PMDB poderá ganhar sete pastas na reforma ministerial
Nathalia Passarinho
Do G1, em Brasília
Para atender às reivindicações do vice-presidente Michel Temer e da bancada do PMDB naCâmara, a presidente Dilma Rousseff deve entregar ao principal partido aliado sete ministérios na reforma administrativa a ser anunciada nos próximos dias.
Entre as pastas que devem passar para o comando dos peemedebistas está o Ministério da Saúde, dono do maior orçamento ((R$ 91,5 milhões para 2015, após o corte orçamentário)..
O objetivo é assegurar a aprovação no Congresso das matérias de interesse do governo. Atualmente, o PMDB detém seis ministérios: Agricultura, Aviação Civil, Portos, Turismo, Minas e Energia e Pesca. Mesmo assim, desde o início do segundo mandato, Dilma tem enfrentado rebeliões no Congresso, com a participação de parlamentares do PMDB.
Apesar de, oficialmente, as principais lideranças do PMDB afirmarem que abrem mão de indicar nomes para a reforma ministerial, nos bastidores a queda de braços entre os grupos políticos peemedebistas gerou um impasse que inviabilizou o anúncio das mudanças na semana passada. Com isso, Dilma viajou para os Estados Unidos na última quinta-feira (24) sem definir as mudanças no primeiro escalão.
No entanto, como o vice-presidente Michel Temer pretendia emplacar na vaga o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), Dilma desistiu da fusão das pastas de infraestrutura a fim de não entrar em atrito com o vice. Ela também sinalizou a Temer que manteria Padilha como ministro.
Na reestruturação do primeiro escalão, a presidente prometeu aos senadores do PMDB o comando de dois ministérios. Em princípio, a cota dos senadores deve ser preenchida com os atuais ministros Eduardo Braga (Minas e Energia) e Kátia Abreu (Agricultura).
Além disso, Dilma ainda teve de administrar pressões para manter no governo os ministros Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Hélder Barbalho (Secretaria da Pesca), filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA).