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Por Márcio Maia

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, está a cada dia mais longe de ocupar o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe foi prometido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). O problema é que, depois de ser considerado como quase unanimidade nacional por ter sido o juiz responsável pela condenação do ex-presidente Lula (PT) e centenas de outros políticos e alguns dos mais importantes e poderosos empresários brasileiros, entre eles Marcelo Odebrecht, dono da Construtora Odebrecht, e Eike batista, que foi considerado como o “Midas” brasileiro, pois em tudo que tocava virava ouro.
Confiando na promessa de Bolsonaro, Sérgio Moro pediu exoneração da carreira de juiz federal, depois de 22 anos de serviços, para poder ser nomeado ministro de Estado. Iniciou a gestão com “carta branca” do presidente, encaminhando ao Congresso Nacional, projetos para diminuir a impunidade, principalmente em relação aos chamados crimes do “colarinho branco” praticados por poderosos e influentes. É a “lei anti-crime”.
Algum tempo depois, começaram os problemas para o ministro. Primeiro foi o próprio Bolsonaro que, sem pensar nas consequências, disse à Imprensa que a promessa para a ida ao STF, fora feita ao tempo em que Moro comandava a famosa 4ª Vara Federal, sediada em Curitiba, no Paraná. A afirmação alcançou ampla repercussão.
Posteriormente, durante encontro com líderes evangélicos, Bolsonaro mostrou indignação com o fato de que nenhum presidente da República havia nomeado um ministro do STF que fosse evangélico. Acentuou que todos eram, embora cristãos, católicos. Deixou no ar a ideia de que poderia ser o primeiro gestor nacional a nomear um “crente” para o mais alto posto da Justiça Brasileira.
Finalmente, a grande bomba. A publicação de conversas e troca de mensagens entre o então juiz federal Sério Moro com os procuradores da República, principalmente Deltan Dallagnol, responsável pela “Operação lava Jato”. As notícias tiveram repercussão internacional, uma vez que boa parte dos analistas consideram que o teor das conversas é inconcebível. Moro já afirmou à Imprensa, que considera normal as conversas entre juízes, procuradores, membros do Ministério Público e advogados.
Até agora, ninguém desmentiu as conversas. Os defensores de Sérgio Moro estão apelando para o fato de que o vazamento da troca de mensagens é um crime.
Vamos ver o que vai acontecer daqui pra frente.
Será que Bolsonaro vai segurar a barra de Moro?

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