‘Ainda temos algum tempo’, afirmou candidata sobre hipótese de união dos partidos de esquerda ainda no primeiro turno. ‘Se surgir alguma novidade nesse sentido, seguimos entusiastas’, disse.

O PCdoB confirmou nesta quarta-feira (1º) a candidatura de Manuela D’Ávila à Presidência da República durante convenção do partido na Câmara dos Deputados, em Brasília. Ex-deputada federal e ex-vereadora, Manuela D’Ávila é deputada estadual no Rio Grande do Sul.

Em discurso durante a convenção, Manuela D’Ávila, defendeu a unidade dos candidatos considerados de esquerda. Depois, em entrevista, foi indagada sobre a hipótese de figurar como vice em uma chapa encabeçada por candidato de outro partido.

“A nossa candidatura, desde que foi colocada em 18 de novembro, sempre defendeu a unidade do nosso campo político. Fizemos um conjunto de apelos públicos e ainda temos algum tempo. Se surgir alguma novidade nesse sentido, seguimos entusiastas”, afirmou.

Nas últimas sete eleições presidenciais, desde 1989, o PCdoB integrou a coligação encabeçada pelo PT e apoiou como candidatos os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Ela criticou a prisão do ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, que classificou como parte de uma perseguição.

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“De toda essa perseguição o ponto mais alto é a prisão do presidente Lula. Lula está preso porque lidera as pesquisas. Lula está preso porque, solto, venceria as eleições. Nossa candidatura sempre carregou o Lula Livre, porque não queremos só a liberdade dele, queremos fazer valer a Constituição”, discursou.

Lula da Silva foi preso em 7 de abril, depois de ser condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP). Lula se diz inocente.

“Eu sou candidata porque nós acreditamos na necessidade de, durante os próximos 60 dias, não baixarmos a bandeira da defesa da liberdade de Lula, preso injustamente por esse estado de exceção”, afirmou.

Sobre um vice, Manuela afirmou que deve esperar até o fim do prazo para a definição. “O vice também estamos discutindo internamente. Vamos esperar o limite”, disse.

A candidata lembrou que esta é a terceira vez que a legenda disputa a eleição para a Presidência em quase 100 anos de existência. Afirmou que essa candidatura é “a construção da saída para a grave crise que o país enfrenta”.

“Nossa candidatura é a construção da saída da grave crise que nosso país enfrenta. Seremos aqueles que dialogaremos com as mulheres e homens e diremos que é inadmissível abrir mão do nosso país e deixar de votar”, afirmou.

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Propostas
Entre as propostas que apresentou durante o discurso, a candidata do PCdoB manifestou intenção de:

Realizar referendo com objetivo de revogar a reforma trabalhista;
Realizar reforma tributária que isente os mais pobres de pagar tantos impostos;
Onerar atividade especulativa, taxar juros e dividendos;
Realizar reforma da segurança pública;
Fazer valer o Plano Nacional de Educação aprovado pelo Congresso;
Retomar o crescimento da economia de maneira sustentável;
Preservar e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS);
Trajetória
Manuela D’Ávila é jornalista e deputada estadual pelo Rio Grande do Sul desde 2015. Antes, ela foi deputada federal pelo Rio Grande do Sul por dois mandatos consecutivos, de 2007 a 2015. Foi ainda vereadora de Porto Alegre, de 2005 a 2008.

Ela disputou ainda duas vezes a Prefeitura de Porto Alegre, mas não foi eleita. Em 2012, ficou em segundo lugar. Em 2008, obteve 121.232 votos e ficou em terceiro lugar.

Ingressou no PCdoB em 2001 e, em 2013, foi eleita presidente estadual do partido. Manuela também integrou a União da Juventude Socialista (UJS) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).

Fonte G1

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