A nova empresa pretende adquirir 50 aviões nos próximos anos e resgatar um pouco o que o passageiro da extinta Varig não encontra mais

Por Marcos Lima Mochila

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A Itapemirim, empresa de transporte de passageiros e de cargas, fundada na década de 50, tendo se tornado uma das maiores empresas do país, vem surpreendendo o segmento com projetos arrojados e com ideias bastante convidativas para a atração de novos clientes.

A empresa, que iniciou como uma empresa de transportes de passageiros logo entrou no segmento do transporte rodoviário de cargas, atingindo seu ápice nos ano 80. Em janeiro de 1991, começou a operar voos com aviões comerciais de carga para voar de Viracopos, Campinas, para Manaus. Naquele ano, também operou na rota Campinas-Galeão-Recife-Fortaleza.

A Itapemirim operava 4 Boeing 727-100, convertidos para cargueiro, um deles remanescente da Varig e 2 Boeing 727-200F e Alguns Cessna 208 Caravan.

Apesar de toda sua grandeza, a empresa começou a declinar, entrando em processo de falência, até ser adquirida, em 2017, por um novo grupo, que a administra até hoje, tendo à frente o atual presidente, o empresário Sidnei Piva.  Os novos acionistas da Viação Itapemirim compraram a companhia através de outras duas empresas: a SSG Incorporação e Assessoria e a CSV Incorporação e Assessoria Empresarial, ambas localizadas em São Paulo.

Neste primeiro semestre de 2020, onde grande parte das empresas, em face da crise da pandemia, tem sofrido um grande abalo em suas estruturas, a nova diretoria da Itapemirim, composta por Sidnei Piva, presidente, Adilson Furlan (COO), Rodrigo Vilaça (CEO) e Tiago Senna (CEO da Ita Linhas Aéreas) anunciou que a empresa está lançando uma nova companhia aérea no Brasil, com planos de começar a operar normalmente a partir de 2021, a Itapemirim Linhas Aéreas e pretende adquirir 50 aviões nos próximos anos.

A empresa planeja atuar nos principais aeroportos das praças Recife (PE), Guarulhos (SP) e Brasília (DF), mas com rotas diferenciadas para evitar concorrência com as companhias aéreas do mercado.

Segundo o CEO do grupo Itapemirim, Rodrigo Villaça, de há muito que a empresa possui planos para competir na aviação e pretende lançar um serviço premium, com classe executiva em voos domésticos, como opção contra o padrão “low cost” das empresas aéreas nacionais.

“Pretendemos trazer de volta as bebidas alcoólicas em nossos voos, com pelo menos uma dose de uísque para cada passageiro. Vamos tentar resgatar um pouco o que o passageiro da extinta Varig não encontra mais”, afirmou Thiago Senna, que será o CEO da Itapemirim Linhas Aéreas.

A Itapemirim Linhas Aéreas, que deve ficar conhecida como ITA, deve estrear no primeiro trimestre de 2021, com dez aeronaves com capacidade entre 100 e 140 passageiros. Serão adquiridos um dos modelos entre Airbus A319, Boeing 737-700 e Embraer 190/195 via contratos de leasing.

A longo prazo serão encomendados os novos Airbus A220, da canadense Bombardier e adquirido pela fabricante europeia e que vai competir diretamente com a Embraer.

O foco da Itapemirim Linhas Aéreas será o passageiro corporativo, que costuma pagar tarifas mais altas nas passagens aéreas.

A empresa pretende contratar 600 funcionários nos próximos meses, entre os quais 160 pilotos e 320 comissários de bordo para os dez primeiros aviões da frota.

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