Postado por Marcos Lima Mochila

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A partida da III Regata Prático Nelcy Campos, competição realizada pelo Cabanga e pela Flotilha Recifense de Veleiros de Oceano (Frevo), será às 12:30h, do Marco Zero do Recife.

A chegada prevista para após 2h será no mesmo local, quando haverá a entrega da premiação aos ganhadores e, na sequência, uma grande confraternização com os participantes, convidados e autoridades.

História

No dia 12 de maio de 1985, Nelcy da Silva Campos rebocou para longe da costa o navio petroleiro Jatobá, que pegou fogo e cujas chamas ameaçavam explodir o Parque de Tancagem do Brum, onde estavam armazenados 153 mil metros cúbicos de produtos inflamáveis.

Página do JC

A situação de risco começou por volta da 1h30 da madrugada de um domingo, quando um dos três tanques do navio explodiu, deixando a embarcação em chamas. Atracado no Porto do Recife, o petroleiro carregava 1.500 toneladas de gás butano, conhecido como gás de cozinha.

O pior é que o incêndio e as explosões em série poderiam atingir o Parque de Tancagem do Brum, que estava a 500 metros do petroleiro e armazenava mais de cento e cinquenta mil metros cúbicos de produtos inflamáveis.

Todo o efetivo do Corpo de Bombeiros do Recife foi mobilizado para combater o incêndio, mas os homens não conseguiram debelar as chamas, que chegavam a 20 metros de altura. A situação era tão grave que o então governador de Pernambuco, Roberto Magalhães, foi acordado às presas e teve que deixar o Palácio do Campo das Princesas, onde morava, localizado no Bairro da Boa Vista.

Foi nessa situação que o prático da barra Nelcy da Silva Campos, então com 54 anos, foi chamado às pressas em sua casa pelas autoridades responsáveis pela Capitania dos Portos.

Ele chegou ao porto por volta das duas horas da manhã e, com a ajuda de alguns auxiliares, começou um perigoso trabalho.

Depois de muitos esforços e manobras perigosas, o petroleiro foi deixado à deriva a aproximadamente cinco quilômetros da costa.

Nelcy da Silva Campos nasceu no Recife no dia 21 de janeiro de 1931. Trabalhou durante 25 anos como prático, ofício que aprendeu com o pai. Morreu no dia 27 de setembro de 1990 no Recife.

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