O ex-presidente reconduzido ao cargo nesta quarta-feira (24) tem a simpatia do ministro Paulo Guedes e ocupa vácuo não preenchido pelo Centrão

Romildo Rolim. Foto: Divulgação

Postado por Marcos Lima Mochila

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A volta de Romildo Rolim ao comando do Banco do Nordeste tem uma componente técnica. Não que o atual interino, o também diretor financeiro Antônio Jorge, não tenha. Tampouco que Alexandre Cabral, da mais que meteórica passagem pela cadeira, também não. A ambos faltou a simpatia do Ministério da Economia, leia-se o ministro Paulo Guedes.

Romildo traz no portfólio números exuberantes aos olhos de Brasília. Na sua gestão, o BNB obteve lucro líquido com alta de 135,6% em 2019, ante 2018. Atingiu R$ 1,73 bilhão.

Nos corredores virtuais do Passaré (muita gente está em home office e só vai à sede se assinar termo se responsabilizando pelo risco), a leitura do que aconteceu é a seguinte: Alexandre se articulou em Brasília e chegou lá. Mas, ao não ter erguido uma ponte no Ministério, ruiu em 24 horas.

Ante o vácuo, não devidamente preenchido pela Política – o Centrão não deu a resposta para o lugar de Alexandre – Romildo foi um nome adequado aos olhos de Guedes.

Pesara para a saída de Alexandre a reportagem do Estadão que mostrava ser ele alvo de investigação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre suspeitas de irregularidades em contratações feitas pela Casa da Moeda, em 2018. Uma apuração. Não uma condenação. Mas o bastante para o Ministério ejetá-lo.

A rigor, seja qual for o juízo que se faça de Guedes e das nomeações por ele feitas, todas têm em comum o critério técnico como determinante. É assim na Caixa Econômica, com Pedro Guimarães, e no Banco do Brasil, com Rubens Novaes.

Por Jocélio Leal – Portal O Povo Mais

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