Prefeito-de-Gravatá-1

A Corte Suprema do Tribunal de Justiça de Pernambuco aprovou a intervenção na Prefeitura Municipal de Gravatá, atendendo solicitação do Ministério Público que considerou reais as denúncias de irregularidades administrativas praticadas pelo prefeito Bruno Martiniano, eleito pelo PTB e que está sem partido. As denúncias feitas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) foram relatadas pelo desembargador Eurico de Barros Correia Filho e acatadas por unanimidade (quinze desembargadores). Foram quinze denúncias, entre elas irregularidades na licitação para coleta do lixo e falsificação de documentos, além de obstaculação da ação dos fiscais do TCE.
O desembargador Eurico Correia Filho disse que os indícios de irregularidades e ilegalidades são claros e que fazem parte de uma série de documentos verificados pelos técnicos do TCE. Segundo ele, a unanimidade no posicionamento dos quinze desembargadores no pedido de liminar efetuado pelo MPPE é a comprovação maior de que seu relatório tem forte base de sustentação.
O procurador da Justiça Fernando Pessoa foi mais enfático e duro em sua avaliação, garantindo não haver dúvidas de que o prefeito agiu de forma premeditada e que houve “formação de quadrilha” durante as ações ilegais. Ele acentuou que é imprescindível que haja o afastamento do prefeito para que as ações possam continuar, uma vez que o prefeito determinou a retirada de documentos da Prefeitura e também a desativação dos computadores, onde as fraudes poderiam ser constatadas.
Para o vice-prefeito Luiz Prequé (PSB), as ilegalidades são claras. Ele disse ter ficado surpreso quando as primeiras denúncias foram feitas há alguns anos e que a comprovação das irregularidades pelo TCU, agora acatadas pelo TJPE, era uma questão de tempo. O próprio vice-prefeito relembrou ter denunciado a retiradas dos documentos e a manipulação nos computadores da Prefeitura.
INTERVENÇÃO – A Assessoria de Imprensa do governador Paulo Câmara explicou que ele não vai se pronunciar sobre o assunto enquanto não receber o comunicado oficial do Tribunal de Justiça. Segundo os assessores, o governador deverá analisar o conteúdo do documento e a partir dessa analise, vai tomar a decisão se acata o pedido do Tribunal de Justiça, nomeando um interventor para o cargo de prefeito do município.
Enquanto a indicação do interventor pelo governador Paulo Câmara não for tomada, Bruno Martiniano permanecerá no cargo.

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