MAIS MÉDICOS 2

AS CONTRADIÇÕES DE BOLSONARO CONTRA OS MÉDICOS CUBANOS

Por Márcio Maia

 

O presidente da República eleito pelo PSL, Jair Bolsonaro, já fez várias declarações sobre a permanência e o trabalho dos médicos cubanos, que estão no Brasil dentro do programa Mais Médicos. Desde que a Medida Provisória encaminhada ao Congresso Nacional, pela então presidente Dilma Rousseff (PT) começou a ser discutida, Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, também deputado federal fizeram diversos pronunciamentos sobre o assunto.

No dia 8 de agosto de 2013, ele afirmou que a chegada dos médicos ao Brasil iria servir para a implantação do regime comunista em nosso País, pois os médicos iriam trazer cada um, 10, 20 ou 30 agentes, que iriam se infiltrar no meio da população para disseminar as teorias de Karl Marx e Lenin.

No dia 9 de outubro, ele fez outro pronunciamento e mostrou-se contrário ao programa com a alegação de que os irmãos Raul e Fidel Castro ficariam com 90 por cento dos salários dos profissionais, o que ele considerava na época um regime de escravidão.

No dia 4 de maio de 2016, quando a MP estava em tramitação para que o prazo de permanência fosse prorrogado, ele apresentou um emenda proibindo os dependentes dos cubanos de trabalharem com carteira assinada.

Durante a campanha eleitoral e após ser eleito, Bolsonaro fez severas críticas ao programa e declarou que iria revogá-lo. Disse também que era um absurdo o governo de Cuba não permitir que os parentes dos médicos viessem para o Brasil, pois permaneciam na ilha como reféns.

Agora, no dia 14 de novembro passado, ele postou uma mensagem na Internet, lamentando que “infelizmente, o governo de Cuba não aceitou suas exigências para que os médicos continuassem trabalhando no Brasil”.

É muita contradição.

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