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Sem com “S”
Por Arthur Cunha
Desde Fernando Collor, há quase 30 anos, um presidente da República não tinha uma popularidade tão baixa nos 100 primeiros dias de governo quanto Jair Bolsonaro. Segundo pesquisa Datafolha, divulgada no final de semana, 30% dos brasileiros desaprovam o novo governo, enquanto que 32% aprovam. É muito alta a desaprovação!

Vejam a representatividade dos números. Collor, que entrou em cena confiscando as poupanças, tinha 19% de reprovação no mesmo período em que hoje se encontra a administração Bolsonaro. Já Fernando Henrique Cardoso tinha 16%; Lula, 10%; e Dilma Rousseff, que também sofreu Impeachment, apenas 7% de reprovação nos 100 primeiros dias.

Até pelo exemplo de Dilma não podemos dizer que a reprovação alta de Bolsonaro é sinônimo de fim da linha para o ex-capitão. Mas a luz de alerta, que já estava ligada, agora, passa a apitar muito alto. Assim como a ex-presidente petista, o atual chefe do Executivo federal está perdendo para ele mesmo, mais do que para fatores externos ao governo.

Claro que os problemas não criados por Bolsonaro existem. Mas ele, o próprio presidente, tem sido o pior algoz da sua administração. A cada dia que passa, o presidente, como já escrevi aqui, dá mostras de que não sabe o que está fazendo. Chega aos 100 dias de governo com uma popularidade em queda livre. E o pior: não dá sinais de que vai retomar. Ao invés de cem com “c”, para Bolsonaro, é sem com “s” mesmo.

Nada mudou – A prisão do ex-presidente Lula completou um ano sem que os movimentos para sua libertação surtissem efeito – manifestações pregando a liberdade do petista terminaram em confusão, ontem. Lula, contudo, continua sendo a maior liderança do seu campo político, mesmo atrás das grades. Nenhuma outra figura da Esquerda conseguiu assumir o protagonismo. E o PT, por sua vez, continua apostando todas as fichas no seu maior líder.

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Animando … – Em Pernambuco, as principais lideranças do PSB reuniram, sábado, em Gravatá, gestores do governo e das prefeituras administradas pelo partido, sobretudo a do Recife, além da sua militância. Objetivo: reafirmar as bandeiras da legenda, aprofundar fatos históricos e registrar os feitos das gestões de Miguel Arraes e Eduardo Campos; e suas influências no atual cenário político.

… a tropa – A resistência ao que os socialista classificam de “retrocessos sociais” cometidos, segundo eles, pelo Governo Federal, deu o tom dos discursos, principalmente do governador Paulo Câmara e do prefeito Geraldo Julio. Idealizado pelo presidente estadual Sileno Guedes, o evento foi uma injeção de ânimo na militância socialista. A agenda agregou deputados estaduais, federais e prefeitos.

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NOS STATES – Conhecido pelos termos que usa em seus discursos, o líder na oposição na Alepe, Marco Aurélio, tem tudo para aumentar o repertório. É que o deputado foi à famosa Universidade de Harvard, nos EUA, acompanhar o vice-presidente Hamilton Mourão em uma palestra. Vai voltar cheio de expressões em inglês! Brincadeiras à parte, ao ser convidado por Mourão, Marco provou que é tido em alta cota pelo general.

Curtas

NAMORO – Nome em ascensão no cenário político olindense, o veterinário Magno José está sendo procurado por diversos partidos de fora da base do prefeito Professor Lupércio. Entre essas legendas está o PSB, que o convidou para um seminário de formação política no Litoral Norte.

MARCHA – Começa, hoje, a Marcha em Defesa dos Municípios, em Brasília. Prefeitos de todo o país se reunirão para cobrar do Governo Federal atenção à pauta municipalista, no momento em que a administração chega à marca simbólica dos 100 dias. Mais de 100 gestores gestores pernambucanos já confirmaram presença.

PARTIU BRASÍLIA – Este colunista viaja, hoje cedo, à Brasília. Vou ficar na capital até a próxima quinta-feira, acompanhando toda a movimentação política na Marcha Em Defesa dos Municípios; desde a reunião com Bolsonaro até o Fórum dos Governadores. Os bastidores mais quentes, vocês sabem, só aqui na coluna!

Perguntar não ofende: alguém, fora Lula, tem chance de ocupar o protagonismo na Esquerda?

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