Apesar de não admitirem publicamente e manterem uma relação harmônica, os prefeitos Anderson Ferreira (Jaboatão) e Miguel Coelho (Petrolina) travam uma disputa interna na oposição para apresentar-se como o candidato do presidente Jair Bolsonaro a governador no próximo ano. Para disputar a cadeira de Paulo Câmara, qualquer um dos dois terá que deixar a prefeitura em abril de 2022 e a decisão não será tarefa fácil, porque uma vez renunciando e não logrando êxito, o postulante ficará nada menos que cinco anos no sereno, pois só poderá disputar eleições em 2026.
Apenas Anderson Ferreira poderá disputar tanto o governo quanto o Senado, por ter idade para os dois cargos, Miguel Coelho só terá idade para tentar o governo de Pernambuco, mas está evidente que Anderson não renunciaria uma prefeitura do porte de Jaboatão para ser coadjuvante de uma chapa majoritária em 2022, o que dificulta qualquer tipo de entendimento entre os dois.
A tendência nos próximos meses é que Anderson e Miguel recrudesçam a disputa, pois a viabilidade eleitoral do projeto de ambos passará pelo apoio do presidente da República. Ambos possuem relação com Jair Bolsonaro, Fernando Bezerra, pai de Miguel, é líder do governo no Senado, enquanto André Ferreira, irmão de Anderson, assumiu uma das 14 vice-lideranças do governo na Câmara.
É possível que eles não cheguem em 2022 com algum tipo de harmonia, e também não se pode descartar a hipótese de ambos renunciarem para disputar o Palácio do Campo das Princesas, o que poderá viabilizar um remake de 2020 quando a oposição não conseguiu se entender e se fragmentou em seis candidaturas a prefeito do Recife.

Materia transcrita do blog de Edmar Lyra .

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