QUEDA DE AVIÃO

 

 

Uma aeronave monomotor caiu na tarde desta sexta-feira (30) no bairro da Casa Verde, na zona norte de São Paulo. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, duas pessoas morreram (​os pilotos do avião Leonardo Kazuhiro Imamura e Guilherme Peixoto ​Murback) e outras 11 pessoas em solo tiveram ferimentos leves.​

A aeronave, um Cessna 210 de prefixo PR-JEE, é de propriedade do empresário Fernando Matarazzo, que não estava no voo. Entretanto, há uma estranha coincidência no acidente: Fernando é sócio da HPE Autos, ex-MMC, empresa que representa a Mitsubishi no Brasil e é investigada por envolvimento em um suposto esquema de corrupção com participação do ex-presidente Lula e Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula e conhecido desde os tempos da prefeitura de Celso Daniel em Santo André como “o homem do carro preto”.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Lula e Carvalho aceitaram promessa de vantagem indevida de R$ 6 milhões para favorecer as montadoras MMC (atual HPE) e Caoa na edição da medida provisória 471, de novembro de 2009. Em troca, o dinheiro serviria para arrecadação ilegal da campanha eleitoral do PT.

Segundo os procuradores, diante da promessa de vender a MP 471/09 em troca de pagamentos no valor de R$ 6 milhões ao PT, Lula e Carvalho “favoreceram as montadoras MMC e CAOA ao editarem, em celeridade e procedimento atípicos, a Medida Provisória nº 471, em 23.11.2009”, escreveu o juiz Vallisney Oliveira na decisão que recebeu a denúncia do Ministério Público após investigação da Operação Zelotes. A denúncia completa está disponível aqui.

A MMC Automotores do Brasil Ltda, CNPJ 54.305.743/0027-38, com nome fantasia Mitsubishi Motors, mudou sua razão social para HPE Automotores do Brasil Ltda depois do início das investigações, mas há documentos com a razão social anterior.

Outra estranha coincidência aconteceu na última segunda-feira (26), quando outro acidente aéreo vitimou Adolfo Geo, fundador do grupo ARG, em Jequitaí-MG. Ele era pai de outro sócio da empresa, Rodolfo Geo, envolvido em um possível esquema de corrupção com Lula. Segundo a força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo, Rodolfo teria feito um pagamento de R$ 1 milhão dissimulado como doação ao Instituto Lula para que Lula influenciasse decisões do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, e ampliasse os negócios do grupo ARG no país africano. Rodolfo planejava estar no avião que caiu e matou seu pai, mas desistiu do vôo na última hora.

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