Por Márcio Maia

a1Dilma Rousseff teve o seu mandato cassado na tarde de hoje (31), pelo Senado Federal, com o placar de 61 votos a favor ao pedido de impeachment e 20 contrários. A sessão foi presidida por Ricardo Lewandovsky, do Supremo Tribunal Federal (STF). Logo após a decisão, o então presidente interino Michel Temer tomou posse no cargo.
Entre os senadores pernambucanos, dois votaram contra – Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB) – e um favorável – Fernando Bezerra Coelho (PSB).
O petista Humberto Costa confirmou logo depois da votação que a ex-presidenta Dilma Rousseff foi vítima de um golpe parlamentar, pois ficou provado durante o processo que ela não havia praticado qualquer crime de responsabilidade, como havia sido denunciado. Ele reafirmou que a história em pouco tempo, vai comprovar que tudo não passou de uma verdadeira “armação” tramada e executada pelo presidente afastado da Câmara Federal. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que decidiu se vingar ao ouvir os deputados do PT integrantes da Comissão de Ética dizerem que votariam pela condenação de Cunha.
O senador Armando Monteiro Neto também disse não ter dúvidas de que Dilma Rousseff é uma pessoa honrada e que não praticou o que foi considerado como “pedaladas fiscais”. Segundo ele, que foi ministro no governo da petista, a prática agora considerada pelos oposicionistas como crime, foi executada por diversos presidentes da república, inclusive Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Já o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), que também foi ministro de Dilma, disse que o seu partido decidiu pela posição favorável ao afastamento da presidenta o que o levou a tomar a atitude. Ele não quis se aprofundar na avaliação, mas adiantou que o assunto foi discutido pela cúpula do partido e os senadores socialistas tomaram a mesma posição que os deputados federais do PSB já haviam tomado em decisões anteriores. Ele chegou a reconhecer que Dilma foi uma gestora preocupada com as questões do Nordeste, especialmente Pernambuco, tendo direcionado muitas verbas para nosso Estado, desde a gestão do ex-governador Eduardo Campos (PSB). Ele lembrou que, quando estava no cargo de ministro, Dilma fez algumas viagens ao Sertão pernambucano, das quais ele participou.

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