Por Márcio Maia

O Movimento de Resistência da Cultura Pernambucana foi formado por um grupo de músicos, compositores, jornalistas e outras pessoas interessadas em valorizar o trabalho de quem defende o nosso patrimônio cultural, levando em consideração que em nosso Estado, estão as mais importantes e variadas atividades artísticas e culturais do Brasil.
A ideia surgiu depois de alguns encontros informais, onde o assunto principal era a desvalorização dos artistas pernambucanos pelos poderes públicos estadual e municipais. Os participantes não se conformam com os altos valores pagos a artistas sem qualquer compromisso cultural, enquanto os verdadeiros artistas populares recebem ínfimos cachês nas festividades tidas como artísticas e culturais.
Depois de algumas reuniões informais, os idealizadores decidiram formalizar o movimento, durante uma entrevista no programa “Porque hoje é sábado”, comandado por Zuca Show, na Radio Clube de Pernambuco, que aprovou a intenção do grupo. O empresário e compositor Aguinaldo Ferreira tomou a frente e organizou uma assembleia para formalização da intenção.
A diretoria foi eleita e o maestro, músico e compositor Edson Rodrigues foi escolhido o presidente da nova entidade. “A ideia é muito importante para o desenvolvimento de nossa cultura. Temos muitos projetos já definidos e confiança de que conseguiremos obter os nossos objetivos, valorizando nossa música, artes plásticas, artesanato e demais atividades culturais”.
O maestro Ademir Araújo, Formiga, também faz parte da diretoria e reconhece a importância da entidade, que visa convencer os gestores públicos a prestigiar a verdadeira cultura de Pernambuco. “Precisamos montar trincheiras para mostrar aos jovens, os reais valores culturais pernambucanos. Não podemos aceitar que nossos grandes eventos artísticos sejam dominados pelos Safadões e Safadinhas. É preciso resgatar nossas valiosas tradições”.
O jornalista Marcio Maia também aderiu ao grupo e considera o movimento de grande relevância para salvaguardar a força da cultura popular. “Precisamos defender nosso frevo, maracatus, caboclinhos, nossos bois e ursos, forrós e baiões. Onde existe uma cultura popular com tanta força e diversidade como a de Pernambuco?”, indagou.

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