira vem se consolidando, mas ainda é jovem, e portanto ter algum incentivo para as pessoas votarem é positivo.”

Barroso afirma que a não obrigatoriedade do voto pode gerar polarização. “Nos países de voto facultativo você incentiva a polarização, porque os extremos não deixam de comparecer, e os moderados muitas vezes deixam. Portanto, também por essa razão, ainda prefiro voto obrigatório com sanções leves como é no Brasil.”

Amapá

Uma semana após todo o país, exceto o Distrito Federal, passar por eleições, o Amapá ainda segue dando continuidade às eleições 2020. A votação em Macapá-AP, capital do estado, teve de ser adiada para este domingo (6) por conta do apagão que acometeu 13 dos 16 municípios amapaenses por cerca de duas semanas.

292.718 pessoas estão aptas a votar neste domingo, em primeiro turno, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O segundo turno, se houver, será no dia 20 de dezembro. Barroso reforçou que o adiamento das eleições não aconteceu apenas por causa da falta de energia, mas pelos riscos à segurança pública. O ministro acredita que a apuração deverá acontecer sem intercorrências.

Por Matheus Teixeira e Leandro Colon do Jornal Brasília com informações de Rócio Barreto do Portal Por Brasília

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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