O jornalista é colunista das revistas Veja e Exame

25 08 JOSÉ ROBERTO GUZZO

Postado por Marcos Lima Mochila

 

“O presidente da República pode ser ruim, ou muito ruim, conforme a definição que deixar o leitor mais confortável.

Também pode ser bom, caso se leve em conta a opinião dos que acham que ele está sempre certo.

Na verdade, para simplificar a conversa, o presidente pode ser o que você quiser.

Mas os fatos que podem ser verificados na prática estão dizendo que seu governo, depois dos primeiros sete meses, é bom — ou, mais exatamente, o programa de governo é bom, possivelmente muito bom.

Esqueça um pouco o Jair Bolsonaro que aparece em primeiríssimo plano no noticiário, todo santo dia, em geral falando coisas que deixam a maioria dos comunicadores deste país em estado de ansiedade extrema.

Em vez disso, tente prestar atenção no que acontece.

O que acontece, seja lá o que você acha de Bolsonaro, é que seu governo está conseguindo resultados concretos.

Mais: É um governo que tem planos, e tem a capacidade real de executar esses planos.

Enfim, é um governo que tem uma equipe muita boa fazendo o trabalho que lhe cabe fazer.

O ministro Paulo Guedes tem um plano, e seu plano está sendo transformado em realidades — a começar pela aprovação de uma reforma da Previdência que todos os cérebros econômicos do Brasil julgavam, até outro dia, ser uma impossibilidade científica.

A reforma tributária virá; seja qual for sua forma final, ela deixará um país melhor.

Uma bateria de outras mudanças, basicamente centradas no avanço da liberdade econômica e na faxina administrativa para melhorar a vida de quem produz, está a caminho — diversas delas, por sinal, já foram feitas e estão começando a funcionar.

Guedes é um ministro de competência comprovada, e sua equipe, que ele deixa em paz para trabalhar, tem qualidade de país desenvolvido.

É bobagem, simplesmente, apostar contra ele.

Os ministros Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, Bento Albuquerque, de Minas e Energia, e Tereza Cristina, da Agricultura, são craques indiscutíveis — e estão mudando, em silêncio, o sistema nervoso central das estruturas de produção do país.

Há mais.

O ministro Sérgio Moro, que seria destruído numa explosão nuclear, está mais vivo do que nunca.

Há todo um novo ambiente, voltado para as realidades e para a produção de resultados, em estatais como a Petrobras ou a Caixa Econômica Federal, a Eletrobras ou o BNDES.

As mudanças, aí e em muitos outros pontos-chave do Estado nacional, estão colocando o Brasil numa estrada oposta à que vem sendo seguida desde 2003 — e é claro que a soma de todos esses esforços, por parciais, imperfeitos e deficientes que sejam, vai criar um país diferente.

Os avanços são pouco registrados na mídia?

São.

O governo comete erros, frequentemente grosseiros?

Comete.

Suas propostas sofrem deformações, amputações e alterações para pior?

Sofrem.

O presidente é uma máquina de produzir atritos, problemas de conduta e confusões inúteis?

É.

Mas nada disso tem impedido, não de verdade, que o governo esteja conseguindo obter a maioria das coisas que quer.

Já conseguiu uma porção delas em seus primeiros sete meses.

Não há fatos mostrando que vá parar de conseguir nos próximos três anos e meio.

O governo Bolsonaro é ruim?

De novo, dê a resposta que lhe parecer melhor.

Mas sempre vale a pena lembrar que a maioria das coisas só é ruim ou boa em comparação com outras da mesma natureza.

O atual governo seria pior que o de Dilma Rousseff ou de Lula?

E comparando com o de Fernando Collor, então, ou o de José Sarney?

Eis aí o problema real para quem não gosta do Brasil do jeito que ele está — o governo Bolsonaro não vai ser um desastre.

A possibilidade de repetir o que houve nos períodos citados acima é igual a zero.

Impeachment?

Sonhar sempre dá.

Mas onde arrumar três quintos contra Bolsonaro no Congresso?

Na última vez que a Câmara votou uma questão essencial, a reforma da Previdência, deu 74% dos votos para o governo.

Melhor pensar em outra coisa — ou aceitar o fato de que o homem vai estar aí pelo menos até 2022.”

O experiente e sensato jornalista José Roberto Guzzo, mais conhecido como JR Guzzo, explicou em seu Twitter qual é o modo como a grande mídia funciona em relação ao governo Bolsonaro.

Disse ele: “Se Bolsonaro descobrir a cura do câncer, amanhã ou depois, a mídia vai ficar contra; ainda não sabe direito como faria um negócio desses, mas com certeza acabará encontrando um jeito de fazer”.

✔@jrguzzofatos

 Se Bolsonaro descobrir a cura do câncer, amanhã ou depois, a mídia vai ficar contra; ainda não sabe direito como faria um negócio desses, mas com certeza acabará encontrando um jeito de fazerhttps://veja.abril.com.br/blog/fatos/o-castigo-real/ …

O pior dos mundos nesse embate entre Bolsonaro e mídia é a briga de rua na qual se vive hoje; não têm nada de bom, de um lado, e têm tudo de ruim, de outro.

 

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