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Por Márcio Maia

download (37)O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva criticou a política econômica que foi adotada pela presidenta afastada Dilma Rousseff logo depois de ter assumido o mandato pela segunda vez. “Foi a partir daí que a popularidade dela começou a despencar porque as pessoas não entenderam a decisão dela de tomar as medidas que os candidatos da oposição diziam durante a campanha, que deveriam ser tomadas”, afirmou em Petrolina, durante entrevista ao radialista Geraldo Freire, da Radio Jornal.
Durante 40 minutos, Lula falou sobre diversos assuntos, enfatizando que acredita no retorno de Dilma ao Palácio do Planalto, pois só faltam a definição do apoio de oito senadores. “Aceito a opinião de que o governo de Dilma não está sendo muito bom. Ele cometeu alguns erros, principalmente na área econômica porque está fazendo com os trabalhadores paguem a conta da crise. No entanto, ela não pode ser condenada por isso e perder o seu mandato”, disse.
Para Lula, o presidente interino Michel Temer (PMDB) é o principal articulador do esquema montado para tomar o mandato presidencial e que tem como principal objetivo, retirar as conquistas que os trabalhadores alcançaram nos últimos anos. “Ninguém nunca tinha visto no Brasil, os pobres comprarem carro, refrigerador, andarem de avião, fazerem compras em supermercados e ter emprego digno. O salário mínimo aumentou de forma significativa e muita gente não aceita isso”.
Ele enfatizou as ações de seu governo em Pernambuco, falando sobre a construção de mais de 1 milhão de cisternas. “Quem mora na praia de Copacabana, em Boa Viagem ou na Avenida Paulista (em São Paulo) não sabe a importância de uma cisterna no quintal de casa. Eu mesmo, quando tinha 7 anos, carreguei muita lata dágua na cabeça e sei o que é isso”.
Ainda durante a entrevista, Lula afirmou que admite a hipótese de voltar a se candidatar a presidente da República. “Não tenho interesse em voltar a ocupar o cargo, mas se o PT achar importante que eu me candidate para garantir os direitos que os trabalhadores conseguiram nos últimos treze anos, eu me candidato”.

Política

Agência Brasil 

Após elogiar as medidas anunciadas pelo governo na segunda-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse hoje (16) que ainda há “dúvida” com relação à profundidade do corte de gastos previsto pela equipe econômica. Para ter maior legitimidade  ao propor a criação de novas receitas, como uma possível volta da CPMF, segundo ele, o governo deve fazer um corte “mais profundo” no tamanho da máquina pública.

O presidente do Senado voltou a defender uma redução no número de ministérios para 20 (atualmente são 39 pastas) e de cargos de confiança. “Sinceramente, eu acho que o corte pode ser mais profundo. Mas pode ter sido apenas uma etapa, quem sabe a primeira etapa. Eu acho que nós deveríamos ter, no máximo, 20 ministérios e [o governo] deveria extinguir pelo menos 10 mil cargos em comissão. Isso pode ser temporário. Quando o Brasil recuperar o espaço fiscal que tinha, ele pode voltar a essa circunstância e criar esses cargos”, disse Calheiros.

O presidente do Senado ponderou que, ao anunciar a intenção de cortar R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias e discricionárias, o governo não poderia ter dúvida com relação ao tamanho da reestruturação proposta com a redução de ministérios e cargos de confiança e que será anunciada na próxima semana. “Eu acho que quanto mais profundo for esse corte, mais ela [a presidenta Dilma Rousseff] se legitima para propor alternativas à receita. Quanto menor, mais perde legitimidade”, completou.

Após se reunir com governadores de sete estados para tratar das dificuldades dos entes federados com o quadro de crise fiscal, além de debater a intenção [dos governadores] de aumentar a alíquota que o governo está propondo na CPMF de 0,20% para 0,38% e distribuir 0,18% igualmente entre estados e municípios, Calheiros disse que o Congresso vai ter que debater um possível aumento na carga tributária “levando em consideração” os pontos de vistas e ponderações de governadores e da sociedade,

Ao final do encontro, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse que o aumento de receitas é um pleito “justo”: “Aqui [Senado] é uma casa que tem muitos ex-governadores e ex-prefeitos de capital que são bem sensíveis e sabem desse pleito que estamos colocando hoje, que é um pleito justo. Não só da CPMF, mas as dificuldades que os estados estão tendo com suas previdências públicas, a necessidade de uma reforma tributária, a necessidade de uma reforma da previdência”, disse. Segundo Pezão, o debate sobre aumento de receitas tem a solidariedade de 23 governadores e pelo menos dez deles estão com dificuldades para efetuar pagamentos de salários, 13º e assegurar recursos para a previdência.

Antes da reunião com os governadores do Rio de Janeiro, Tocantins, Piauí, Minas Gerais, Alagoas, Bahia e Amapá, além do governador em exercício de Sergipe e a vice-governadora do Acre, Renan Calheiros também conversou com o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que se posicionou contra a recriação da CPMF. Calheiros disse que o momento é de colher opiniões e que o debate no Congresso Nacional vai “decidir com base no pensamento médio da sociedade brasileira”.

 

 

A Revista Total reúne nesta segunda-feira (31) nomes de destaque do Estado para a Terceira Etapa 2015 do Prêmio Destaque Total. O evento, que acontece a partir das 20 horas, no restaurante Spettus, do Derby, irá homenagear profissionais da saúde com o Prêmio Destaque Total Medicina Ouro, e os principais parceiros da revista com o prêmio Troféu Parceiros da Revista Total. Na lista dos homenageados, não apenas médicos de destaque no Estado, mas também prefeitos, secretários municipais, e outras personalidades do cenário político de Pernambuco. O diretor da revista, Marcelo Mesquita, comanda o evento.

Do Blog da Folha

O Senado aprovou em primeiro turno, na noite desta terça-feira (25), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 98/2015, que reserva percentual mínimo de cadeiras por gênero nas representações legislativas em todos os níveis federativos. A intenção da PEC é aumentar a participação feminina na política e recebeu o apoio da bancada do PT na Casa.

Aprovada com 65 votos favoráveis e sete contrários, a PEC alcança a Câmara dos Deputados, as Assembleias Legislativas, a Câmara Legislativa do Distrito Federal e as Câmara Municipais.

Ela assegura a cada gênero percentual mínimo de representação nas três próximas legislaturas, equivalente, hoje em dia, ao período de quatro anos de mandato: 10% das cadeiras na primeira; 12% na segunda; e 16% na terceira. Além disso, a proposta decide que, se determinado gênero não atingir o percentual mínimo, as vagas restantes serão preenchidas pelos candidatos desse gênero com a maior votação nominal individual entre os partidos que alcançaram o quociente eleitoral.

“No Brasil, apesar de as mulheres serem maioria da população, maioria do eleitorado e de comandarem sozinhas milhares de famílias, temos uma das mais baixas taxas do mundo de presença feminina no Legislativo. Ou seja, a representação política não reflete a nossa realidade. Há nítida desigualdade entre homens e mulheres. E isso tem de mudar”, defendeu o líder do PT no Senado, Humberto Costa, que orientou a bancada pela vitória em plenário da PEC.

A proposta terá, ainda, que ser apreciada em segundo turno pelos senadores. Se aprovada, segue para a Câmara dos Deputados.

Ranking
Num ranking de 190 países que participaram de um levantamento sobre participação política das mulheres, o Brasil ocupou a 116º posição, atrás de países como Ruanda e do Principado de Andorra. Na Câmara dos Deputados, dos 513 lugares, apenas 51 ficaram com mulheres nas eleições de 2014. No Senado, somente 13 das 81 cadeiras formam a bancada feminina.

 

ANDRÉIA SADI/Folha de São Paulo
DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff avaliou nesta segunda-feira (17) a auxiliares que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quis pegar carona nos protestos contra o governo que ocorreram no domingo (16) ao sugerir a sua renúncia, segundo relato obtido pela Folha.

No entendimento da presidente, tucanos como Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP), pela primeira vez desde o início dos protestos, foram às ruas e tentaram, nas palavras de auxiliares, “tirar proveito da manifestação”. Por isso, para Dilma, FHC quis se posicionar para “não ficar para trás”. Para um assessor presidencial, o tucano “morde e assopra”.

Um dia após as manifestações, FHC disse, em mensagem divulgada em sua página no Facebook, que a renúncia seria um “gesto de grandeza” da presidente.

Dilma também achou “contraditória” a fala de FHC comparada com manifestações anteriores do ex-presidente, em tom mais moderado.

O texto desta segunda foi o mais duro recado já enviado a Dilma pelo líder tucano e representa uma tentativa de aproximar o PSDB do sentimento expresso nas ruas. Segundo o Datafolha, 66% dos brasileiros são favoráveis à abertura de um processo de impeachment.

REAÇÕES

O secretário-geral nacional do PSDB, deputado federal Silvio Torres (SP), afirmou nesta terça (18) que a mensagem de FHC deve ser adotada como linha principal de atuação do partido a partir de agora.

Para ele, a defesa da renúncia de Dilma unifica o partido e deve orientar o discurso da sigla, inclusive no Congresso Nacional, diante do atual cenário de crise política.

Nesta segunda, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), classificou a declaração de Fernando Henrique como um “grave equívoco”, “demonstração de ressentimento e inveja” e que revela uma “pequenez política” por parte do tucano, que age como “líder de torcida”.

 

 Estadão

TALITA FERNANDES E BEATRIZ BULLA

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início nesta quinta-feira, 13, ao julgamento de um recurso apresentado pelo PSDB contra decisão da ministra Maria Thereza de Assis Moura, que havia rejeitado uma ação que pedia a impugnação do mandato da presidente Dilma Rousseff à Corte eleitoral. O caso foi retomado nesta manhã após pedido de vista feito pelo ministro Gilmar Mendes em março. A sessão, no entanto, foi encerrada em seguida após pedido de vistas de Luiz Fux.

Os ministros Gilmar Mendes e Luiz Fux haviam indicado um voto pela aceitação do recurso. O presidente do Tribunal, ministro Dias Toffoli, não participou do julgamento, alegando que tinha compromisso agendado com parlamentares.

Mendes deu início à análise do caso fazendo um duro voto pela aceitação do recurso. O ministro aproveitou o julgamento para dirigir críticas à relatora do caso, ministra Maria Thereza de Assis Moura, que havia decidido pelo arquivamento do processo. Em seu voto, Gilmar disse que a ministra rejeitou o recurso apresentado pelo PSDB “sem instruir o processo, sem, portanto, sequer citar os investigados”, argumentou.

Em tom de crítica, ele disse que a ministra “daria uma brilhante contribuição ao Brasil esclarecendo esse fenômeno. Corrupção na Petrobrás resulta em lavagem de dinheiro nas doações eleitorais, veja, isso precisa ser esclarecido. Se não com efeito prático, para a história desse país”, disse.

Para justificar a demora em devolver o processo ao Plenário do TSE, Mendes disse que levou cinco meses porque “a toda hora tinha que fazer atualizações” no caso devido à evolução da Lava Jato. “A cada nova operação, há fatos conexos aqui”, argumentou. “Puxa-se uma pena e vem uma galinha na Lava Jato.”

Quanto às investigações sobre o esquema que desviou recursos da Petrobrás, disse que “não se cuida em transportar para o Tribunal Superior Eleitoral análise de todos os fatos apurados na Operação Lava Jato”, mas “busca-se tão somente verificar se, de fato, recursos provenientes de corrupção na Petrobrás foram ou não repassados para a campanha presidencial”, argumentou. Gilmar citou então os depoimentos prestados por três delatores da Lava Jato: o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e o empreiteiro e dono da UTC, Ricardo Pessoa.

Ao citar os desvios de 3% dos contratos da Petrobrás para o esquema que envolvia empreiteiras e políticos, Gilmar disse que “não é difícil adivinhar que parte desses recursos pode ter vindo para a campanha. As triangulações têm sido reveladas e isso precisa ser no mínimo investigado”, argumentou.

O ministro disse ainda que a Justiça eleitoral “não pode ficar indiferente a esse tipo de exame ou liminarmente indeferir um pedido de busca esclarecer. Não se trata de cassar mandato aqui, mas de ver o que ocorreu”, argumentou. O magistrado pediu ainda que Ricardo Pessoa seja ouvido para esclarecer o caso. “Imagine que se possa demonstrar a partir desse depoimento que esse senhor Ricardo Pessoa, que os R$ 7 milhões que sua empresa doou foram claramente fruto de propina?”, disse.

Além disso, o ministro citou a prisão de José Dirceu, na semana passada, dizendo que, ao fundamentar a detenção dele, o juiz Sérgio Moro falou em “lavagem de dinheiro”. Com isso, Gilmar afirma que o argumento apresentado pelo PSDB, acompanhado de “mínimo suporte probatório pode, sim, qualificar-se como abuso de poder econômico, o que, a meu ver, justifica a necessária instrução do feito, em busca da verdade dos fatos, respeitando as garantias do contraditório e da ampla defesa”, disse.

Já o ministro Luiz Fux elogiou o voto de Gilmar Mendes e disse que talvez tivesse votado diferente no ano passado, quando o Tribunal aprovou as contas de campanha de Dilma, devido ao aparecimento de novos fatos envolvendo a Lava Jato. “Se muitos de nós soubessem o que sabemos agora, nem teríamos acompanhado o relator que aprovou as contas com ressalvas”, disse.

O caso foi proposto pela Coligação Muda Brasil, pela qual o senador Aécio Neves (PSDB-MG) concorreu às eleições presidenciais no ano passado. O partido argumenta na ação que houve abuso de poder político na campanha de Dilma, com convocação de rede nacional de rádio e televisão, manipulação na divulgação de indicadores sociais, uso indevido de prédios e equipamentos públicos para atos próprios de campanha e veiculação de propaganda institucional em período proibido. Além disso, o PSDB aponta a existência de suposto abuso de poder econômico com realização de gastos de campanha acima do valor limite, financiamento de campanha com doações oficiais “contratadas pela Petrobrás como parte da distribuição de propinas”, entre outros.

 

Por Newton Cerezini

Em meio a tantos insucessos nas administrações estaduais Brasil afora, de que tomamos conhecimento pelos jornais diariamente, Pernambuco vem se destacando nos últimos oito anos justamente por ser um estado onde as coisas acontecem. Aqui, os problemas e os gargalos são enfrentados de frente, com uma visão profissional de um governo que bate metas nas mais diversas áreas, resultando em ações concretas que têm melhorado a vida do povo.

Nosso grande diferencial foi o processo de profissionalização da gestão, iniciado nos governos de Eduardo Campos, que nos deixou precocemente há um ano, após ser vítima de um acidente aéreo na campanha presidencial. Um pleito, aliás, que a sua eficiência como gestor em Pernambuco o credenciou a disputar.

Muito atento às questões gerenciais, uma de suas principais qualidades, Eduardo Campos tomou a decisão correta ao criar, via concurso público, a carreira de Gestor Governamental. O gesto do ex-governador merece destaque diante da até então deficiência histórica da máquina pública pernambucana no tocante à implementação das melhores práticas de gestão e aplicação dos recursos públicos. Com a consolidação da carreira, um ciclo foi fechado na administração pública.

Já com os Auditores Fiscais (arrecadação) e os Auditores de Contas (controle), passamos a dispor dos Gestores Governamentais (aplicação dos recursos). Para melhor exercer essa última atribuição, a categoria dos Gestores Governamentais foi dividida em três especialidades: Administração, Controle Interno e Planejamento, Orçamento e Gestão.

Como presidente da Associação dos Gestores Governamentais de Planejamento, Orçamento e Gestão (AGPOG), quero enaltecer a visão de estadista de Eduardo Campos, que, para além dos seus governos, preocupou-se com o desenvolvimento da administração pública no Estado.

Diante da crescente – e mais do que justa! – exigência da sociedade por serviços públicos de qualidade, o ex-governador entendeu que essa finalidade só seria, de fato, alcançada com o investimento em gestão, sobretudo na aplicação dos recursos, historicamente colocada em segundo plano, se comparada às funções de arrecadação e controle.

Dentro da nossa atuação, ressalto o Modelo de Gestão Todos por Pernambuco, em funcionamento desde março de 2008, que fundou, na administração pública estadual, um conjunto de novas rotinas e práticas que elevam a eficiência, a eficácia e a efetividade da ação governamental. A partir de sua implantação, ainda no início do segundo ano do Governo Eduardo, o modelo inseriu novos conceitos para o processo de Planejamento Estratégico do Estado.

Como ideia fundamental, saliento o paradigma da estratégia como precedente à ação. Foi-se estabelecido um conjunto de objetivos a serem perseguidos ao longo do mandato, fato para o qual convergiram sinergicamente os esforços de todas as secretarias. O governo, em consequência, adquiriu uma identidade e, ao mesmo tempo, um propósito comum.

Esse comportamento transformado em ação inverteu a lógica tão batida pelo próprio Eduardo de que “a máquina pública só moía para os graúdos”, passando a ter como ponto final das políticas públicas a parcela da população que mais precisa do Estado.

Dentre os vários legados deixados pelo ex-governador Eduardo Campos, institucionalizar uma gestão profissional da máquina pública foi o mais representativo. Legado que aquele fatídico acidente em Santos nunca vai conseguir apagar.

* Presidente da Associação dos Gestores Governamentais de Planejamento, Orçamento e Gestão

 

Dimmi Amora/Natuza Nery

De Brasília

Folhapress

O TCU (Tribunal de Contas da União) irá fazer novos questionamentos ao governo sobre os gastos de 2014 dentro do processo que analisa a regularidade das contas de gestão da presidente Dilma Rousseff.

A decisão será tomada na sessão da tarde desta quarta-feira (12). O ministro Augusto Nardes, relator do processo de contas, encaminhará a solicitação de novos esclarecimentos, abrindo assim um prazo de defesa maior para a presidente. O prazo, que pode ser de até 30 dias, ainda não está decidido.

Com isso, a previsão de que o processo de contas tivesse sua análise no TCU encerrada até o início de setembro não deverá se concretizar, ajudando o governo, que ganhará mais tempo para evitar que o parecer do tribunal possa ser usado para um eventual início de processo de impeachment contra a presidente na Câmara dos Deputados.

Em junho, o TCU começou a votação do processo de contas anual de Dilma, mas o relator considerou que, devido a várias irregularidades constatadas pelo órgão, eram necessários novos esclarecimentos do governo.

A tendência, na época, era que as contas fossem rejeitadas devido às chamadas “pedaladas fiscais”, manobras do governo para adiar pagamentos sem registrá-los como dívidas e usar bancos públicos para cobrir o rombo. O governo já respondeu ao TCU, alegando que as manobras com os gastos públicos são realizadas há muitos anos e que não as considera ilegais.

Entre os esclarecimentos que serão pedidos ao governo no novo documento a ser aprovado nesta quarta estão pontos que o procurador do TCU Júlio Marcelo de Oliveira questionou antes da votação das contas e que não foram encaminhadas no primeiro pedido do relator Augusto Nardes, conforme publicação da Folha em julho.

A comissão de Fiscalização e Controle do Senado também pediu ao relator que os pontos apontados pelo procurador fossem esclarecidos pelo governo.

O procurador aponta que o governo já sabia que teria que cortar despesas e, mesmo assim, não fez o bloqueio do orçamento, o que contraria a lei orçamentária.

 

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