Por: Rafael Torres, presidente do Escritório Rafael Torres Advogados

Postado por Marcos Lima Mochila

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O distinto momento imposto pela pandemia do coronavírus (Covid-19) trouxe inúmeros reflexos no desenvolvimento das atividades advocatícias. Com isso, exige-se do profissional da advocacia coragem para alternar métodos e meios os quais, via de regra, não são comuns e de utilização cotidiana.

Reza a Carta Republicana que os advogados são indispensáveis à administração da justiça. Logo, nós, advogados, devemos ter a consciência de que somos compartes deste novo cenário e, portanto, precisamos possibilitar que nossos constituintes resolvam seus conflitos desenvolvendo novas tecnologias e adaptando os escritórios para audiências e atendimentos on-line, praticando uma advocacia atenta, participativa e, sobretudo, moderna.

Indisfarçavelmente, a tecnologia vem sendo decisiva para a solução dos problemas causados pelo coronavírus e as ferramentas já existentes, como o PJE organizado, já há um bom tempo está sendo importantíssimo para que os trabalhos não fiquem paralisados.

Entretanto, é preciso mencionar a grande dificuldade que será para os advogados que não estão treinados para esta realidade e que terão de se adaptar a tantas inovações de forma abrupta, e que não basta apenas o conhecimento técnico-jurídico, sendo a tecnologia a única capaz de permitir o seu exercício profissional.

Diante das oportunidades de dialogar acerca desse crítico momento, tenho enfatizado que as sociedades de advogados que realizarem a adoção dos mecanismos tecnológicos da forma correta, conseguirão se sobressair deste período de pandemia ainda mais fortes.

Quanto aos processos físicos, inequivocamente, há necessidade de que os tribunais planejem e também adotem mecanismos tecnológicos para que retomem a sua tramitação regular. Ao me remeter aos processos criminais, não custa lembrar que estamos no ranking entre os países com um dos maiores números de presos. Logo, em face da latente urgência que requer os processos, é importante ainda mais esforços para resolução dessa situação.

Não poderia deixar de destacar o importante trabalhado que vem desenvolvendo, dentro das suas limitações, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que a todo momento busca implementações de medidas a fim de que o(a) advogado(a) possa desenvolver as suas atividades da melhor forma possível.

Os advogados passam os seus dias de frente aos seus computadores, atendendo clientes ou realizando os atos processuais. Fato é que, em virtude da pandemia, a advocacia precisou repensar a sua própria essência.

Com o fim da crise mundial, não me resta dúvidas que algumas práticas desenvolvidas poderão ser mantidas, dentre elas o home office, valendo destacar a nova realidade advinda do exercício da advocacia nesta modalidade.

As adversidades ocasionadas pela pandemia e todos os reflexos sociais e profissionais decorrentes desse fenômeno precisam ser tratados com bastante sabedoria, frente a esse novo cenário.

Neste viés, é importante que cada profissional busque, da melhor forma possível, desenvolver as suas atividades perante esse triste período do Covid-19. Deve, pois, o profissional, mesmo diante desta conjuntura de anormalidade, exercer com zelo a profissão.

Por fim, ressalto a sempre viva frase do imortalizado Sobral Pinto: “A advocacia não é profissão de covardes”.

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