Arquivos do mês novembro 2016

7a7a4fd3-af15-478d-b5f9-58ed1c10f691Está acontecendo neste momento, em Gravatá, o Encontro de Prefeitas e Prefeitos Eleitos 2016 do PSB. O evento reuniu mais de 50, dos 70 prefeitos eleitos pela legenda em Pernambuco. Participam da agenda o presidente nacional Carlos Siqueira, o estadual Sileno Guedes, o governador Paulo Câmara, o senador Fernando Bezerra Coelho e o prefeito da capital Geraldo Júlio.

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prefeito-elias-gomesApós perder as eleições em Jaboatão dos Guararapes e no Cabo de Santo Agostinho, Elias Gomes (PSDB) terá que se reinventar enquanto liderança política. Ele foi o condutor do processo que levou à candidatura de Heraldo Selva (PSB) no segundo mais importante colégio eleitoral do Estado. O socialista terminou o primeiro turno na terceira colocação. Na etapa final das eleições, Elias e Heraldo apoiaram Manoel Neco (PDT), que terminou derrotado nas urnas por Anderson Ferreira.

Ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Elias tentou mais uma vez eleger o filho, o deputado federal Betinho Gomes (PSDB) para chefiar o executivo da cidade. Novamente perdeu a parada para Lula Cabral (PSB), eleito para ser prefeito mais uma vez. Nas eleições passadas Betinho havia sido derrotado por Vado da Farmácia, candidato lançado e apoiado por Lula. De quebra, Elias também viu o atual prefeito Miguel ser derrotado em Bom Jardim.

Sem nenhuma cidade importante como base, Elias praticamente dá adeus ao sonho de ser indicado para uma das vagas na disputa pelo Senado em 2018. Também fica num dilema, pois para manter o filho na Câmara Federal terá que disputar uma vaga na Assembleia Legislativa, lugar que já ocupou décadas atrás. Dentro do PSDB, legenda que preside, viu sua influência diminuir, perdendo importantes espaços para o ministro das Cidades Bruno Araújo, cada vez mais poderoso em Pernambuco.

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O PSB de Pernambuco parece caminhar para um racha jamais visto em sua história. Após as críticas de Antônio Campos, endereçadas à cunhada Renata, um novo foco de conflito está surgindo com o afastamento de Luciano Vasquez do grupo que cerca Paulo Câmara e Geraldo Júlio. Vasquez, que é vice-Presidente estadual do PSB, foi exonerado do cargo que ocupava em Suape, mostrando que ele e o Palácio não falam a mesma língua.

Muito amigo do ex-governador João Lyra Neto, Luciano Vasquez criticou abertamente a cúpula socialista, que no segundo turno em Caruaru esteve ao lado de Tony Gel. Vasquez fez campanha para Raquel Lyra, filha de João, que saiu vencedora da disputa eleitoral. “O PSB errou e o povo corrigiu”, disse Luciano Vasquez sobre a posição do partido na capital do Agreste.

A demissão dele só expõe as diferenças entre os muitos grupos existentes hoje no PSB. Em 2017 haverá eleições para a presidência nacional socialista e Paulo Câmara é o nome preferido do grupo majoritário em Pernambuco. No entanto, se ele não conseguir resolver os problemas internos chegará fragilizado à disputa, abrindo espaços para o PSB de São Paulo, que sonha em controlar a sigla

Da Redação 

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Nesta segunda-feira pela manhã, no Hotel Potral em Gravatá, o PSB promove um seminário para os 70 prefeitos eleitos pela legenda em Pernambuco. O evento será coordenado pelo presidente nacional da legenda, Carlos  Siqueira, e vai contar com as principais lideranças socialistas no estado, como o governador Paulo Câmara e o senador Fernando Bezerra Coelho.

No seminário serão abordados temas como a crise econômica e as perspectivas para 2017, educação, saúde e infra-estrutura. Do ponto de vista político, o evento servirá para reforçar a imagem de Paulo Câmara como o principal nome do PSB em Pernambuco, afinal, durante a campanha ele não esteve em todas as cidades e muitos prefeitos do PSB foram eleitos sem a presença dele no palanque. No plano nacional, o seminário busca aproximar a direção nacional dos novos gestores. A Revista Total irá fazer a cobertura do evento.

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O ano de 2016 não podownload-58deria ter sido melhor para o Ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB). Ele foi o deputado que deu voto o último voto necessário para a aprovação da abertura do processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Depois foi convidado pelo presidente Michel Temer para gerenciar um dos mais importantes ministérios, que além de um enorme volume de entregas, discute diretamente com prefeitos e governadores de todo o Brasil. Para completar, conseguiu vitórias em municípios importantes, como Jaboatão dos Guararapes e Caruaru e desponta como uma liderança estadual.

Bruno está no centro dos principais debates políticos em Pernambuco e é apontado como provável candidato majoritário em 2018, seja ao governo ou ao Senado. Inteligente, bem articulado e experiente no ambiente político, Bruno soube apaziguar os tucanos de Pernambuco, que ficaram órfãos após a morte de Sergio Guerra, em 2014. Naquela oportunidade havia vários grupos dentro da legenda e o risco era uma briga pelo poder que poderia deixar muitas feridas abertas. Bruno mostrou paciência e poder de convencimento  para reunir os tucanos e disputar as eleições em 2014.

Ao retornar a Câmara, foi um dos principais nomes do partido na luta pelo impeachment. Mesmo depois de ser empossado ministro viu o seu partido ser expulso do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife por decisão do PSB, como retaliação às candidaturas de Daniel Coelho (PSDB) e Priscila Krause (DEM) à prefeitura. Imediatamente, ele e Mendonça Filho (DEM, ministro da Educação) trataram de unir forças e, mesmo sem encarnar uma oposição sistemática à gestão Paulo Câmara, eles agora protagonizam uma nova composição política no Estado. Cada vez mais forte e ocupando importantes espaços no tabuleiro do xadrez político, Bruno Araújo vai acumulando alianças e apoios, tornando-se um nome competitivo para disputar

Por Marcelo Mesquita

9e415ee3-686f-45a8-aaf2-2cfee3df3ab2“Apontados como herdeiros da família com a maior tradição política de Vitória de Santo Antão os jovens Aglaílson Neto e  Aglaílson Victor são filhos do prefeito eleito e deputado estadual Aglaílson Júnior e netos de José Aglaílson, o Zé do Povo, ex-prefeito da cidade. Os dois já mostraram interesse pela vida pública e acompanharam de perto a campanha do pai nas eleições deste ano. Com pouco mais de vinte anos, os dois tiveram uma participação fundamental na vitória de Aglaílson Júnior, comandando a militância e coordenando a maior parte das ações com foco na juventude.

“Agora nosso intuito é trabalhar muito para que o novo prefeito possa fazer uma grande gestão, cumprindo todos os compromissos assumidos em praça pública. Não é o momento ainda de discutirmos as eleições de 2018, mas de trabalhar para atender as demandas do povo, que são muitas, porque a atual gestão não cuidou de Vitória como deveria”, argumenta Aglaílson Victor.

Ele acredita que o município tem um papel de protagonista na Zona da Mata e que a atração de novos investimentos para Vitória pode beneficiar  toda a região. “Quando uma empresa chega para nossa cidade, as outras que estão ao nosso lado também se beneficiam. Queremos trazer mais empresas para cá, gerando novos empregos e renda para as pessoas da Zona da Mata”, disse

download-57A sexta-feira, dia 4 novembro, será uma data especial para todos os que ajudaram a construir a imprensa de Vitória de Santo Antão e de Pernambuco. O Instituto Histórico e Geográfico da nossa cidade irá realizar um grande evento para comemorar os 150 anos da imprensa vitoriense. A cerimônia vai começar às 19h, no Salão Nobre, que fica na rua Imperial. Como palestrante teremos o jornalista José Edalvo, uma referência para a imprensa pernambucana, que irá falar sobre Jornalismo e História.

Além da palestra, teremos a inauguração da exposição “Imprensa 150 Anos”, pelo Dr Alexandre Férrer. Ao final do evento, o jornalista Arijaldo Carvalho irá entregar um diploma a comunicadores da cidade, homenageando as pessoas que lutam para manter ativa a comunicação no mais importante município da Zona da Mata. A Revista Total, única publicação de Pernambuco especializada em política, está entre as homenageadas da noite. Um grande orgulho para todos nós que fazemos a revista.

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6d0d738cd11de136b78a5c1292703adaConforme avaliamos logo após o segundo turno das eleições, o resultado das urnas consagrou o partido mas expôs graves problemas. Nesta terça, dia 1, o advogado Antônio Campos concedeu uma entrevista coletiva em que disparou contra a ex-cunhada Renata Campos, o governador Paulo Câmara, o prefeito Geraldo Júlio e o secretário da Casa Civil, Antônio Figueira. Na artilharia de Antônio sobrou até para o deputado federal e ex-governador Jarbas Vasconcelos.

Antônio Campos afirmou que foi abandonado pelo PSB durante a campanha para a prefeitura de Olinda e pôs a responsabilidade em Renata. Segundo ele, o presidente estadual da sigla, Sileno Guedes, só faz o que a ex-cunhada manda.

O advogado também disse que Antônio Figueira trabalhou para que o PSB fosse derrotado em Olinda e que Paulo Câmara e Geraldo Júlio não podem passar o resto da vida explorando a “grife” Arraes e Eduardo. As declarações de Antônio Campos aprofundam as divergência dentro do PSB, que terá eleições nacionais em 2017. Confira abaixo a íntegra da nota que o irmão de Eduardo entregou na coletiva:

Nota oficial

Boa tarde a todos, gostaria de agradecer à presença da imprensa.

Estamos numa época de resistência e aprendi com meu pai que “vencer é a própria capacidade de resistir”. Resistir é uma forma de ação hoje. Quando Arraes foi candidato em 1998, muitos não entenderam, ante as dificuldades eleitorais e políticas da época. No entanto, talvez isso tenha propiciado a eleição de Eduardo Campos como Governador em 2006. O livro de Marcos Cirano, “Porto do Renascimento – A última campanha de Arraes”, recentemente lançado, inclusive é uma tese que demonstra isso.

Saímos vitoriosos dessa campanha. Demonstramos força e criamos um sentimento de esperança ao povo olindense, tão castigado nos últimos 16 anos. Ir ao 2º turno com 90.558 votos, tendo chegado a esse resultado praticamente sozinho, demonstra que nosso projeto inovador para a cidade com ideias, propostas e soluções reais, nos deu uma verdadeira vitória política.

Agradeço mais uma vez à nossa aguerrida militância e os apoios sinceros de lideranças, movimentos sociais, artistas, juventude, mulheres e de partidos em Olinda.

Desde o início, sabia das dificuldades que iria enfrentar e minha candidatura já era para também testar o pretenso campo aliado. Certamente, a maior importância da minha candidatura tenha sido:

  1. a)    mostrar um novo projeto político para Olinda (derrotando o PC do B no 1º turno, embora não tenhamos terminado o serviço no 2º turno pois Lupércio foi apoiado pelo PC do B e o tempo vai mostrar isso mais ainda)
  2. b)    resistir dentro do PSB contra um projeto que fere as raízes históricas do partido e entrega várias de nossas bases à adversários históricos.

O PSB Estadual durante o período pré-convenção tentou várias vezes desestabilizar a minha candidatura. Quase quinzenalmente saía uma nota na imprensa ou tínhamos conhecimento de uma ação política.

A fragmentação das candidaturas no 1º turno teve o apoio de setores expressivos do Palácio do Governo. O único pedido político que fiz ao governador Paulo Câmara, antes das convenções, foi uma tentativa de uma conversa com Augusto Coutinho para debatermos as eleições, o que não houve e, logo em seguida, soube que ele tinha recebido o espaço da Junta Comercial de Pernambuco, com alguns cargos dados a Lupércio, na Junta.

Não enfrentei Lupércio, mas, essencialmente, a máquina do PC do B e forças expressivas do PSB Estadual, que propiciaram sua candidatura no 1º turno e o ajudaram nos bastidores no 2º turno. As poucas participações do PSB estadual em Olinda foram formais. Tenho diversos depoimentos para provar isso.

Por outro lado, não deu tempo em uma eleição curta, no 2º turno, de desconstruir o discurso do adversário, que desqualificou o debate para assuntos como “filho de Olinda x forasteiro”, “rico x pobre”, as mistificações nas redes sociais e os boatos na periferia de Olinda.

Algumas vezes tivemos que recorrer à Justiça para frear ataques e baixarias e para denunciar fatos. O Professor Lupércio terminou sua campanha tendo declarado à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$151.780,00 e gasto R$88.701,99 (ele gastou mais do que isso só em bandeiras, segundo estudo feito pelo nosso Jurídico, com auxílio técnico especializado). A sua prestação de contas é objeto de investigação judicial eleitoral. Ele pode até o dia 19 de novembro fazer a prestação de contas final, mas tal postura mostra a falta de transparência na sua campanha e seu volume de propaganda de rua é incompatível com esses gastos a olhos vistos, o que deveria ter sido motivo de mais atenção por parte do Judiciário e do Ministério Público, ante a forte indícios de caixa 2. Iremos, no tempo e nos recursos próprios, colocar tal matéria para apreciação do Poder Judiciário.

Estou decidido a continuar a fazer política em Olinda e em Pernambuco. Serei candidato em 2018. Decidirei o cargo em 2017. Não sairei do PSB. Olinda abre um novo ciclo nessa eleição e serei um dos líderes de uma oposição responsável na cidade, vigilante.  Sempre estarei ao lado das melhores causas de Olinda. Olinda é uma cidade desafiadora para se administrar ante a situação em que se encontra e espero que o Professor Lupércio e as forças que o apoiaram cumpram com as promessas que fizeram durante as eleições.

O PSB precisa rever posições. O partido se não corrigir o rumo e buscar o propósito que sempre o fez forte e determinado, que é beneficiar o povo de Pernambuco e ser fiel às suas bandeiras históricas, vai se fragmentar.

Estou fazendo uma carta relatório ao PSB Nacional e uma carta política aos diretórios estadual e municipais de Pernambuco do que se passou em Olinda, que também aconteceu em algumas outras cidades de Pernambuco. Estão entregando várias das nossas bases a antigos adversários políticos. Não falo hoje aqui só, represento a voz de muitos descontentes que talvez não tenham condições de falar nesse momento.

Apesar de todos esses desafios, vejo o futuro com fé e esperança.

Resistir é uma forma de ação hoje.

Não desistirei. Não me intimidarei. Lutarei sempre.

Olinda, 01 de novembro de 2016

Antônio Campos

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