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Nesta terça-feira (30) a deputada Clarissa Tércio (PSC) subiu à Tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco anunciar a realização de audiência pública para tratar do desabastecimento nas Farmácias do Estado. Fruto de requerimento do deputado William Brigido (PRB), o debate foi aprovado na Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular. A parlamentar lembrou que um pedido para discutir o tema já havia sido alvo de requerimento apresentado pela colega parlamentar Priscila Krause (DEM) e rejeitado em Plenário na reunião do dia 24/04. “Dessa vez não teve jeito. Votamos, vencemos e a audiência foi aprovada na Comissão de Cidadania e será realizada dia 15 de maio. Agora o governo vai ter que se explicar também aqui. Fazemos questão de configurar a nobre deputada Priscila como co-autora dessa solicitação”, justifica Clarissa.
Membro titular da comissão de Cidadania, Clarissa lembra que outra importante audiência pública foi realizada na última segunda-feira 29, no Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça em Defesa da Saúde, por iniciativa do Ministério Público de Pernambuco. “Os dados do MPPE, que há cerca de três anos abriu inquérito civil público para apurar o desabastecimento, são impressionantes. De acordo com a promotora de defesa da saúde da capital, Dra. Maria Ivana Botelho, medicações para hipertensão arterial pulmonar, por exemplo, já faltaram por cerca de um ano. Em Pernambuco, a média atual de desabastecimento nas farmácias públicas é de mais de 50%. Queremos ouvir e cobrar responsabilidade na regularização do fornecimento desses medicamentos. O governo estadual deve explicações a população e não pode mascarar o descaso com a saúde e nem continuar tentando ‘varrer’ a incompetência para debaixo do tapete”, aponta Clarissa, líder do PSC na Alepe.
Atualmente a Farmácia do Estado tem 32 unidades distribuídas por municípios pernambucanos. Dos 231 medicamentos que devem fazer parte da lista ofertada, 139 estão em falta. Entre eles, estão remédios para manter sob controle doenças crônicas e neurológicas, transtornos mentais, patologias autoimunes e até dores superintensas. “Lemos frequentes notícias repercutindo queixas de pessoas simples que necessitam de medicação. Também recebemos uma grande demanda de solicitações de pacientes e médicos denunciando que, há meses, a Farmácia do Estado não oferece remédios essenciais para tratar a epilepsia, por exemplo, enfermidade que, só em Pernambuco, acomete cerca de 131 mil pessoas. Impressionante é a resposta do governo. A Secretaria Estadual de Saúde já deve ter uma NOTA pronta resumindo que determinada medicação está em processo de aquisição, ou que o fornecedor atrasou a entrega. Quase sempre a mesma justificativa”, critica a deputada Clarissa que faz parte da bancada de Oposição na Alepe.

 

Foto: Roberto Soares

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