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Para concluir primeira rodada de análise da PEC, deputados precisam votar os chamados destaques, para alterar pontos específicos da proposta de emenda constitucional

Oposição e governistas agitam faixas e bandeiras na Câmara antes da votação da reforma da Previdência — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Oposição e governistas agitam faixas e bandeiras na Câmara antes da votação da reforma da Previdência — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Por Fernanda Calgaro, Gustavo Garcia, Fábio Amato, Luiz Felipe Barbiéri e Fernanda Vivas, G1 e TV Globo — Brasília

Postado por Marcos Lima Mochila

 

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (10) em primeiro turno, por 379 votos a 131, o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) de reforma da Previdência, que altera as regras de aposentadoria.

Para concluir a votação, os parlamentares ainda precisam analisar emendas e destaques apresentados pelos partidos para tentar alterar pontos específicos do texto-base.

O resultado superou as expectativas dos próprios governistas. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, estimava que a proposta receberia cerca de 330 votos. Contribuíram para o resultado os votos de deputados de partidos de oposição, como PSB e PDT, que tinham fechado questão contra a reforma da Previdência. No PSB, dos 32 deputados da bancada, 11 votaram a favor da reforma. No PDT, dos 27 da bancada, oito votaram pela aprovação do texto.

Antes de conseguir aprovar o texto-base, os deputados favoráveis à reforma tiveram que analisar no plenário requerimentos regimentais de obstrução apresentados pelos partidos contrários às mudanças nas regras previdenciárias.

O objetivo dos oposicionistas com o uso do chamado “kit obstrução” era atrasar o máximo possível a votação. Porém, todos os requerimentos de obstrução foram rejeitados pela maioria dos deputados ao longo desta quarta-feira.

Por um placar de 334 votos a 29, os defensores da reforma derrubaram um pedido do PSOL que solicitava a retirada de pauta da proposta. Com a rejeição, ficaram prejudicados outros requerimentos que pediam o adiamento da votação.

A oposição fez outra tentativa para atrasar os trabalhos ao pedir que o texto fosse analisado de forma fatiada, votando cada artigo separadamente.

Para contornar a situação, deputados favoráveis à PEC da Previdência usaram uma manobra regimental e apresentaram seis requerimentos que tratavam de procedimentos de votação.

Nessa situação, quando há mais de cinco pedidos no mesmo sentido, o regimento interno da Câmara determina que o presidente da Casa consulte o plenário sobre o procedimento em uma única votação. O plenário acabou rejeitando a votação parcelada por 299 votos a 43, e duas abstenções.

Em seguida, os parlamentares derrubaram em bloco a admissibilidade dos destaques simples, que são as sugestões apresentadas por deputados individualmente. Assim, eles partiram diretamente para a análise dos destaques de bancada.

Embates no plenário

Durante a sessão, parlamentares pró-reforma e oposicionistas travaram uma série de embates sobre as mudanças nas regras previdenciárias.

Parlamentares da oposição afirmaram que a economia prevista com a reforma é injusta e feita em cima dos que ganham menos.

Eles também criticaram a liberação de emendas parlamentares por parte do governo, dizendo que isso faz parte da negociação de votos a favor das mudanças nas regras previdenciárias.

“O governo teve seis meses para tentar convencer o Congresso, o povo brasileiro de que essa reforma combateria privilégios e seria boa para a economia, mas só conseguiu convencer parte dos parlamentares liberando R$ 40 milhões extras em emendas para acabar com a vida do povo trabalhador”, disse deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

Parlamentares pró-reforma, por outro lado, repetiram que o texto combate privilégios e que é necessário para cobrir o rombo da Previdência. Eles também refutaram as falas de que a liberação de emendas foi feita em troca de votos.

“Estão aqui parlamentares pensando no Brasil e nas próximas gerações, em detrimento de uma minoria que será derrotada, que só pensa no populismo, em se dar bem, em manter privilégios para corporações e nas eleições do ano que vem”, disse o líder do Cidadania, Daniel Coelho (PE).

“Por que esta reforma vai passar hoje? A esquerda diz que é porque o governo comprou a todos nós. […]. O governo Bolsonaro acelerou o pagamento de emendas de parlamentares ao orçamento da União nos últimos meses. Em maio, foram quase R$ 600 milhões. O partido que mais se beneficiou não foi o PSL. Foi o PT. A bancada do PT foi a que mais recebeu recursos. Sabe quanto? 69 milhões. Será que Bolsonaro está querendo comprar o PT? Não. Porque Bolsonaro não compra ninguém, e muito menos compraria quem quebrou esta nação, quem quebrou o Brasil”, disse o líder do PSC, Otoni de Paula (RJ).

Cartazes e bandeiras

Além dos embates verbais, os parlamentares protagonizaram um confronto visual no plenário, com cartazes, camisas e bandeiras.

Deputados do PDT, por exemplo, subiram à tribuna com cartazes com os dizeres: “Eu não voto contra professoras (es)”. Integrantes do PCdoB usaram camisas com a inscrição: “Não à reforma”; e cartazes com a frase “Reforma injusta”. Parlamentares do PT, do PSOL e do PSB utilizaram recursos visuais semelhantes.

Deputados governistas empunharam bandeirinhas do Brasil e cartazes que diziam que as “únicas reformas que o PT apoiou” foram as do tríplex do Guarujá (SP) e do sítio de Atibaia, em uma referência a processos e acusações que pesam contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chora após ser aplaudido em plenário durante votação da reforma da Previdência — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Lágrimas de Maia

Em um momento da sessão, antes da votação do texto-base, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chorou.

O deputado foi às lágrimas quando o líder do PSL, delegado Waldir (GO), pediu aos apoiadores da reforma uma salva de palmas a Maia por seu empenho e condução na análise da PEC.

Vários deputados presentes ao plenário atenderam ao pedido e prestaram a homenagem ao deputado do DEM.

Antes do anúncio do resultado, Rodrigo Maia deixou a mesa e foi à tribuna para discursar. Ele fez a defesa da reforma.

“Nosso sistema previdenciário coloca o Brasil numa realidade muito dura. Para cada um idoso abaixo da linha de pobreza, nós temos cinco crianças, e essas reformas vêm no intuito de reduzir as desigualdades e esse, eu tenho certeza, que é o objetivo de todos os deputados presentes que votaram a favor e os que votaram contra”, declarou.

Ele também agradeceu aos líderes partidários. “Nós só chegamos aqui por isso, porque muitas vezes os nossos líderes são desrespeitados, às vezes na imprensa, criticados de forma equivocada, mas são esses líderes que estão fazendo as mudanças no Brasil, junto com deputados e junto com as deputadas”, disse.

Emendas e destaques

Entre as emendas que serão apreciadas pelos deputados há uma que flexibiliza as regras de aposentadoria para uma série de carreiras policiais. A emenda, que obteve o apoio do PSL – partido do presidente Jair Bolsonaro – foi apresentada pela bancada do Podemos.

A proposta que será analisada pela Câmara – que atende a pedido do próprio presidente da República – cria uma nova regra para a aposentadoria de policiais federais, rodoviários federais, ferroviários federais, legislativos e policiais civis do Distrito Federal, além de agentes penitenciários e socioeducativos.

Há também na lista de destaques uma proposta apoiada pela bancada feminina da Câmara que pede alterações no cálculo do valor da aposentadoria das trabalhadoras do sexo feminino. O texto prevê que as mulheres possam se aposentar com 15 anos de contribuição recebendo 60% do valor do benefício integral.

Outro destaque que será apreciado pelo plenário, de autoria da bancada do PL, propõe critérios diferentes dos que o governo sugeriu para a concessão de aposentadoria para professores que atuem no ensino público da União, dos estados e dos municípios.

Tramitação

Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), é necessário que o texto da reforma da Previdência seja aprovado, em dois turnos, na Câmara e no Senado com votação qualificada, ou seja, com os votos de, pelo menos, 60% dos parlamentares de cada uma das casas legislativas. A expectativa é de que a votação em segundo turno ocorra ainda nesta semana.

Na Câmara, para o texto ir adiante, era preciso que, no mínimo, 308 dos 513 deputados votassem a favor da PEC. Ao 10 07 PREVIDÊNCIAfinal da análise dos destaques, a Casa terá que analisar novamente o texto, para que, enfim, possa ser submetido à apreciação dos senadores.

O Senado começará a analisar a reforma previdenciária no retorno do recesso parlamentar de julho, que terá início no dia 18.

 

A proposta

Considerada uma das principais apostas da equipe econômica para sanar as contas públicas, a proposta de reforma da Previdência estabelece, entre outros pontos, a imposição de uma idade mínima para os trabalhadores se aposentarem: 65 anos para homens; 62 anos para mulheres

O tempo mínimo de contribuição previdenciária, pela proposta, passará a ser de 15 anos para as mulheres e 20 anos para os homens.

Além disso, o texto propõe regras de transição para quem já está no mercado de trabalho. Algumas categorias, como professores e policiais, terão regras mais brandas.

Manifestantes

Enquanto os deputados discutiam na tarde desta quarta a proposta de reforma da Previdência, um grupo de manifestantes protestava contra a PEC do lado de fora do prédio do Legislativo. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, 300 pessoas participaram do protesto.

Logo no início da manifestação, foi registrado um princípio de tumulto, que foi contido por policiais legislativos. Após o incidente, policiais militares e legislativos bloquearam o acesso ao Anexo II da Câmara, uma das principais portas de entrada do prédio da Casa.

Com as portas cerradas, PMs formaram uma barreira humana na entrada do prédio. A confusão aumentou quando policiais legislativos usaram spray de pimenta para conter o grupo que protestava contra a reforma previdenciária.

Mesmo com a barreira policial, os manifestantes continuaram o ato do lado de fora. Em nota, a Câmara dos Deputados informou que “devido a uma tentativa de invasão, a portaria do edifício do Anexo II da Câmara dos Deputados foi fechada”.

Nome foi escolhido pelo presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça da Câmara), Felipe Francischini

Marcelo Freitas foi escolhido pelo deputado Felipe Francischini (Reprodução/ Facebook)
Marcelo Freitas foi escolhido pelo deputado Felipe Francischini (Reprodução/ Facebook)

Giuliana Saringer, do R7

Postado por Marcos Lima Mochila

 

 

O deputado federal Marcelo Freitas (PSL-MG) será o relator da reforma da Previdência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça da Câmara) da Câmara dos Deputados. A decisão foi tomada pelo deputado Felipe Francischini (PSL-PR), presidente da Comissão.

28 03 FELIPE FRANCISCHINI CCJSegundo a agência Câmara, Francischini disse que esperou o momento propício para fazer o anúncio do relator, já que hoje há “união de forças e consenso dentro do Congresso Nacional e também junto ao governo”.

Freitas foi eleito em 2018 e participa do primeiro mandato como deputado federal.

Votação da reforma

Francischini anunciou que a votação da admissibilidade da reforma da Previdência na CCJ da Câmara está prevista para 17 de abril.

A expectativa é que o ministro da Economia, Paulo Guedes, vá à CCJ no dia 3 de abril para esclarecer pontos da reforma. A princípio, o encontro estava marcado para a última terça-feira (26), mas Guedes desmarcou o compromisso devido à indefinição do relator do projeto até o momento.

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) foi ao almoço. Ele não estava na lista inicial. Arthur Lira, líder do PP na Câmara, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também estiveram no encontro

(Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)
(Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

Alessandra Azevedo

Postado por Marcos Lima Mochila

 

Antes da viagem oficial aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro se encontrou com os chefes do Legislativo e do Judiciário, além de vários ministros, na Residência Oficial da Câmara, neste sábado (16/3). Com trajes informais, as autoridades começaram a chegar por volta das 13h à casa do presidente da casa legislativa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Lago Sul.

Os presidentes da República; da Câmara; do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, estiveram no almoço, sem agenda definida. A expectativa era de que o encontro fosse para afinar os discursos sobre temas importantes para o governo, como a reforma da Previdência.

Dos ministros, participaram Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Ricardo Vélez Rodrigues (Educação), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Sergio Moro (Justiça), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional), Floriano Peixoto (Secretaria da Presidência), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Wagner Rosário (Transparência e Controladoria-Geral da União), Osmar Terra (Cidadania), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e general Santos Cruz (Secretaria Geral da República). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também esteve na reunião.

Além deles, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) também marcou presença, apesar de não estar na lista inicial. Arthur Lira, líder do PP na Câmara, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também estiveram no encontro.

Pouco antes das 16h, os convidados já começavam a ir embora. Na saída, o senador Marcos do Val (PPS-ES) disse que Bolsonaro discursou para os presentes, pedindo que os poderes se mantenham unidos. Segundo o parlamentar, ele não pediu apoio específico para nenhuma pauta e também não foi cobrado em relação à Previdência.

MORO EM DAVOSSérgio Moro, da Justiça, aproveitou o momento para pedir ajuda para tocar o pacote “anticrime’, comentou do Val. O senador disse que a CPI da Lava Toga não foi mencionada.

O ministro Santos Cruz, da Secretaria de Governo, reforçou que foi um encontro social, sem agenda de trabalho. “Um almoço normal, como a gente tem na casa de qualquer amigo”, afirmou. Ele elogiou a iniciativa de Maia, que “simboliza a união entre os poderes”, e disse que Bolsonaro ressaltou “a importância de trabalharmos juntos”.

AliadosDEPUTADO FELIPE FRANCISCHINI (PSL-PR)

Nessa sexta-feira (15/03), Bolsonaro recebeu no Palácio do Planalto o deputado Felipe Francischini (PSL-PR), que comandará a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Eles discutiram a tramitação da reforma da Previdência. O líder do governo na Câmara, deputado Major Victor Hugo (PSL-GO), e o ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, também participaram da conversa.

Neste domingo (17/3), Bolsonaro viaja para os Estados Unidos. Ele deve ter um encontro privado com o presidente Donald Trump, em Washington.

Um dos grandes defensores da reforma da Previdência, Maia pontuou que é preciso aprovar a medida para que o país mude “de maneira democrática”. Enquanto Bolsonaro aponta a posição do governo, Maia e Alcolumbre atualizam sobre o posicionamento dos parlamentares, explicou o deputado.

Previdência

A expectativa de Maia é de que a reforma seja votada no fim de maio pelo plenário da Câmara. “Esse é meu objetivo como presidente de Câmara e como deputado”, disse. A discussão não deve demorar o prazo mínimo, mas também não deve chegar ao máximo de 40 sessões, acredita o parlamentar.

Perguntado sobre a relatoria da reforma na comissão especial, fase posterior à votação na CCJ, Maia disse que Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) é um bom nome “para qualquer posição”, mas que prefere que fique como líder. Lembrou, entretanto, que a decisão não cabe apenas a ele. Outros nomes têm sido levantados pela equipe do governo, ainda sem definição.

O ex-presidente Lula está pouco ligando para o Brasil. Ele só quer limpar sua barra e prejudicar o atual governo, mesmo que isso resulte em prejuízo para o Brasil

LELA E A REF0ORMA

Postado por Marcos Lima Mochila

 

 

Lula e seus asseclas decidiram partir para o tudo ou nada, e como é amplamente sabido por todos os brasileiros que têm um mínimo de consciência política, econômica e social, se a reforma da Previdência não for realizada o Brasil vai quebrar.

É nisso que o PT aposta. Direto da cadeia, Lula coordena os petistas a travarem a reforma, e se possível derrubar a medida.

A ordem ficou explícita após, ontem, o deputado José Guimarães e o vice-presidente do partido, Luiz Dulce, visitarem o presidiário em Curitiba. Ambos confirmaram que a prioridade é derrubar a reforma.

Informação dO Antagonista

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