Arquivos do mês janeiro 2019

BOLSO NO EINSTEIN

Daniel Weterman

Postado por Marcos Lima Mochila

No primeiro dia de despachos após passar por uma cirurgia, o presidente Jair Bolsonaro assinou três decretos do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, nesta quarta-feira, 30. Os decretos serão publicados ainda hoje em edição extra do Diário Oficial da União, conforme a assessoria do Planalto, e se tratam de alterações de estrutura nos ministérios da Economia, da Casa Civil na Controladoria Geral da União.

VALE ALEX GARCIA

Por Repórter do Povo

Postado por Marcos Lima Mochila

 

Diante das calamidades geradas pela imprudência da empresa Vale, responsável pelo rompimento da barragem de Brumadinho na última sexta (25), agora a empresa tenta amenizar a gravidade da tragédia contratando um marqueteiro.

O escolhido foi o publicitário Nizan Guanaes, da agência África, que já esteve em reuniões com a direção da empresa. O publicitário já recebeu diversas premiações no ramo de comunicações, dentre elas a eleição como um dos cinco brasileiros mais influentes do mundo pelo Financial Times em 2010; foi eleito uma das 100 pessoas mais criativas do mundo pela Fast Company em 2011; e em 2014, foi eleito o Homem do Ano, na categoria Liderança pela GQ.

Nizan Guanaes, publicitário
Nizan Guanaes, publicitário

Com a escolha de Nizan pela Vale, fica claro o interesse da empresa em querer recuperar sua imagem, ao invés de, antes, tomar todas as medidas cabíveis e eficazes para resolver os males que causou.

Diante do ocorrido, o jornalista Alexandre Garcia fez comentários certeiros, dentre eles:

“O QUE VAI FAZER O MARQUETEIRO? REERGUER A BARRAGEM? RESSUSCITAR OS MORTOS? VAI DEVOLVER O QUE AS PESSOAS PERDERAM COM A LAMA?… [A VALE] NÃO SE DEU CONTA DA REALIDADE. […] DEVERIA, AO INVÉS DE CONTRATAR MARQUETEIRO, CONTRATAR UM ENGENHEIRO DE CONFIANÇA.”.

LULA E VAVÁ

 

Postado por Marcos Lima Mochila

 

O corpo de Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi enterrado no início da tarde desta quarta-feira (30), no Cemitério Pauliceia, em São Bernardo do Campo, interior de São Paulo. Ele tinha 79 anos e foi vítima de câncer. Minutos antes do enterro, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que Lula deixasse a prisão para acompanhar o velório de Vavá.

O corpo de Vavá foi velado pela manhã, no próprio cemitério. Em seguida, ele foi levado para uma capela no mesmo local para que ocorresse uma cerimônia religiosa. Além dos parentes, compareceram amigos e integrantes do PT, além de membros do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, do qual Vavá fez parte.

Após ser negado por várias vezes o pedido de liberação de Lula, Toffoli autorizou sua saída  para encontrar familiares. Como essa decisão se deu pouco antes do enterro do irmão Lula desistiu de ir a São Bernardo do Campo.

“O presidente Lula gostaria de participar do enterro e se despedir do seu querido irmão. É claro que ele também quer se encontrar com a família, mas para isso vai ter outra oportunidade”, disse Paulo Okamotto para o Estadão.

Sem poder fazer comício, a viagem perde o sentido.

 

Pedido foi negado em outras instâncias na terça-feira e durante a madrugada desta quarta

Lula quer comparecer ao enterro de seu irmão, Vavá (Youtube/Reprodução)
Lula quer comparecer ao enterro de seu irmão, Vavá (Youtube/Reprodução)

Da Redação de Veja

Postado por Marcos Lima Mochila

 

 

LULA VAVÁA defesa de Luiz Inácio Lula da Silva recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que o ex-presidente possa comparecer ao enterro de seu irmão mais velho, Genival Inácio da Silva, o “Vavá”, que morreu nesta terça-feira, 29, vítima de câncer. O sepultamento está marcado para as 13 horas desta quarta-feira, 30, em São Bernardo do Campo (SP).

A Polícia Federal do Paraná, em decisão do superintendente Luciano Flores de Lima, indeferiu uma solicitação anterior do presidente – alegando problemas logísticos, como a falta de aeronaves para realizar o transporte (por fatores como o deslocamento de helicópteros para resgates em Brumadinho) e riscos de segurança com a presença de Lula no local. O parecer foi acompanhado pelo Ministério Público Federal e pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que decidiu não analisar um habeas corpus do ex-presidente, em um primeiro momento, até que houvesse manifestação da primeira instância.

No início da madrugada de quarta-feira, diante de tais manifestações, a juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, negou a saída temporária de Lula. Por fim, já por volta das 5h, o TRF-4, pelo desembargador Leandro Paulsen, declarou que não havia “o que reparar” e manteve a decisão de Lebbos.

Dede abril do ano passado, o ex-presidente cumpre pena de 12 anos e um mês pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso triplex do Guarujá (SP), no âmbito da Operação Lava Jato. Em 1980, durante o regime militar, Lula estava preso no Departamento de Ordem Política e Social (Dops), por causa de seu envolvimento nas greves dos metalúrgicos, e foi autorizado para comparecer ao enterro da mãe, Eurídice Ferreira de Mello, a dona Lindu.

No novo pedido ao STF, a defesa de Lula pede que seja assegurado o direito humanitário de comparecer ao velório e ao sepultamento de seu irmão, pelo direito de última despedida, como previsto no artigo 120, inciso I, da Lei de Execução Penal.

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Estreante na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado estadual Aglaílson Victor (PSB), sétimo mais votado com 64.763 votos, lançou-se para a primeira vice-presidência da Casa Joaquim Nabuco ainda em 2018, e caiu em campo para construir uma candidatura competitiva.

Faltando dois dias para a eleição da mesa, o deputado tem grandes chances de ser eleito pela maioria dos seus colegas nesta sexta-feira porque estabeleceu um diálogo permanente com os seus colegas e principalmente porque não tem nenhum tipo de aresta tanto com os novos deputados quanto com os antigos.

A grande prerrogativa para conquistar a confiança dos pares é ter um canal direto com os colegas deputados, sobretudo sem qualquer tipo de interferência externa que possa sinalizar atropelo à vontade dos pares. Isso Aglaílson Victor conseguiu com seu traquejo político. Numa provável disputa com Simone Santana, ele tem grande chance de ser vitorioso nesta sexta-feira, uma vez que pelas contas dos próprios deputados ele já conta com o apoio de 32 deputados.

Novas disputas devem ocorrer para outros cargos da mesa, como a primeira-secretaria, a segunda vice-presidência, a segunda e terceira-secretaria. Apenas a presidência e a quarta-secretaria não existem indícios de disputa, onde Eriberto Medeiros e Álvaro Porto, são candidatos únicos, respectivamente.

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Mais bate-chapa para a Mesa da Alepe

Por Arthur Cunha

Não bastasse a disputa aberta entre deputados pelos cargos de maior relevância da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, mais duas vagas do colegiado passaram, também, a ser alvo de embate por parte dos parlamentares: a Segunda Vice-Presidência e a Terceira-Secretaria. Ao que parece, o consenso ainda está longe de ser alcançado. Faltando dois para a votação, os candidatos precisam intensificar as articulações o máximo que puderem; correndo contra o tempo atrás de cada voto.

A desistência de Manoel Ferreira da Segunda Vice-Presidência foi o motivo alegado por Romário Dias (PSD) para se lançar na disputa pelo cargo, que, aliás, ele ocupa atualmente. “Já conversei com vários colegas e tenho uma quantidade razoável de votos”, adiantou. Ele enfrentará Guilherme Uchoa Júnior, nome apresentado pelo PSC. “Fiquei surpreso, mas não vou retirar a minha candidatura”, garantiu Uchoa. O plano do PSC era fazer um rodízio entre o parlamentar de primeiro mandato e o patriarca dos Ferreira.

A Terceira-Secretaria é o outro cargo da Mesa que tem mais de um pretendente: Rogério Leão, do PR, e Teresa Leitão, do PT. Os dois já largam com três votos, cada. Além do dele, Leão conta com Henrique Filho e Fabrizio Ferraz. Já Teresa deve ter ao seu lado Doriel Barros e Ducicleide Amorim, ambos do seu partido. O que pode fazer diferença pró-Rogério são os votos do PP, segunda maior bancada da Casa com dez deputados.

Foi, inclusive, a chancela dos progressistas que, praticamente, assegurou as eleições de Simone Santana para a Primeira Vice-Presidência e Clodoaldo Magalhães, para a Primeira-Secretaria, desbancando, respectivamente, Aglailson Victor e Diogo Moraes no primeiro caso; e Isaltino Nascimento e Francismar Pontes, no segundo. A busca por apoios, no entanto, continua frenética. Até os votos serem dados, muita reviravolta ainda pode acontecer. O discurso da união em prol de um Legislativo forte é que já foi pelos ares.

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Eriberto é consenso – Consolidado mesmo só o nome do presidente da Alepe, Eriberto Medeiros, que construiu habilmente a sua reeleição. O deputado tem muito trânsito com os pares na Casa Joaquim Nabuco; ouve e trata a todos com a mesma atenção. Mesmo assim, tem feito campanha conversando com os colegas. Vai sair do pleito muito bem votado.

Nem um, nem outro – Nem João da Costa, nem Jairo Britto. O PT deve indicar outro nome para a Secretaria de Saneamento do Recife. O escolhido será sacramentando hoje. A opção ficará por um quadro de perfil técnico, mas que passe pelo crivo de todas as forças políticas envolvidas; fruto de uma construção conjunta. Jairo, que é vereador de mandato, não pode exercer o cargo por questões pessoais. João da Costa, por sua vez, optou por assumir o mandato na Câmara Municipal.

Enriquecimento ilícito – A Segunda Promotoria de Justiça de Carpina entrou com uma ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito Carlinhos do Moinho. Além dele, três vereadores – Tota Barreto, Neco da Kombi e Preto do Ipsep – foram indiciados junto com outras nove pessoas não ocupantes de cargos públicos. A ação trata de contratos firmados entre a Prefeiura de Carpina e a empresa M&F Ltda.

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Nepotismo em São José do Egito – Chegou ao WhatsApp Cidadão da coluna mais uma denúncia de nepotismo. Dessa vez, na Prefeitura de São José do Egito. Segundo o leitor atento, o prefeito Evandro Valadares emprega uma filha como secretária de Ação Social; um tio na Secretaria de Infraestrutura; e um sobrinho na pasta de Administração. Você, leitor assíduo da coluna, pode continuar mandando suas denúncias para o ‪(81) 99198-0838‬; ou pelo Instagram @arthurhbcunha.

Curtas –

LAMA – O Serviço Geológico do Brasil descartou a possibilidade da lama de rejeitos da Vale chegar à usina hidrelétrica de Três Marias, no Rio São Francisco – o limite, segundo o órgão, será a Hidrelétrica de Retiro Baixo, em Pompeu (MG). A informação consta no segundo relatório sobre o desastre de Brumadinho publicado pela entidade.

BALANÇO – O Ministério Público de Contas de Pernambuco aumentou a produtividade e a eficiência em 2018, quando foram emitidos 476 pareceres e 83 cotas em processos analisados pelo TCE. Também nesse período, houveram 441 representações decorrentes de julgamentos, que é quando o órgão cogita indícios de crime.

FECHADOS EM COPAS – A coluna esperou até quase meia-noite para saber alguma novidade sobre o posicionamento da bancada do PSB em relação à disputa pela Presidência da Câmara Federal. Mas os parlamentares entraram pela madrugada reunidos em Brasília. Portanto, ainda sem novidades anunciadas oficialmente até o fechamento desta edição.

Perguntar não ofende: Vai aparecer mais algum candidato na Alepe?

Medida ocorre após o presidente ter bloqueado jornalistas e “curtido” perfis fakes; norma gera polêmica

Bolsonaro: por decreto, o presidente transferiu a administração das "contas pessoais das mídias do presidente da República" para a Secom (Andre Coelho/Bloomberg/Getty Images)
Bolsonaro: por decreto, o presidente transferiu a administração das “contas pessoais das mídias do presidente da República” para a Secom (Andre Coelho/Bloomberg/Getty Images)

Por Estadão Conteúdo

Postado por Marcos Lima Mochila

 

O presidente Jair Bolsonaro formalizou nesta terça-feira, 8, no Diário Oficial da União (DOU), a determinação dada a seus ministros e toda equipe para que unifiquem o discurso e adotem uma comunicação clara e harmônica dos atos do governo federal com base nos princípios da “legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.

O decreto foi divulgado após o site de notícia “A Agência” mostrar, na segunda-feira, 7, que as transmissões da NBR e o portal oficial do governo personificaram a marca da transmissão e imagens de fundo da página como o nome do Bolsonaro e fotos do presidente.

✔@jairbolsonaro:  A imprensa livre e isenta é fundamental para a nossa democracia!

Após o despacho, a imagem foi retirada do portal do governo, que substituiu o fundo verde com o rosto de Bolsonaro pela bandeira do Brasil.

Novo slogan do Governo Bolsonaro, divulgado nas redes sociais (Facebook/Planalto/Reprodução)
Novo slogan do Governo Bolsonaro, divulgado nas redes sociais (Facebook/Planalto/Reprodução)

Marca oficial

Na semana passada, o governo apresentou o seu logotipo oficial. O último verso do hino nacional, a frase “Pátria Amada Brasil”, fará parte da nova marca do governo Jair Bolsonaro, que é acompanhada de uma ilustração estilizada da bandeira.

O anúncio foi feito pelo próprio Bolsonaro, no Twitter, quando exaltou a economia de mais de R$ 1,4 milhão. “Um competente trabalho da Secom onde expõe a nova logo marca do Governo Federal. A parte mais importante é que a divulgação está sendo lançada na internet com custo zero, economizando mais de R$ 1,4 mi aos cofres públicos, se a ação fosse realizada pelos canais tradicionais de TV”, anunciou Bolsonaro na rede social.

✔ @jairbolsonaro:  Um competente trabalho da SECOM onde expõe a nova logo marca do Governo Federal. A parte mais importante é que a divulgação está sendo lançada na internet com custo zero, economizando mais de R$1,4 mi aos cofres públicos, se a ação fosse realizada pelos canais tradicionais de TV.

O ex-presidente Michel Temer também optou por um símbolo ufanista em seu mandato. Ele adotou o slogan “Ordem e Progresso” inscrição na bandeira do Brasil. A ex-presidente Dilma Rousseff também mencionou a palavra “pátria” em seu slogan, mas com foco em educação, com os dizeres: “Brasil, Pátria Educadora”.

Contas nas redes sociais

Por decreto, o presidente Jair Bolsonaro transferiu a administração das “contas pessoais das mídias do presidente da República” para a Secretaria de Comunicação, conforme informou a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo.

A norma é polêmica. Bolsonaro não usa suas redes apenas para anunciar medidas do governo. Ele tem bloqueado jornalistas e “curtido” perfis fakes. Juristas ouvidos pelo Estado afirmaram que, por se tratarem, agora, de canais considerados “oficiais”, medidas como o bloqueio de usuários críticos não deveriam mais ocorrer.

Para o pesquisador Ivar Hartmann, professor do curso de Direito da FGV-Rio, esse tipo de medida desrespeita o direito de acesso à informação. “A partir do momento em que se trata de um meio de comunicação público e ‘oficial’, não se pode excluir pessoas do debate que se cria ao redor da conta”, avalia.

“A nível de direito constitucional, há a proibição de o Estado discriminar cidadãos em suas comunicações de acordo com suas convicções”. Hartmann destaca, no entanto, que o presidente tem toda a liberdade de manifestar suas visões e seu ponto de vista ideológico.

Funcionário Tiago Pereira Gonçalves esteve em Davos e, durante a eleição, fez postagens críticas ao hoje presidente

Tiago Pereira Gonçalves, que trabalhou com o deputado Vicente Cândido (PT-SP) antes de virar assessor no Planalto - Reprodução/Facebook
Tiago Pereira Gonçalves, que trabalhou com o deputado Vicente Cândido (PT-SP) antes de virar assessor no Planalto – Reprodução/Facebook

Postado por Marcos Lima Mochila

 

O assessor de imprensa Tiago Pereira Gonçalves, que atribuiu à “abordagem antiprofissional da imprensa” o cancelamento da entrevista do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, foi exonerado nesta segunda-feira (28).

A sua saída foi publicada no “Diário Oficial da União”. Ele trabalhava no Palácio do Planalto desde agosto do ano passado, na administração do ex-presidente Michel Temer. Antes, trabalhou com o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP).

No período eleitoral, ele fez diversas postagens críticas ao hoje presidente. O assessor de imprensa também compartilhou um vídeo favorável à campanha #EleNão, que mobilizou artistas e pessoas comuns na campanha eleitoral com motivos para não votar no então presidenciável.

Na semana passada, em Davos, Gonçalves afirmou a repórteres que aguardavam Bolsonaro no hotel que o cancelamento da entrevista coletiva se deu devido à “abordagem antiprofissional da imprensa”.

Após a repercussão do motivo do cancelamento, ele usou o Twitter para reclamar da postura do repórter Lucas Neves, da Folha, que o citou nominalmente na reportagem. Gonçalves apagou a postagem.

Investigadores apuram se documentos que permitiram as operações na barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, foram, de alguma maneira, fraudados

Brumadinho: dois alvos são de São Paulo e outros três de Belo Horizonte (Adriano Machado/Reuters)
Brumadinho: dois alvos são de São Paulo e outros três de Belo Horizonte (Adriano Machado/Reuters)

Da redação, com agências

Postado por Marcos Lima Mochila

Brumadinho: dois alvos são de São Paulo e outros três de Belo Horizonte (Adriano Machado/Reuters)

Três funcionários da Vale diretamente envolvidos e responsáveis pelo licenciamento da barragem que se rompeu em Brumadinho e dois engenheiros terceirizados que atestaram a estabilidade do empreendimento foram presos nesta terça-feira (29).

Após o rompimento da barragem, na sexta-feira (25), a PF levantou hipóteses sobre a validade dos laudos que atestaram a sua segurança.

Desde 2015, a barragem da Mina Córrego do Feijão não recebia novos rejeitos de minério e estava em processo de ser desativada. Em dezembro do ano passado, a Vale obteve licença para o reaproveitar os rejeitos e encerrar as atividades.​

Na operação, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) cumprem sete mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária.

O objetivo da investigação é apurar se houve fraude ou irresponsabilidade criminal pelo rompimento da barragem da mineradora no município mineiro.

Dos cinco alvos da operação, dois tinham domicílio em São Paulo e os demais residem na região metropolitana de Belo Horizonte.

A prisão foi decretada pelo prazo de 30 dias e todos os presos serão ouvidos pelo MPMG. Os documentos e provas apreendidas também serão encaminhados ao Ministério Público para análise.

O MPF, por meio da Procuradoria da República em Minas Gerais, e a PF, por meio da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, cumpriram simultaneamente os cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Belo Horizonte.

As ordens foram cumpridas na sede da Vale, em Nova Lima (MG), e em uma empresa sediada em São Paulo que prestou serviços de projetos e consultoria na área das barragens. Também foram alvo das medidas pessoas ligadas a essa empresa.

Nas diligências, houve a participação de procuradores da República lotados em Minas Gerais e São Paulo, de policiais federais e de peritos das áreas de informática, mineração e geologia.

“Os órgãos de investigação têm trabalhado de forma concatenada para apuração dos graves crimes relacionados com o rompimento da barragem, sendo que as investigações se encontram em andamento”, informou o MPMG.

As buscas por vítimas e sobreviventes do acidente chegaram ao seu quinto dia nesta terça. O número de mortos, segundo último relatório da Defesa Civil de Minas Gerais, divulgado ontem, subiu para 65.

A Vale em Brumadinho: de emprego dos sonhos a descaso e mortes
A Vale em Brumadinho: de emprego dos sonhos a descaso e mortes

Vale

A companhia enviou na manhã desta terça-feira nota à imprensa dizendo que está contribuindo com as investigações, sem citar nominalmente a operação policial que ocorre em São Paulo atendendo a pedido da Justiça de Minas Gerais.

“Referente aos mandados cumpridos nesta manhã, a Vale informa que está colaborando plenamente com as autoridades. A Vale permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas”, diz, em nota a companhia.

No total, oito congressistas deixarão as cadeiras no Senado Federal e na Câmara dos Deputados até 1º de fevereiro

Brasília(DF), Brasília - Congresso Nacional. (Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles)
Brasília(DF), Brasília – Congresso Nacional. (Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles)

Caio Barbieri

Postado por Marcos Lima Mochila

 

Na reta final dos mandatos no Congresso Nacional, oito dos 11 representantes do Distrito Federal começam a arrumar as gavetas para desocuparem os gabinetes instalados no Senado e na Câmara dos Deputados. Os parlamentares ficarão sem mandato pelos próximos quatro anos e, consequentemente, terão todos os projetos apresentados nos últimos anos arquivados.

O Metrópoles procurou os congressistas que sairão dos cargos no dia 1º de fevereiro e os questionou sobre as perspectivas para o final da legislatura. “Eu apresentei mais de 600 projetos nos quatro anos de mandato, agora todos ficarão na gaveta. Tentamos aprovar o máximo de propostas e tenho convicção de que representei bem os eleitores do DF”, declarou o deputado federal Alberto Fraga (DEM), que ficou em sexto lugar na corrida ao Palácio do Buriti em 2018.

Em terceiro na mesma disputa do colega ao Governo do Distrito Federal (GDF), o deputado Rogério Rosso (PSD) planeja retomar a advocacia, profissão que exerceu muito antes de ingressar na vida política. “Já estou me reciclando, porque é fundamental a gente se preparar. Aos poucos, tenho retirado a papelada do gabinete para entregá-lo à Câmara”, disse.

Após 16 anos de mandato, o senador Cristovam Buarque (PPS) acabou derrotado na tentativa para a segunda reeleição. Embora tenha obtido uma expressiva votação, ele acabou atrás de Leila Barros (PSB) e Izalci Lucas (PSDB) na concorrência ao Senado. “Não tenho mais o que fazer, porque tudo já foi feito em toda a minha história. O balanço disso tudo eu farei no momento apropriado”, disse Buarque à reportagem.

No período de campanha, o senador chegou a afirmar ao Metrópoles que, caso fosse derrotado, não descartaria deixar o país para lecionar em universidades renomadas, como na China ou na Inglaterra. Nessa segunda-feira (28/1), contudo, preferiu ser menos enfático: “Vamos ver o que o futuro nos reserva”, disse.

Experiência

Suplente, Hélio José (Pros) assumiu a vaga no Senado quando Rodrigo Rollemberg (PSB) tomou posse no Palácio do Buriti, em 2015. “Foi uma experiência muito interessante e a gente conseguiu entrar e sair ficha limpa numa casa [legislativa] complexa, onde pudemos dar um pouco de contribuição ao nosso país. Tenho certeza que foi um trabalho importante”, declarou.

Hélio José está otimista quanto à boa vontade de outros congressistas solicitarem o desarquivamento das suas propostas. “Criei uma boa amizade com os outros senadores, independentemente de coloração partidária. Só preciso reunir 27 assinaturas deles para que meus projetos voltem a tramitar”, explicou o representante do Pros. Servidor de carreira, ele afirma que deve tirar um mês de férias antes de reassumir o cargo no Ministério do Planejamento.

Realocado

Embora não tenha disputado as últimas eleições, o bispo Vitor Paulo (PRB) foi um dos primeiros anunciados pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para compor a nova equipe do Palácio do Buriti. Nomeado como secretário de Assuntos Institucionais, o evangélico deixou a vaga na Câmara dos Deputados para integrar o primeiro escalão do Executivo local. Em seu lugar, o ex-secretário-geral da Presidência da República Ronaldo Fonseca reassumiu a titularidade da cadeira.

Condenado por improbidade administrativa no escândalo que ficou conhecido como Caixa de Pandora, o deputado federal Roney Nemer (PP) está inelegível e diz ter preferido não provocar a Justiça para tentar disputar um cargo eletivo. Presidente do partido no DF, o parlamentar articulou a formação da nominata que elegeu uma deputada federal – Celina Leão (PP) – e um distrital – Valdelino Barcelos (PP) –, além de ter atuado nos bastidores da campanha de Ibaneis ao Buriti.

Ex-diretor da Polícia Civil do Distrito Federal, Laerte Bessa (PR) também não conquistou a reeleição e terminou como suplente na Câmara dos Deputados. No pleito, optou por apoiar a campanha de Ibaneis Rocha ao GDF. Embora tenha recebido sinalizações do novo chefe do Executivo de que poderia assumir o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o órgão que seria criado pelo emedebista não saiu do papel até agora.

Tradicional na política brasiliense, o deputado federal Augusto Carvalho (SD) também ficará sem mandato eletivo. O ex-presidente do Sindicato dos Bancários foi constituinte, deputado distrital e retornou por dois mandatos à Câmara dos Deputados.

DF: veja quem fica e quem sai da Câmara e do Senado Federal

Alberto Fraga (DEM): assumiu o mandato após receber 155 mil votos em 2014, mas deixa a Câmara depois de ser derrotado ao GDF.

Augusto Carvalho (SD): recebeu quase 40 mil votos em 2014, mas não alcançou o número suficiente de eleitores em 2018 para renovar o mandato.

Erika Kokay (PT): conseguiu ser reeleita em 2018 para o segundo mandato consecutivo na Câmara, com 90 mil votos.

Hélio José (Pros): em 2014, herdou a cadeira aberta com a vitória de Rollemberg ao Palácio do Buriti, mas tentou uma vaga na Câmara dos Deputados em 2018, sem sucesso.

Izalci (PSDB): deixa o mandato na Câmara para assumir o de senador pelos próximos oito anos.

Laerte Bessa (PR): recebeu pouco mais de 32 mil votos em 2014 e foi derrotado na tentativa de reeleição.

Rogério Rosso (PSD): votado por 94 mil eleitores quando ingressou no cargo, também saiu derrotado ao GDF em 2018.

Ronaldo Fonseca (PROS): obteve mais de 84 mil votos em 2014, mas não se candidatou no ano passado.

Rôney Nemer (PMDB): conquistou mais de 82 mil votos há quatro anos, mas ficou inelegível após decisão do Superior Tribunal de Justiça no processo da Caixa de Pandora.

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