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Os protocolos de operação de barragens de contenção de cheias para os próximos meses, quando ocorre o período mais chuvoso no Estado, foram definidos durante reunião entre os diversos órgãos com a coordenação da Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC).

A ação envolve, além da agência, a Secretaria Executiva de Recursos Hídricos (SERH), vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), a Coordenadoria de Defesa Civil (Codecipe), o Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER) e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).

Foram definidos os protocolos de operação para os reservatórios das barragens de Jucazinho, Carpina, Glória do Goitá e Tapacurá, na bacia do Rio Capibaribe; e de Serro Azul, na bacia do Rio Una. Jucazinho é operada pelo DNOCS, enquanto que Carpina e Glória do Goitá, apesar de pertencerem ao Ministério da Integração Nacional, são operadas pela Compesa. Já Serro Azul é operada pela SERH.

Entre os protocolos definidos estão abertura e fechamento de comportas para o controle dos níveis, interdição de estradas, alertas e mobilização das populações ribeirinhas, que serão acionados caso sejam ultrapassadas as cotas pré-estabelecidas pela APAC para cada reservatório.

Ficou definido que compete à APAC, que é o órgão responsável pelo monitoramento dos rios e das chuvas, definir todos os procedimentos operacionais relativos a essas barragens.

O diretor-presidente da APAC, Marcelo Asfora, explicou que as ações preventivas são de grande relevância. “Reunimos representantes desses órgãos para definir todos os protocolos e assim atravessarmos este período chuvoso com a maior segurança possível e mantendo a população sempre bem informada, já que o papel do Estado é deixar as pessoas seguras”.

Além de operar esses reservatórios de modo a controlar ou minimizar uma possível enchente, a definição desses protocolos também tem como objetivo chegar ao fim do período chuvoso com o maior volume possível de água acumulada para que se possa ter conforto em relação ao abastecimento de água. Nos próximos 15 dias, a APAC irá se reunir com a Defesa Civil do Estado e dos municípios para identificação e monitoramento dos pontos críticos dos rios no intuito de minimizar o impacto para as populações locais em caso de inundações.

JUCAZINHO – Durante a reunião, o diretor-geral do DNOCS, Angelo Guerra, anunciou a contratação das empresas que irão realizar a supervisão e as obras de recuperação e melhorias dos vertedouros laterais e da bacia de dissipação da Barragem de Jucazinho, localizada no município de Surubim. Segundo ele, os recursos federais, que somam R$ 39 milhões, já estão assegurados por meio do Programa de Recuperação de Barragens e a obra terá a duração de 12 meses. Essas obras complementam as já realizadas pelo Governo do Estado, através da COMPESA, no corpo da barragem e que já garantem a acumulação segura de água na barragem.

Guerra disse que as obras começarão em breve. “Significa que teremos gente trabalhando no local ao longo de toda esta quadra invernosa, que é justamente o período que se teme o enchimento do reservatório”.

A laje da bacia de dissipação de Jucazinho se rompeu em 2004 durante vertimento e o DNOCS já havia desembolsado R$ 8,9 milhões em ações emergenciais. Agora, será feito um novo vertedouro do tipo “salto esqui” capaz de suportar uma lâmina dágua de até 3 metros e que lançará o escoamento a 90 metros de distância do pé da barragem, dando uma maior segurança à operação.

Fotos: Douglas Fagner/Divulgação

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