Ainda está na memória, o já longínquo ano de 2000, que completa este ano duas décadas de sua passagem, quando o então prefeito Roberto Magalhães tinha todas as condições de conquistar a reeleição, uma vez que era bem avaliado e contava com o apoio do então governador Jarbas Vasconcelos, eleito dois anos antes derrotando Miguel Arraes.

Naquela ocasião muitos foram os candidatos a prefeito, que contribuíram efetivamente para a existência de um segundo turno e mais tarde possibilitariam a vitória de João Paulo. Confusões culminaram na derrota de Roberto, que trincou a União por Pernambuco, que havia sido vitoriosa em 1996 e 1998.

Um importante observador político lembra estes episódios e faz um paralelo com 2020. Apesar da vitória de Paulo Câmara, que foi significativa do ponto de vista político e eleitoral, há uma forte possibilidade de fuga de partidos da Frente Popular, como por exemplo MDB, PT e PSD, a fadiga de material vem pesando, mas existem outras situações que deixaram sequelas na relação da aliança que poderão ter desdobramentos em outubro.

As recentes declarações de Ana Arraes e Jarbas Vasconcelos, a primeira mais contundente, enquanto o segundo mais ameno porém igualmente devastador, admitindo a candidatura de Raul Henry, montam um enredo preocupante para o PSB, que assim como Roberto Magalhães em 2000, é favorito a eleger João Campos em outubro, mas uma sucessão de fatores pode culminar numa supresa negativa e comprometer a hegemonia construída por Eduardo Campos em 2006 que dura até hoje.

Para manter a hegemonia em Pernambuco, o PSB precisa vencer 2020, e para chegar a uma vitória não pode ver o filme de Roberto Magalhães se repetir este ano.

Blog do Edmar Lyra

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