A decisão da Câmara Federal de rejeitar o projeto de lei que vinculava o reajuste dos aposentados ao do salário mínimo deixou revoltados os dirigentes das entidades da categoria. A rejeição do veto da presidenta Dilma Rousseff, no entanto, deixou satisfeitos os políticos ligados ao Governo Federal por entenderem que a vinculação dos reajustes iria causar um sério problema aos cofres do INSS.
O senador Humberto Costa (PT) foi um dos que se manifestaram a favor da decisão, aplaudindo a decisão dos deputados federais do PMDB que deu a vitória ao Governo Federal. “Os deputados do PMDB e outros partidos entenderam que o Brasil não tem condições de conceder esse aumento. Foi uma decisão correta e sensata, pois do contrário, todos perderiam”, salientou.
Já o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) manifestou-se contrário à decisão e apontou a presidenta Dilma como a responsável pela crise que o País vive por conta de decisões erradas tomadas na área da Economia e também no setor Político. Ele lembrou que há algum tempo, ela mantinha uma sólida base de sustentação na Câmara e no Senado e está perdendo tudo. “Até o orçamento hoje, é complicado. Precisamos de um orçamento real”. É preciso resgatar a autoridade política no país e destravar o nó da economia que paralisou o Brasil”, disparou o senador pernambucano.
O presidente da Associação dos Funcionários Aposentados do Bandepe (ASFABE), Reginaldo Dias, disse que a decisão é mais uma demonstração de que os aposentados estão sendo tratados com descaso pelas autoridades políticas e econômicas. “Os aposentados estão comendo o pão que o diabo amassou, convivendo com um arrocho salarial nunca visto. Quem contribuiu com dez salários mínimos a vida inteira, agora, está sendo obrigado a viver com no máximo, quatro. Cada governo que entra toma uma decisão desfavorável à nossa categoria”, afirmou Reginaldo Dias. O vice-presidente da entidade, Milton Paraíso, também criticou a decisão dos deputados federais e lamentou que os aposentados não têm a quem recorrer.

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fechar