Hoje, como radialista, luta para minimizar o sofrimento da população mais carente de toda a Região Metropolitana do Recife

Mardoqueu Júlio da Silva nasceu em 08 de junho de 1972, em Camaragibe. É filho de Maria do Carmo da Silva e de Gonçalo Júlio da Silva.
Viveu a sua infância e adolescência no bairro de Tabatinga, uma comunidade desassistida pelo poder público.
Até os 17 anos, residiu em área de risco, acostumando-se a ver os pais preocupados com uma enorme barreira atrás da residência, que poderia desabar sempre que chovia.
Aos 08 anos de idade, ingressou no Grupo de Escoteiros Pedro Álvares Cabral, que à época funcionava no SESI de Camaragibe. Ali, teve a oportunidade de aperfeiçoar a educação já disponibilizada no lar, como deveres para com Deus, a pátria e o próximo, pilares do escotismo mundial.
Aos 14 anos de idade, viu parte da casa de madeira em que moravam ruir sobre uma parede de alvenaria construída pelo pai. Esse fato marcou a sua vida, pois ali estava depositado um sonho dos pais de darem um conforto melhor à família.
Durante os períodos de chuva, os pais colocavam os quatro filhos para dormirem na sala e ficavam em vigília durante toda a noite, pois, caso escutassem algum barulho, tentariam retirar todos de dentro de casa.
Sempre estudou em escolas públicas de Camaragibe. Os dois primeiros anos, foram cursados na Escola XV de Novembro, no bairro da Vila da Fábrica. No ano seguinte, estudou na Escola Municipal Manoel Rito, no bairro de Aldeia de Baixo. Durante esses três anos, pôde aprender as primeiras letras com a professora Dona Lenita.
“Essa professora marcou a minha vida. Foi ela quem me ensinou a ler e a escrever. O respeito e admiração que tenho por ela até hoje é incomparável. Infelizmente, os professores não são valorizados em nossos dias”, pontuou.

Nos anos seguintes, Mardoqueu Silva estudou nas escolas Antônio Luiz de Souza (em Tabatinga), Samuel Mac Dowell (em Jardim Primavera) e, por último, Professor Nelson Chaves (em Tabatinga). Nessa última, cursou o terceiro ano do ensino básico.
Ao completar 17 anos, alistou-se na Marinha do Brasil, sendo selecionado para servir à pátria e, em janeiro de 1991, ingressou na Base Naval Almirante Ary Parreiras, no bairro do Alecrim, em Natal (RN). Após pouco tempo, foi designado para servir na antiga Estação Rádio Pina, no bairro do Pina, no Recife, local que hoje deu lugar à Via Mangue.
Após a baixa na Marinha do Brasil, Mardoqueu Silva ingressou no Serviço Social da Indústria (SESI), onde trabalhou por quatro anos como vigilante e responsável por conferir a entrada e saída de materiais daquela unidade.
O ingresso na área de comunicação ocorreu bem antes do início profissional. Isso porque, Mardoqueu Silva foi convidado pelo radialista Carlos Pereira (que continua residindo em Tabatinga), para fazer um teste na Equipe Tarde Feliz que, à época, o radialista Carlos Pereira apresentava na Rádio Guarany 1380 AM, um projeto de evangelismo que tinha como objetivo ganhar vidas para o Reino de Deus através do rádio.
Sempre envolvido nas questões relacionadas ao programa, tornou-se um dos mais atuantes integrantes da equipe, pois sempre estava em todas as transmissões e eventos realizados em Camaragibe e cidades onde os cultos eram transmitidos ao vivo pelo rádio, principalmente festividades das igrejas.
Em abril de 2000, foi convidado a participar da equipe da Rádio Boas Novas, que à época havia sido adquirida pela Assembleia de Deus, em Pernambuco, assumindo a função de repórter de rua. Viu nascer a Rede Brasil de Comunicação no Estado de Pernambuco e ali trabalhou por 14 anos, dos quais oito assumindo a coordenação de jornalismo do rádio e TV.
Foi na gestão de jornalismo de Mardoqueu Silva que nasceram os canais de comunicação via internet e o Jornal AD News, periódico mensal da Igreja Assembleia de Deus em Pernambuco.
“Na Rede Brasil, pude aprender muito e também dar oportunidades a vários profissionais que na época eram estagiários de jornalismo e hoje estão em emissoras grandes dentro e fora do Estado”, frisou.
Ainda na Rede Brasil, apresentou os programas “Jornal da Manhã” no rádio e “Comunidade em Ação” na TV, Canal 14, programas em que a população tinha espaço garantido para fazer denúncias, críticas e elogios. Todas as denúncias dos telespectadores eram enviadas para os órgãos competentes e a equipe de produção do programa cobrava soluções no dia a dia. Assim, diversas comunidades foram beneficiadas com esse trabalho, inclusive Camaragibe.
Da Rede Brasil de Comunicação, Mardoqueu Silva foi convidado a coordenar o jornalismo da Rádio Maranata FM, onde passou 04 anos à frente do Jornal Maranata, com o também jornalista Wanderson Medeiros.
O desafio seguinte, seria a apresentação do Jornal Mais Vida, na Rádio Mais Vida FM, juntamente com o radialista Lucas Cavalcanti. À época, a mesma era coordenada pelo pastor e deputado estadual Cleiton Collins.
Em seguida, Mardoqueu Silva foi convidado a assumir a Superintendência de Comunicação da Assembleia Legislativa de Pernambuco (após a morte do então presidente da ALEPE, Guilherme Uchôa), onde permaneceu por quase um ano.
“Esse desafio me fez amadurecer muito. Durante o período em que assumi a Superintendência de Comunicação da ALEPE, pude de fato perceber que pouca coisa ou quase nada era feito em benefício dos mais carentes. Alguns parlamentares que não têm o mínimo interesse em ajudar os municípios”, pontuou.
Em 2019, foi convidado pelo pastor Júnior Tércio,para assumir o Jornal Novas de Paz, da Rádio Novas de Paz, onde permanece até o presente momento. A Rádio Novas de Paz é campeã em audiência por mais de dois anos consecutivos.
Mardoqueu Silva sempre esteve envolvido em atividades sociais na sua cidade. Foi conselheiro tutelar em Camaragibe e conhece de perto as necessidades das famílias do município.
“Tenho muito respeito pelo trabalho desenvolvido pelos conselheiros tutelares. Infelizmente, a maioria das gestões do município nunca olharam de forma respeitosa para esses profissionais que foram eleitos pelo povo. Eles merecem respeito e espaço digno para desenvolverem seus trabalhos de forma independente”, diz Mardoqueu Silva.
Em Camaragibe, sempre trabalhou com jovens e adolescentes através dos grupos de escoteiros que administrou. Entre esses grupos, o Felipe Camarão, que até o presente momento está em atividade.

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