Nas eleições deste ano ele terá, mais uma vez, esse reconhecimento ao levar Miguel Coelho à disputa do 2º turno
Por Marcos Lima
.
Faltam pouco mais de 24 horas para se realizarem as eleições de 2022, em todo o país.
A partir do dia 03, na próxima segunda-feira, muito se terá a comentar sobre este dia tão importante, em que serão evidenciadas as grandes surpresas que as eleições sempre nos reservam.
Entre estas, uma será sem dúvida motivo de muitos comentários, análises, explicações: a chegada do candidato ao governo de Pernambuco, Miguel Coelho, ao 2º turno. A surpresa maior é por ele ter aparecido, em todas as pesquisas, sempre em 4º ou 5º lugar.
Para quem o conhece e já tinha a certeza de que ele conseguiria isto, no entanto, não será nenhuma surpresa. Afinal, esta sua trajetória enquanto candidato a governador de Pernambuco lembra muito a de Eduardo Campos (PSB), em 2006 que, no início da campanha, não alcançava nem 3% da preferência dos eleitores, mas, no 1º turno, ficou em 2º lugar (com 33,81% dos votos, tendo Mendonça Filho (PFL) em 1º, com 39,32%), capacitando-se à disputa do 2º turno, que venceu com uma grande diferença: 65,36% a 34,64%.
Entre todos os motivos para tal façanha, um que se sobressai é o da importância de Fernando Bezerra Coelho como o grande estrategista da campanha de Eduardo que, ao tomar posse, o nomeou seu secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, cargo que exerceu até o último dia da 1ª gestão do pessebista.
Este mesmo Fernando Bezerra Coelho é o mentor, o coordenador e o estrategista da campanha de Miguel, com uma maior entrega, com uma dedicação mais acentuada, porque agora se trata do seu filho.
Há um conto, de Sílvio Romero, “A onça e o gato”, em que a onça se sente traída pelo gato, que não lhe ensinou tudo que sabias e o gato responde que “Nem tudo os mestres ensinam aos seus aprendizes”.
Não foi o caso de Miguel, posto que FBC, ao longo dos anos, lhe ensinou tudo, na teoria e na prática. Prática esta que foi repassada com os seus próprios exemplos.
Portanto, no dia 30 de outubro, com a eleição deste ano chegando à sua conclusão com a vitória de Miguel Coelho, é bom que os historiadores não esqueçam de citar a importância e o valor agregado que Fernando representou para al resultado.
Tendo iniciado sua vida política se elegendo em 2014 como o deputado estadual mais jovem da história de Pernambuco, pouco mais de um mês depois de ter completado os 24 anos, ele foi eleito, em 2016, prefeito de Petrolina com 60.509 votos e, em 2020, foi reeleito com a maior votação da história de Petrolina, ao obter 121.300 votos, correspondendo a 76,19% dos votos válidos.
Nos últimos 5 anos e meio, como prefeito de Petrolina, ele surpreendeu a todos que não o conheciam – ou que não acreditavam que ele se saísse bem diante de tão grande responsabilidade -, passando a ser um nome respeitado em todo o Estado de Pernambuco e em vários outros do país, pela excelente administração que dispensou durante esse período, à cidade de Petrolina.
Uma administração que focou todas as necessidades do município, sempre se sobressaindo nas ações que teve que realizar. Como no período da Covid-19, em que Petrolina foi uma das cidades no Brasil que teve a menor taxa de mortalidade durante os piores momentos da pandemia.
Outro setor que merece destaque em Petrolina é o de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego. Miguel fechou o 5º ano de sua gestão com um saldo bastante positivo. A cidade foi eleita em 2021 como a “Melhor cidade do Nordeste para se viver” e também ganhou o título de “Melhor cidade para empreender e fazer negócio no Estado de Pernambuco”. Em recentes pesquisas, o município do Sertão do São Francisco aparece em 8º lugar no Nordeste e é campeão de empregos entre as cidades que não são capitais.
“Isso mostra o bom momento que Petrolina vem vivenciando e conseguindo gerar oportunidade de emprego e distribuir renda em todos os setores da nossa sociedade. Quando você vai olhar do ponto de vista social, Petrolina hoje tem a melhor educação, a melhor saúde do Estado, é uma das cidades melhores saneadas em Pernambuco, como também é a cidade que tem a questão de mobilidade e transporte público muito forte”, comemorou Miguel Coelho ao final do ano passado.
Outro grande motivo de comemoração para o êxito na geração de emprego na cidade é a força que Petrolina tem no setor do agronegócio, já que foi eleita a Capital do Agronegócio do Brasil. “Onde mais se gera renda, mais se distribui emprego e prosperidade através do agronegócio não é mais nenhuma cidade do Sul, Sudeste, Centroeste, é em Petrolina, em Pernambuco, e isso é motivo de muito orgulho”, conta.
Não é à toa, portanto, que Miguel é admirado em quase todo o Estado, inclusive por aqueles que estão do lado dos seus adversários, como o prefeito Romonilson Mariano (PSB), de São José do Belmonte, onde ele esteve no dia 2 de setembro, em um ato político de manifestação de apoio na disputa pelo comando do governo do Estado.
Na “Terra da Pedra do Reino”, o candidato do União Brasil foi apresentado pelo prefeito Romonilson como um exemplo de gestor por tudo que fez em Petrolina. “Sabemos o sucesso que foi a sua gestão em seis anos. Hoje, Petrolina é orgulho de Pernambuco. Você anda lá e parece que está na Europa, tudo é moderno, tudo funciona”, elogiou.
Apesar de filiado ao PSB, Romonilson apoia a candidatura de Miguel Coelho a governador, justificando a escolha perante seus aliados por conta da falta de compromisso de seu próprio partido com a cidade e todo o Sertão. “Todos sabem pra quem eu pedi votos na última eleição. Mas o resultado está aí. Anos de abandono do governo do Estado. Sabemos que você é um sertanejo forte, ninguém conhece melhor a realidade de nosso povo que você. E estamos acreditando que você será o maior governador da história de Pernambuco”, afirmou o socialista.
RESUMO DA BIOGRAFIA POLÍTICA DE FERNANDO BEZERRA COELHO
Pai extremoso de 4 filhos, amigos leal dos seus amigos, sempre lutando pelo bem do Estado de Pernambuco e, sobretudo, por Petrolina, Fernando Bezerra de Sousa Coelho é, sem sombra de dúvidas, um dos grandes articuladores políticos do país. E tem a perspicácia de saber o momento certo de agir, de recuar – se for preciso -, e de estar sempre pronto a promover mudanças.
Vale-se ressalar que sua competência não se sobressai apenas quando se trata de política. Torcedor do Santa Cruz Futebol Clube, presidiu o tricolor entre 2008 e 2010, sendo responsável pela reestruturação física do Estádio do Arruda, que estava interditado, e a conquista de novos patrocinadores para a agremiação.
Sua trajetória política se iniciou aos 25 anos – em 1982 -, quando se elegeu deputado estadual, tendo, no intervalo de 1985 a 1986, sido nomeado secretário da Casa Civil de Pernambuco, na gestão de Roberto Magalhães. Na Alepe, foi líder do governo e conquistou o Prêmio Springer de Economia, Leão do Norte, Recife/PE, de 1985. No mesmo ano, recebeu as medalhas do Mérito Policial Militar, e de Chanceler da Ordem do Mérito dos Guararapes, ambas do Governo de Pernambuco.
Ao fim do mandato de deputado estadual, foi eleito deputado federal e, quatro anos depois, foi reeleito. Em 1992, renunciou ao 2º mandato na Câmara Federal, quando se candidatou a prefeito de Petrolina, vencendo a eleição, cujo mandato teve início em 01 de janeiro de 1993, encerrando-se em 31 de dezembro de 1996. Quatro anos depois, em 2000, ele concorreu mais uma vez, sendo eleito e reeleito, em 2004, comandando os destinos da sua cidade natal até o dia 31 de dezembro de 2008.
Como deputado federal, foi relator, em 1987, da Subcomissão de Tributos, Participação e Distribuição das Receitas, da Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças; e relator da CPI Mista sobre Fuga de Capital e Evasão de Divisas, de 1989 a 1990.
UM LÍDER INCONTESTÁVEL
Na 1ª gestão de Eduardo Campos como governador de Pernambuco, Fernando Bezerra foi nomeado secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco acumulando o cargo de presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape (2007–2010), quando se empenhou em fomentar os setores industrial, comercial e de serviços, atraindo e apoiando investimentos voltados à expansão das atividades produtivas em Pernambuco.
O investimento na expansão de Suape – inaugurado em 1979 – é considerado uma das peças fundamentais nas estratégias de desenvolvimento de Pernambuco, durante o governo de Eduardo, quando foi considerado o melhor porto do Brasil.
Fernando também foi nomeado ministro da Integração Nacional, no período de 2011 a 2013, na 1ª gestão da presidente Dilma Roussef. À frente do Ministério, foi responsável por parte do Projeto de Transposição do Rio São Francisco, e por uma dezena de outras obras hídricas importantes para o país.
Foi ele o criador do Cartão da Defesa Civil, novo modelo de gestão para liberação de verbas para cidades em situação de emergência no Brasil.
Convidado para compor a chapa do Palácio do Campo das Princesas em 2014, como postulante ao Senado Federal, venceu João Paulo, à época no PT, com uma margem elástica.
Fernando Bezerra foi líder do PSB no Senado, entre fevereiro de 2015 e setembro de 2017, quando se filiou ao MDB, passando a ser o vice-líder do governo Temer no Senado, de setembro de 2017 até o final de agosto de 2018, tendo no mês seguinte assumido a liderança interina, onde permaneceu até novembro daquele mesmo ano.
Em 2019, foi escolhido pessoalmente pelo Presidente da República Jair Bolsonaro como líder do seu governo. Ao aceitar o convite do presidente confirmou que o fez por acreditar que o Brasil iria entrar em uma fase de crescimento da economia, com geração de emprego e mais justiça social – que é exatamente o que vemos hoje -, sempre se apresentando para defender, tanto o presidente como os seus projetos.
Como ele mesmo ressalta, “na Política, somos cativados pelos gestos”. E é pelos seus gestos em defesa de Petrolina, do Estado de Pernambuco e do Brasil que ele cativou os brasileiros, sendo reconhecido e admirado como um dos grandes políticos do País.